Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, abril 30, 2007

Caríssimas senhoras

Prezados senhores

Aqui e com vossa condescendência, as SARAIVADAS da semana

Que elas lhes proporcionem descontracção.

Que é tão necessária num tempo de tristes palhaçadas do circo político…

Até o Zé-Povinho, perdido, sem ânimo, fraquinho, amargurado, mas conservando alguma dignidade, já se esconde porque a tanga está cada vez mais esfarrapada…

É que ela pouco tapa e quase tudo destapa…

Saudações cordiais.

Brasilino Godinho

SARAIVADAS…

Ou as confissões do Arq.º Saraiva…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Tema: ESQUECIMENTO? OU DISTRACÇÃO DE SARAIVA…

No âmbito do seu “viver para contar” o Arq.º Saraiva, neste fim-de-semana – o último do mês de Abril – conta-nos a realidade da história dos engenheiros técnicos.

Trata-se de um texto bem elaborado. Aborda o assunto sob os variados aspectos que o caracterizam. Mostra conhecer bem os dados da evolução do processo de afirmação socioprofissional dos antigos agentes técnicos. Descreve alguns pormenores. Cita casos mais ou menos conhecidos dos percursos escolares de algumas personalidades.

Analisa com objectividade e abrangência a problemática em questão. Uma boa prestação jornalística.

Na rubrica “POLÍTICA A SÉRIO”, Saraiva insere um artigo em que foca “a tentação totalitária”.

Começa por minimizar a existência de uma extrema-direita e julga-a ao “nível da banda desenhada”. Santa ingenuidade…

Dá nota das implicações sociais da imigração que considera uma questão delicada. Sem a explicitar convenientemente, ela proporciona leituras equívocas.

Fala do nacionalismo e advoga que se cultive o orgulho de ser português. Acrescenta que se devem defender os interesses de Portugal “em todas as áreas: protegendo a nossa língua, a nossa cultura, as nossas empresas, os nossos direitos, as nossas águas”. Pois sim!...

Mas Saraiva fica-se pelo enunciado daquilo que se deve fazer. Nem uma palavra de censura dirige aos governantes que tão desleixados e incompetentes têm sido na prossecução desses objectivos. Ele retrai-se. Não vai ao cerne do problema. Não belisca. Não recalcitra. Contempla-se na observação dos factos sem deles extrair consequências e responsabilidades. Demite-se do rigor e da exigência da acção crítica. Sua dormência faz-nos lembrar a mansidão de um cordeiro pascal. Parece desejar manter-se nas boas graças dos políticos que, afinal, são os maiores responsáveis pela grave crise que o País atravessa. Dir-se-ia algo sem importância para Saraiva. Por omissão, acaba por ser mais um conivente. Porque, verdadeiramente, não obsta ou oferece resistência à execução das nefastas orientações políticas que arrastam o País para um abismo, quiçá sem retorno.

A seguir, tece algumas considerações de natureza histórica. Realça a condição de país atlântico e a convergência de interesses com outras nações do mundo lusíada. Expõe lugares-comuns bastante corredios nas lucubrações de vários inenarráveis comentadores integrantes das confrarias de irmãos, compadres e amigos, que se reclamam de pertencerem à melhor e mais sofisticada sociedade jornalística de Lisboa.

Por último, José António Saraiva foca a autoridade do Estado. Neste ponto e após formular pertinentes apreciações, remata o artigo apresentando aquilo que admite ser um programa (sem substância, inconsequente - na nossa opinião) de “cinco linhas de actuação que colocarão Portugal ao abrigo de qualquer tentação autoritária”. Ou sejam: “Controlo da emigração, defesa do orgulho nacional, recuperação das relações históricas com África, projecção de Portugal como país atlântico, afirmação da autoridade do Estado”. Aqui expostos a confusão de ideias e o grande engano de Saraiva! Ou terá sido esquecimento do factor essencial? Talvez, distracção?

A única forma da nação lusa afastar o real perigo do surgimento de um regime totalitário será proceder-se à regeneração da classe política, à instalação de governo competente, à reabilitação da Justiça, ao advento e consolidação de um estádio de desenvolvimento económico propulsor de melhor nível de vida das populações. Se isso não acontecer enquanto antes, iremos reviver o trágico filme passado no final da primeira república. Assim, espera-nos um futuro tenebroso que, sobretudo, atingirá os nossos descendentes.

Nem será a retórica oca e pretensiosa dos intelectuais auto-suficientes das tertúlias lisboetas e as prolixas linguagens de políticos cínicos e demagogos da alfacinha cidade, que evitarão o colapso desta terceira república; o qual, já desponta no horizonte próximo.

Oxalá que o facto de integrarmos a União Europeia nos dei alguma protecção. O que também é duvidoso, se acontecer o alastramento da mancha totalitária que já é uma ameaça latente no centro da Europa.

E já agora, não nos esqueçamos das condicionantes perversas implícitas na informação de um grão-mestre da secreta fraternidade: “A Maçonaria esteve sempre e continua a estar no Poder e com o Poder, quaisquer que sejam os regimes e os partidos instalados na governação de Portugal”. Desta certeza, todos devemos extrair as inevitáveis conclusões