Estimadas senhoras,
Caros senhores
Aqui vos apresento as “SARAIVADAS” desta semana.
Hoje, crónica algo diferente.
Certamente determinada por imperativo ético, prevalência de isenção na avaliação e sentido crítico responsável.
Com os melhores cumprimentos.
Brasilino Godinho
SARAIVADAS…
Ou as confissões do Arq.º Saraiva…
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
Tema: Saraiva em grande estilo…
Estou convencido que esta crónica vai suscitar algum desencanto nos meus leitores fiéis. Porque habituados à leitura de uma escrita pautada pela ironia estranharão que, nesta, as figuras de estilo tenham sido arredadas.
Perguntar-se-á:
- Qual o motivo? O autor de “A QUINTA LUSITANA” perdeu qualidades de narrador? Minguou-lhe a perspicácia? Desvaneceu-se o seu sentido crítico? Entrou em processo de degeneração das faculdades de alma? Decaiu de tal maneira que já não dá uma para a caixa – como diria um “amigo da onça”? Calma aí, pessoal! Tanto quanto é possível ser juiz em causa própria vos digo que não se trata disso. A razão é simples. E decorre do contexto que a seguir se explicita.
- Ou, em contraposição, o Arq.º Saraiva no último fim-de-semana surgiu rejuvenescido, em grande forma? E, apresentando-se na plenitude das suas capacidades de escritor, não facultou matéria que desse azo a Brasilino Godinho fazer o exercício democrático da crítica ao seu peculiar estilo?
Entenda-se que, tal como muito bem disse o maestro António Vitorino de Almeida, é “Nossa função sermos críticos uns dos outros. Não se vive sem isso. Tanto para apoiar como para apontar falhas”.
Assim demarcada a validade e as facetas da crítica, o autor se por um lado sente natural frustração pela eventual desânimo dos leitores perante a falha de ironia na presente crónica; pelo outro prisma, reportado à qualidade de cidadão, experimenta a agradável sensação de se congratular pela inegável valia dos textos “Brincar com o fogo” e “Um suicídio colectivo” subscritos por José António Saraiva.
Com muita atenção, li e reli qualquer deles. Parágrafo a parágrafo. Fiquei satisfeito!
Mas, em abono da verdade, quase tentado a chuchar no dedo…
Saraiva estava com inspiração quando elaborou os referidos artigos. Escreveu numa linguagem fluente. Aprofundou as questões. Descreveu pormenores com interesse. Simplesmente notável a peça que contempla a deriva jornalística associada à moda dos brindes. Foi objectivo. Analisou bem. Sobressaiu a lucidez. Dois trabalhos importantes! Uma actuação impecável! (Que me trouxe à memória a extraordinária personalidade do pai, grande Mestre da Literatura Portuguesa, Prof. Doutor António José Saraiva).
Bravo!
Bato palmas! Sem favor… Menos ainda, sem sombra de pecado… de bajulação.
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