Prezadas senhoras,
Caros senhores
Pressupondo vossa aquiescência, remeto-vos as “SARAIVADAS” da semana.
Espero que vosso olhar - selectivo quanto baste - seja suficientemente acolhedor para o recheio da presente crónica; a qual, acolhe com a devida atenção as famosas confissões do não menos famoso arquitecto-jornalista da praça lisbonense.
Cordiais saudações.
Brasilino Godinho
SARAIVADAS…
Ou as confissões do Arq.º Saraiva…
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
Tema:
Saraiva tem um “olhar muito selectivo”… Quem diria?
A 24 de Março de 2007 e na inglória circunstância decorrente da triste sina de “VIVER PARA CONTAR”, o arquitecto Saraiva dá-nos as versões das escolhas do nome e do logótipo do semanário que dirige. Também descreve as peripécias que lhe estiveram associadas.
Mais uma vez “esquece-se” de dizer aos leitores que o seu semanário é uma recriação; visto que recuperou o título do jornal SOL, fundado no ano de 1946 pelo talentoso jornalista que foi o tenente-coronel Lello Portela.
Já várias vezes temos insistido com o Arq.º José António Saraiva para assumir essa apropriação do título de um prestigiado jornal que, apesar do curto tempo de existência, marcou de forma indelével um tempo difícil do jornalismo português. Mas Saraiva queda-se mudo. Francamente, estranhamos a omissão. Lamentamos que faça orelhas moucas aos reparos que vimos formulando sobre esta matéria. Achamos que lhe ficava bem dar nota ao público da história do título e da recuperação agora operada. Interrogamo-nos sobre as razões que determinam tal atitude. Será que teme a comparação entre o SOL original, independente, do ano de 1946, de Portela e o SOL comprometido com a Opus Dei, do ano de 2006, de Saraiva?
A propósito: repare-se que os separam um intervalo de sessenta anos. Não seria interessante analisar os conteúdos e os grafismos de um e outro? Enquadrá-los nos contextos sociais e políticos das respectivas épocas?
No registo desta semana o Arq.º Saraiva escreve: “Talvez pela minha experiência de arquitecto eu tenha um olhar muito selectivo”. Portanto, ele dá-nos a informação, não muito convicta, de ter “olhar muito selectivo”. Só que, antepondo o “talvez”, ainda por cima apoiado na sua “experiência de arquitecto”, deixa-nos em dúvida quanto ao “olhar muito selectivo”. É que sabemos que a experiência como arquitecto foi bastante curta. Cedo se dedicou ao jornalismo. Logo, receamos que tendo em tão pouco tempo exercitado a arte de arquitectura não tenha acumulado muita selectividade no “olhar”. Isto é: o seu “olhar”, afinal de contas, pode ser pouco selectivo. Basta recordarmos que Saraiva costuma lançar olhares devastadores,,, abrangentes, que levam tudo na frente em cuidados e aflições das pias almas mais desprevenidas…
No corpo do texto não há nada de especial a registar que destoe do estilo habitual do famoso articulista.
Com uma excepção importante. O Arq.º Saraiva fala de “um dos segredos (o sublinhado é colocado por nós) do nosso sucesso: houve uma perfeita repartição de tarefas entre todos, que se fez naturalmente, como se fôssemos peças de um puzzle que uma mão invisível encaixara”. Peças? E não são?
Anotamos que, pela primeira vez, o director do SOL admite existirem “segredos” do “sucesso”. Nossas perguntas indiscretas: Que “segredos”? Qual será o “sucesso”?
Mas a parte mais substancial e objectiva é aquela
Fim
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal