AGORA, FACE ÀS “DESGRAÇAS” QUE SE SUCEDEM NO REINO DA “BICHARADA”
PORTUGUESA E A PROPÓSITO:
UNINDO A FELICIDADE E A VIRTUDE…
É a altura de reavivarmos a memória
de um elucidativo registo não recente
A anedota mais engraçada do ano…
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
“A maçonaria não está envolvida nessas situações (as das escutas telefónicas). Os escutados não devem ser vistos na qualidade de maçons, mas na qualidade de cidadãos individuais. Tem tanto sentido dizer que a maçonaria está envolvida como atribuir responsabilidades ao Benfica ou ao Sporting, se for o caso de Rui Pereira ou Abel Pinheiro serem adeptos destes dois clubes. Infelizmente, a maçonaria tem as costas largas. Não estou nada preocupado com a divulgação pública dessas conversas telefónicas”. António Reis, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), ex-deputado do PS (SOL, edição de 5 de Outubro 2007.)
Digam lá se esta não é uma anedota engraçada?
Em que é que ficamos? Os maçons não se reclamam de serem “bons cidadãos”, de escol, que sempre dão público testemunho das melhores virtudes cívicas e de serem possuídos de carácter irrepreensível? Não é a Maçonaria uma escola de angélicas virtudes, onde os maçons se cultivam e aprimoram as qualidades morais e éticas? Que pretende o grão-mestre afirmar quando estabelece a diferença entre a qualidade de maçons e a qualidade de cidadãos individuais? Não reparou que está a insinuar ser o maçon tal e qual como o feijão-frade? Isto é: ter duas caras. Uma quando está na loja; outra quando se encontra no exterior, na vida quotidiana. Se, para alguns profanos, havia dúvidas nesta matéria e na apreciação das actividades a que se ligam os maçons, o grão-mestre, com esta tirada, dissipou-as.
E, já agora, o que terá de impressiva e de maçónica a expressão redundante cidadãos individuais? Haverá cidadãos não individuais? Quiçá, indivíduos não cidadãos? Ou admite-se que haja humanos não indivíduos, nem cidadãos?
Faça o grão-mestre Reis o obséquio de explicar a charada – se não der grande incómodo...
Por outro lado, que sentido existe em chamar à colação o Benfica e o Sporting? Porventura, os dois clubes são sociedades secretas em que os filiados estão ajuramentados e sujeitos a esquisitos rituais e a regras de cega obediência à seita?
De notar o particular aspecto da despreocupação revelada pelo grão-mestre.
Claríssimo que António Reis não está “nada preocupado”. Por que houvera de estar?
De certeza que está tudo sob “discreto” e rigoroso controlo. Evidentemente…
Quem disser o contrário, mente!
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