Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, maio 22, 2007

Um texto sem tabus…

AS ESTRANHAS AMIZADES CRUZADAS…

O QUE ESCONDEM? O QUE REVELAM?

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

A amizade é aquele sentimento através do qual as pessoas se sentem ligadas por vínculos do espírito e da moral.

De uma forma simples se dirá que a amizade não comporta amor. Já no amor há sempre amizade associada.

Esta matéria daria pano para se confeccionarem muitas mangas. Não vem ao caso que aqui nos traz expostos à atenção dos leitores.

A abordagem que nos propomos fazer reporta ao complexo mundo das amizades cruzadas incrustado no tecido socio-político da nação portuguesa. E à pertinente questão que se põe: O que elas escondem? O que revelam?

Nos últimos tempos registaram-se acontecimentos e desempenhos dos protagonistas do teatro-circo de matriz política demonstrativos da maior extensão, da grande variedade, da soberana importância e extrema gravidade, que os mesmos significam no nosso quotidiano. Neles, avultam as manifestações de amparos confortáveis, de promiscuidades obscenas, de elogios desmedidos e de promoções escandalosas. Singularmente factuais e mútuas. Afinal, actos perpetrados entre “irmãos” das fraternidades que tomaram conta e proveitos da “Quinta Lusitana”. Sabe-se que, discretos “manos”, separados em várias seitas e, quase sempre, desavindos mesmo no seio do respectivo clã ou no interior da “loja” que frequentam. Porém, quando chega a hora das conveniências recíprocas, “esquecem” as desavenças e mostrando-se incontinentes e destituídos de pudor, aí vão eles irmanados para o festim na praça pública onde, extasiados e sem tento, se glorificam uns aos outros Aí, se exibem – nalgumas ocasiões, afivelando várias máscaras - sem modéstia e qualquer cuidado da publicitada discriçãoOu não fossem pessoas “de bons costumes”

Vamos particularizar alguns casos.

À partida, damos realce às peripécias da queda da Câmara Municipal de Lisboa e das eleições para a nova edilidade. Abstraímos das causas e do processo de degradação a que chegou a gestão camarária e fixamo-nos nas candidaturas anunciadas, tendo em consideração os jogos de influência que lhes estão subjacentes. Urge interrogarmo-nos quanto aos obscuros vínculos que entrelaçam certas personalidades aparentemente tão díspares e incompatíveis Esforço que se recomenda a quem tenha “olho vivo” e não conserve teias de aranha na caixa-dos-pirolitos

Entre os candidatos que se perfilaram para as citadas eleições destaque para o ex-presidente Carmona Rodrigues. Em Fevereiro do corrente ano foi distinguido pela maçonaria regular (GLLP) com a grã-cruz da Ordem (maçónica) Gomes Freire de Andrade. Num dos últimos dias (mês de Maio) do mandato na Câmara Municipal de Lisboa o agraciado Carmona Rodrigues despachou no sentido de conceder à Grande Loja Legal de Portugal, da maçonaria regular “o arrendamento do valioso Palácio, propriedade municipal, sito no Príncipe Real, pela módica quantia de dois mil euros por mês”. A parte desengraçada da negociata é que a Grande Loja Legal de Portugal tem a sede num edifício degradado e arrendado por três mil euros por mês. (Informação colhida na edição do SOL, de 18 de Maio 2007). Mais informa o semanário que “a cedência estava a ser negociada há já um ano, mas a intenção de Carmona, só foi conhecida em Abril passado, depois de uma notícia publicada na revista Sábado”. Facilmente se presume que as negociações vinham sendo conduzidas com a habitual e inconfundível discrição que a Maçonaria põe nas suas actuações Sem sombra de pecado e traduzindo: hoje, comenda para ti, presidente Carmona Rodrigues; amanhã, arrendamento para mim, Grande Loja Legal de Portugal. Tudo legal… Ah! O grande poder das palavras

Marcaram-se as eleições para a C. M. de Lisboa de permeio com uma habilidadezinha na atribuição da respectiva data em conformidade com os interesses dos partidos maiores e médios do leque partidário e aí vai de rompante o ministro António Costa, em movimento acelerado, dos salões do Ministério da Administração Interna para determinado lugar dos aposentos da incógnita sede da candidatura socialista à autarquia lisboeta. Candidatura que lhe cabe preencher com visível agrado e presunção de vitória. E apresentou-se bem acompanhado e com uma inovação. Esta, reporta à figura de assistente (Promotor? Mandatário? Patrono?) financeiro do candidato: o especialista em fiscalidade Saldanha Sanches.

As companhias são as de um assessor de Santana Lopes como companheiro de lista e do conhecido social-democrata José Miguel Júdice na qualidade de mandatário principal da candidatura. Seria previsível que Costa surgisse amparado numa figura socialista. Para muita gente o recurso a Júdice terá sido uma surpresa… Que nem o é. Tome-se em consideração que José Miguel Júdice é uma espécie de 112, do S.O.S., de emergência direccionada ao PS. Melhor explicando: um bombeiro em serviço de apoio e socorro nas situações de aperto dos socialistas posicionados no topo da hierarquia do Partido Socialista. Esta condição de Júdice começou a evidenciar-se quando rebentou, com fragor, o escândalo do processo da pedofilia na Casa Pia. Ele acudiu pressuroso e assumindo, com a maior impaciência, as dores do Ferro, do Pedroso, etc. Decerto, que muita gente se recordará da violência com que José Miguel Júdice interpelou o Procurador-Geral da República e insistiu na sua substituição.

Mas neste domínio das estranhas amizades entre os políticos de opostos quadrantes partidários o caso do ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, não é único.

Estamos a lembrar-nos que no tempo do governo chefiado por Cavaco Silva o socialista Mário Soares foi dos primeiros e mais empenhados cidadãos que, na companhia do enigmático Proença de Carvalho, acorreram a solidarizarem-se com a social-democrata Leonor Beleza quando ela, na qualidade de ministra da Saúde, foi constituída arguida no processo-crime dos hemofílicos vítimas de contaminação pelo vírus da Sida. Também Mário Soares foi dos raros políticos de carisma internacional que, incauto, voluntarioso, sem perda de tempo, se solidarizou com o ex-chanceler alemão, o democrata-cristão Helmut Khol, logo que este famoso político começou a ser investigado por falcatruas e ilegalidades.

E que dizer sobre a novela interpretada pelo novo titular da pasta ministerial deixada vaga por António Costa? Algo bastante simples e que veio relatado nos jornais. O jurista Rui Pereira, tal como José Miguel Júdice, criticou veementemente a Justiça no caso da Casa Pia e advogou a fiscalização do poder judicial pelo poder político. O que a suceder coloca este a dominar aquele. É fácil intuir o objectivo em vista. Objectivo em parte já atingido através da aprovação pelo Parlamento de legislação que determina caber ao ministro da Justiça a incumbência de estabelecer as prioridades das investigações criminais. Ainda, uma anotação sobre Rui Pereira. Tendo sido destacado para o Tribunal Constitucional na perspectiva de ser eleito para vice-presidente e, quatro anos depois, assumir a presidência do mesmo tribunal – assim se conseguindo manter por largos anos o controle desse importante órgão da Justiça nas mãos do Grande Oriente Lusitano (maçonaria irregular) - e não conseguindo tal eleição deixa, agora, aquele órgão de soberania para substituir António Costa no cargo de ministro da Administração Interna. Esteve 43 dias assentado no Tribunal Constitucional. Não chegou a aquecer a cadeira. Outra cadeira que lhe escapou terá sido a de Procurador-Geral da República para a qual se propunha com a bênção da fraternal instituição da qual é membro destacado: a maçonaria irregular (Grande Oriente Lusitano).

Falta anotar que o falecido juiz Nunes de Almeida, ex-presidente do Tribunal Constitucional, também era maçon integrante do Grande Oriente Lusitano.

Estão os leitores a aperceberem-se como se faz a rotação dos “irmãos” pelos mais elevados cargos do Estado? Sempre eles, os membros da família maçónica a andarem num rodízio…

Por estas e outras é piadético o título do SOL: “Maçonaria sobe no Governo”.

Não sobe! Nem desce! Mantém-se! Na linha de uma manipulação do Poder que leva décadas de existência e tem atravessado a primeira, a segunda e a terceira repúblicas – aliás, como “grandes” maçons têm reconhecido. Quando, fazendo o rei anos, “lhes foge a língua para a verdade”.

E nos outros órgãos de soberania? E nos jornais, rádios e televisões? Nos partidos? Nas editoras? Nas forças armadas? Nas universidades? Nos bancos?

Alguma destas entidades escapa ao poder da Maçonaria e da Opus Dei?

Aos leitores deixamos um desafio: Passem-nas em revista, a pente fino, com os olhos bem abertos e visão perspicaz. Depois, dêem notícias ao Zé-Povinho!...

Fim