A MINHA CELEBRAÇÃO DE NATAL
IR AO ENCONTRO DE EU MESMO
Brasilino Godinho
12/Janeiro/2020
TOMO XIII
COM EMOÇÃO E
DELEITE
PERCORRENDO OS
ESCANINHOS DA IDADE ADULTA
Nas
precedentes páginas da narrativa decorrente da A MINHA
CELEBRAÇÃO DE NATAL IR AO ENCONTRO DE EU MESMO, que tenho vindo a fazer, já dei a entender
que considero a minha existência consubstanciada em três ciclos: de
criança/adolescência; idade adulta/chefe de família; vida académica.
O ciclo de vida infantil e de adolescência foi
descrito com alguma minúcia.
O ciclo de idade adulta/chefe de família, a que
acrescento a componente de projectista em engenharia rodoviária, no desempenho
de função pública e a título de actividade de trabalhador independente, é a
partir de agora relatado em termos algo restritivos dado que estão muitos factos,
de pequena e grande importância, amplamente divulgados nos órgãos de
Comunicação Social; por explanação de entrevistas que, ao longo dos anos,
concedi, de reportagens e de crónicas e artigos de opinião que tenho publicado
em jornais, no Facebook e blogue http;//quintalusitana.blogspot.com.
O meu casamento com a mulher dos meus encantos, a 8 de
Junho de 1957, é o factor decisivo de arranque do meu segundo ciclo de pessoa
maior, de todo emancipada e responsável.
Na assumpção em plenitude de tamanha responsabilidade
e ciente das dificuldades que teria de enfrentar no domínio económico em sede
de matrimónio e de presumíveis encargos de criação e educação dos filhos, alicercei
a convicção de que se me impunha proporcionar consistência e objectividade ao
desígnio que houvera traçado em tempo de adolescente.
Daí que, baseado na técnica formação básica já
alcançada, tenha decidido que iria ser técnico projetista de engenharia
rodoviária, sem dispor de frequência ou curso médio ou superior de engenharia
civil. Contra tudo e contra todos, seria engenheiro rodoviário, sem canudo
académico.
Raciocinei da seguinte forma: um estudante liceal
acaba o curso e ingressa na Faculdade de Engenharia. Estuda, presta provas
escritas e práticas e ao fim de cinco anos sai da Universidade ostentando o canudo.
Mesmo sem fazer estágio está habilitado legalmente para exercer bem ou mal a
profissão de engenheiro.
E tu, Brasilino como vai ser cumprido o teu objectivo
de vida nessa área de engenharia?
Bem! Disse para comigo! Se o ex-liceal entra na
Universidade, lê os livros e estuda pelas sebentas, tu Brasilino também sabes
ler e estudar pelos livros e sebentas. Só terás que adquirir uns e outras. De provas
práticas? As vais tendo, bastantes e proveitosas, desde algum tempo e absorvendo
experiências e conhecimentos diversificados tidos com grandes mestres de
engenharia em diversos locais e circunstâncias. E sob este aspecto até com
vantagens relativamente aos licenciados em Engenharia.
Portanto, Brasilino, vai em frente! Esse é o teu
caminho!
E foi! Percurso de projectista em engenharia
rodoviária desde 1957 até 1990.
Nesse período efectuei pessoalmente - ou sob minha
orientação. no âmbito da firma TÁPIA GODINHO – ESTUDOS E PROJECTOS DE
ENGENHARIA, L.ª, de que era sócio-gerente e director técnico; a qual, existiu
de 1983 a 1990 – dezenas de projectos de obras públicas: estradas, arruamentos
e infra-estruturas urbanísticas, dispersas por todo o país. Também, alguns
projectos e fiscalização de edifícios.
Anoto que com tão extensa quantidade de projectos, só
uma vez tive um projecto a que foi apontada irregularidade; precisamente na
espessura da camada do revestimento superficial betuminoso: o projecto de
pavimentação de um arruamento de Sever do Vouga.
Ironia do destino: por sinal, esse projecto foi o
último da produção do gabinete TÁPIA GODINHO – ESTUDOS E PROJECTOS DE
ENGENHARIA, L.ª.
E o lapso técnico teve justificação no facto de a
elaboração do projecto ter coincidindo com a fase terminal das actividades do
gabinete e haver em curso de execução vários trabalhos a concluir em escassos
dias, para satisfazer o compromisso do andar ficar devoluto. E ocupado com
tanta azáfama não prestei a devia atenção ao referido projecto. Assumi a
responsabilidade, na qualidade de orientador do mesmo.
Caso para comentar: “no melhor pano, cai a pior nódoa”
…
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