125. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
18 de Março de 2018 

BARREIRAS DUARTE, DESDE ESTA TARDE,

JÁ NÃO É O SECRETÁRIO-GERAL DO PSD.

SEGUNDO OS HÁBITOS DO CIRCO POLÍTICO

JÁ VEM DOS AMIGOS O PATÉTICO LOUVOR:

O HOMEM MENTIROSO SAIU PELO SEU PÉ,

FOI UMA ATITUDE DE GRANDE DIGNIDADE.

Deduzindo a partir do que já se começa a esboçar e correspondendo aos costumes da vida partidária em Portugal, está em marcha uma campanha de branqueamento da sujidade acumulada por Barreiras Duarte que tanto conspurcou o mundo político de cor alaranjada e, por extensão e generalização, a classe política.

E uma vez que Rui Rio desprezou a oportunidade de dar um banho de Ética a quem dele estava enormemente carecido, é de admitir que o novo chefe do PSD tenha sido alvo de um certeiro tiro no seu próprio pé; o qual, era suposto que estivesse bem calçado e bastante resguardado de tão nefasta ocorrência. Teme-se que dificilmente recupere e que, mesmo com uso de muletas apropriadas a tão embaraçosa debilidade física, jamais consiga equilibrar-se, mesmo em enviesada marcha lenta.

Por outro lado, decerto no que concerne a Barreiras Duarte e membros da sua limitada companhia, é de esperar que lancem uma histérica campanha de intoxicação pública no sentido de convencer os portugueses de que a sua demissão foi uma atitude de grande dignidade e que terá sido alvo de conspiração.

Importa sublinhar que não houve dignidade nenhuma na demissão de Duarte pelo seu pé de desajeitada dança acrobática. Precisamente, da parte de quem cometeu tantas e graves irregularidades ao longo de vários anos – o que prova ser persistente cultor da indignidade.

Quanto a ter sido alvo de conspiração há fundamentação plausível da verdadeira malfeitoria: como indivíduo terá conspirado contra si próprio, sem respeito e consideração pela sua pessoa, com grave ofensa do seu bom nome e das faculdades de alma e em grave prejuízo da sua dignidade, irremediavelmente maltratada. Acrescente-se: e sem viável hipótese de vir a ser dignidade ressarcida.