A MINHA CELEBRAÇÃO DE NATAL

IR AO ENCONTRO DE EU MESMO

Brasilino Godinho

17/Janeiro/2020

TOMO XVI

COM EMOÇÃO E DELEITE

PERCORRENDO OS ESCANINHOS DA IDADE ADULTA

E VIDA ACADÉMICA

Conforme já indicado nesta narrativa o meu segundo ciclo de vida terminou na data do óbito de minha mulher a 02 de Junho de 2008.

A partir do princípio de Setembro iniciei o terceiro ciclo da minha existência: a vida académica.

Tal arranque existencial processou-se com as diligências efectuadas junto dos Serviços Académicos da Universidade de Aveiro, no sentido de conhecer os termos de admissão à Universidade.

A 20 de Outubro de 2008, de manhã, entrei no Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro. Pela primeira vez numa universidade, na condição de aluno. No entanto, a título excepcional autorizado a  frequentar quatro disciplinas isoladas no ano lectivo. Esta limitação por motivo de o prazo para a habilitação ao acesso através do normativo de Bolonha só ser processado num dos primeiros meses do ano.

Em 2009 foram preenchidos todos os preceitos legais e prestadas as provas de admissão que mereceram a classificação de 17 valores. Adquiri a qualidade de discente da universidade aveirense.

Direi que ao fim de 61 anos voltar a frequentar uma instituição escolar e na condição de estudante universitário, despertou-me uma sensação indiscritível de exaltação e entusiasmo.

Logo na primeira aula, de Português, no final solicitei à professora o uso da palavra - o que me foi concedido. Dirigi-me aos colegas, que bem poderiam ser meus netos, para lhes dizer que não pretendia ser tratado com atenções especiais. Ali eu seria um estudante enquadrado no mesmo plano de igualdade. E que tomassem esse meu desejo como norma no relacionamento que iriamos ter.

De facto, assim aconteceu no decurso dos 8 anos de duração dos CURSOS DE LICENCIATURA EM LÍNGUAS, LITERATURAS E CULTURAS (pela Universidade de Aveiro) E DE DOUTORAMENTO EM ESTUDOS CULTURAIS (pelas Universidades de Aveiro e do Minho).

Nesta narrativa da minha ida AO ENCONTRO DE EU MESMO não é feito relato circunstanciado do percurso universitário, por duas razões:

- a primeira, porque o encontro não penetrou fundo na evocação do que foi o meu trajecto de vida académica; decerto, por ela estar cativa da memória bem enraizada no meu subconsciente;

- a segunda, pelo facto de toda a minha vida académica ter sido em 2012, 2013, 2017 e 2018 amplamente divulgada urbi et orbi pelos órgãos de Comunicação Social: jornais, revistas, rádios, televisões nacionais; e alguns órgãos estrangeiros. Também dada a conhecer pelas minhas crónicas, APONTAMENTOS e redes da Internet.

Fim