13. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
04 de Novembro de 2017
ULTRAPASSADO O ESTADO DE LATENTE
ELA AÍ ESTÁ:
A AMEAÇA FILIPINA A PORTUGAL
A luta pela independência da
nobre nação catalã suscita o despertar para a realidade da virulenta cobiça da
monarquia espanhola pela posse e subordinação de Portugal.
Trezentos e setenta e sete anos
depois de em 1640 Filipe IV, Rei de Espanha, ter sido afastado do Reino de
Portugal, está de volta a ameaça Filipina. Na actualidade tal prenúncio de mal
para a nação portuguesa, tem na pessoa de Filipe VI a agressiva matriz
monárquica de génese e índole franquista. Ele é a personalidade de proa que
corporiza o intento da Monarquia de Espanha de se apoderar do Estado português.
O que se vem passando com os
conflitos da Catalunha e de antigos reinos que estão submetidos ao poder do
nacionalismo espanhol e às arbitrariedades do governo Rajoy, vai servindo de
balão de ensaio para os expedientes a aplicar no assalto à fortaleza lusitana.
Do lado de cá assiste-se,
simplesmente, à progressiva infiltração dos agentes ao serviço da causa
filipina, sem se esboçar qualquer prevenção e resistência.
E por citarmos prevenção pesa a
ameaça de acontecer como nos fogos de Pedrógão Grande e na calamidade dos 500
incêndios ocorridos no p.p. domingo, dia 31 de Outubro. Qual seja a de-repente
sermos apanhados de surpresa e perante a grandeza e violência da investida
ficarmos inteiramente reféns na nossa terra e sujeitos ao opressivo domínio, à
grande exploração e ao intolerável autoritarismo espanhol.
Haja consciência daquilo que já é
hoje a infiltração dos agentes de Espanha e do poder económico e financeiro dos
sectores mais conservadores da vizinha Espanha, em Portugal.
Outrossim, repare-se, também, no
que actualmente é percebido, visível e manifestado no país vizinho ou mesmo no
nosso território, sempre evidenciando grande soberba por parte das pessoas
integrantes das classes política, possidente, jornalística, afectas ao regime
monárquico de Espanha, quando focalizam atenção e fazem comentários sobre
Portugal e os portugueses.
E tome-se conhecimento da intensa
colonização que foi sendo intensificada na sucessão dos anos de ocupação, em
Olivença e na Catalunha, para se perceber que qualquer referendo nestes
territórios dará, inevitavelmente, a maioria aos colonizadores espanhóis. Daí
ser muito complicada a libertação catalã que está armadilhada pelo artilho 155.º,
da Constituição da Monarquia de Espanha e pelo travão obstrutivo e paralisante
do referendo – um direito que em Espanha não é exequível ou merecedor de
credibilidade, pela razão de ela, ardilosamente, ter ao longo dos séculos feito
uma larga e abrangente colonização das nações onde é maior o sentido da
nacionalidade e latente o espírito de resistência à sujeição ao Poder sediado
em Madrid. Pergunta-se: Que outros resultados de referendo que não sejam a
vitória dos súbditos do Estado ocupante (espanhol) em nações onde os espanhóis
residentes são em maior número do que os eleitores nativos? Nestes casos, o
referendo é direito fictício, verdadeiramente uma falácia interesseira para
confundir e enganar os incautos cidadãos. Arteirice usada para manipular a
opinião internacional e perpetuar a posse dos territórios abusivamente ocupados
e anexados à coroa espanhola. É mais que altura para se reconhecer que muito
ingénuos, confiantes e imprudentes, foram, sobretudo, os políticos catalães, vascos
e galegos, ao aceitarem o famigerado artigo 155.º da Constituição; atendendo ao
facto, ora escandalosamente confirmado, que o poder judicial vigente está na
dependência total do governo de Mariano Rajoy e do regime de Filipe VI.
Tanto mais conseguida e
prosseguida for a prepotente e ditatorial dominação de Espanha sobre as nações
ibéricas de que detém abusiva posse, mais vulnerável será a posição de Portugal
face à ameaça espanhola, ora de expressão filipina.
Manda a elementar cautela que os
portugueses sintam ser parte interessada e observadora no campo de batalha da
Catalunha e dessa luta entre espanhóis e catalães devemos colher úteis
ensinamentos que nos ajudem a enfrentar a presente ameaça filipina – que já é
uma muito preocupante realidade.
Filipe VI
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