ASSIM SE ENGANAM
E MANIPULAM
OS PORTUGUESES
Brasilino Godinho, com a
devida vénia, transcreve:
«Quem é Vítor Gonçalves, jornalista escolhido para
entrevistar os líderes partidários nas legislativas 2015?
Vítor
Gonçalves, ou aliás Vítor Gonçalves Loureiro, como já assinou noutras ocasiões, foi o jornalista escolhido para
conduzir na RTP Informação as entrevistas aos líderes partidários concorrentes
às eleições legislativas de 2015.
António Costa, quando por ele foi entrevistado, disse-lhe “Está aqui como porta-voz do dr. Pedro Passos Coelho”, o que
gerou uma onda de contestação entre a malta da direita e em certa comunicação
social. Desta última destaca-se a revista Sábado com uma
peça titulada “Costa tenta intimidar jornalista que o entrevistou na RTP
/ Ao melhor estilo socrático, o secretário-geral do PS por cinco vezes
acusou Vítor Gonçalves de estar a usar os argumentos do PSD”.
É de registar, ainda, a crónica de Paulo Baldaia no DN, onde
começa logo por afirmar que “Não há treino que mude a natureza das pessoas” e a
peça do SOL que
afirma “Costa irrita-se com jornalista da RTP”. E, claro, o inevitável
Observador, como esperado, pelas teclas de Rita Dinis, fez sair o seu
artigozinho na mesma linha.
O tom foi este. Sócrates perseguiu e intimidou jornalistas e Costa é
igual a Sócrates. Sendo igual, repetirá os mesmos erros de Sócrates –
é este o argumento da coligação de direita e é esta a mensagem subliminar que
estes articulistas procuram passar.
Tem Costa razão na sua reclamação? O melhor será ouvir a entrevista e fazer o seu juízo de valor. Mas há aspectos a considerar. Vítor
Gonçalves Loureiro, sobrinho de Dias Loureiro, esse mesmo empresário
exemplar que Passos aplaudiu, é também o autor de uma biografia que “reconstitui os últimos cinco anos do percurso do antigo
primeiro-ministro” Cavaco Silva e na qual este “responde a todas as
dúvidas que ficaram em aberto e lança um olhar sobre o passado e o futuro do
país”. E quais são estas dúvidas? “Os governos de Guterres, Durão Barroso e
Santana Lopes” e “A maioria absoluta de José Sócrates”, entre outras.
Vítor Gonçalves Loureiro justificou-se dizendo “Estar a fazer
questões não tem a ver com outros partidos. Estou-lhe a fazer perguntas e é
esse o meu único objectivo na conversa consigo”. O facto de ser um
entrevistador que repete os argumentos da coligação de direita sob a forma
de questão é mera coincidência. Tal como são coincidências ter sido este o
jornalista escolhido para estas entrevistas e haver hoje um Prós e Contras assente num spin lançado por Paulo Rangel na Universidade (cof,
cof) de Verão do PSD.
Aos curiosos: nem sequer penso votar no PS, mas este complô da direita,
estando ao nível da manipulação mediática dos tempos socráticos, merece ser desmascarado.
Nesta governação tem havido, porém, uma diferença notável: a ausência
de uma Manuela Moura Guedes do Jornal da Noite da TVI a trazer a nu os
podres da governação.»
Fim de transcrição
Brasilino Godinho comenta:
Se o jornalista Vítor Gonçalves Loureiro, em data
recente, escreveu o livro A AGENDA DE
CAVACO SILVA, agora, está promovendo na televisão a agenda da dupla Passos Coelho e Portas. É de crer que lhe faça
bom proveito… Mas não lhe fica bem. A agenda soa a falso. A impostura.
Se ainda
houvesse dúvidas de que, na actualidade, Portugal
é o Estado que designo por Reino da
Mentira, instaurado em 2011, por Passos Coelho, Paulo Portas e
seus fanáticos companheiros (soberbos praticantes de expedientes politicóides),
acolitados por vários jornalistas da praça alfacinha onde assentam as
conveniências de bem cavalgar as boas graças do poder vigente; bastariam as
actuações do jornalista Vítor Gonçalves Loureiro na série de entrevistas em
curso televisivo, para se ter a confirmação inequívoca de que assim é o regime
que sujeita, engana e explora, o povo português.
De modo que Portugal está bloqueado por viciosa rotina governamental e
pela prática da Mentira que, inspirada na recomendação do dr. Joseph Goebbels,
ministro da Propaganda do governo do III Reich, de Adolf Hitler, é publicitada
a todos os instantes como se fosse virtuosa e a confundir-se com a
Verdade.
Um Reino da Mentira que na Europa é um caso único. Talvez encarado pelos
sectores mais conservadores e pela senhora Merkel como um admirável e inovador
campo experimental de uma nova arte/ciência política de melhor explorar o povo
indígena.
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