Passos Coelho acusa PS (LUSA)
Passos
Coelho, muito senhor do seu avantajado nariz
de Pinóquio:
Digam a
meu respeito o que quiserem; entra-me por um ouvido e sai-me pelo outro.
Um comentário de Brasilino Godinho
12 de Setembro de 2015
01. Que credenciais de isenção e de credibilidade
apresenta Pedro Passos Coelho ao eleitorado, para vir agora acusar o PS de
querer fazer “experiências perigosas” com a segurança social? Nenhumas!
Qualquer um anónimo irresponsável poderia lançar a
suspeita; que não acusação, porque ela seria considerada uma calúnia.
Nunca Pedro Passos Coelho se poderia permitir tal
desaforo e desonestidade intelectual.
Logo ele, Pedro Passos Coelho que - pondo de parte “experiências
perigosas” - de imediato, em 2011, impôs, com ânimo implacável,
orientações e medidas políticas mais que perigosas, pois que provocaram o êxodo
de milhares de pessoas e jovens licenciados (uma vaga de refugiados que fugiu
de Portugal em busca de condições de sobrevivência em diversos países do
mundo), o desemprego de milhares de cidadãos, a degradação dos serviços
públicos, a pobreza de milhões de portugueses, o colapso da classe média e
criaram condições para inúmeros portugueses terem sucumbido por falta de meios
de subsistência e de cuidados médicos. Perante a evidência da catástrofe, demais
a mais, sobejamente conhecida e sentida no seio de milhares de famílias, há que,
sem delongas, processar judicialmente os responsáveis por tais nefastas
ocorrências.
A esse
estendal de barbaridades Pedro Passos Coelho e seus companheiros situacionistas
vão, cinicamente, chamando de sacrifícios. Sacrifícios que os portugueses teriam
decidido (realce-se: em sede de um incrível masoquismo) fazer para agrado de
Passos Coelho e Paulo Portas e ambos se pavonearem com o obscuro cumprimento do
memorando da Troika e o apregoado sucesso dos malquistos desígnios do governo.
Também desta subtil forma Passos Coelho, Paulo Portas e seus amigos passam as
culpas. Para quem? Para os portugueses. Nem se tivessem dado aos sacrifícios. Não
fossem trouxas.
Claro que
o governo faz como Pilatos. Tenta lavar as suas sujas mãos. E branquear a negra
face.
Pobre
povo que, para além de violentado e desprezado, acaba por ser humilhado e
acusado de ser o carrasco de si próprio. Quiçá sem se aperceber da manipulação
de que tem sido alvo.
Aqui, face
a este indecoroso aspecto concernente à espertalhona e maquiavélica atitude dos
membros do clã capitaneado por Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas, há
que, a plenos pulmões, gritar: Basta! Chega de falácias!
Sacrifícios? Uma ova!
Todos - quantos cidadãos independentes e avessos a
sectarismos - têm a noção da enorme falsidade que subjaz a tão insidiosas
observações. Aonde radica a imposição do autoritarismo de Pedro Passos Coelho e
dos seus colaboradores, não se verifica a livre aceitação dos cidadãos.
Sublinhe-se que ao longo do exercício do mandato em
tempo algum Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque (as três figuras
emblemáticas da actual governança) se preocuparam com as terríveis
consequências da insegurança social que atingiu muitos milhares de cidadãos,
reformados e pensionistas.
Precisamente,
à semelhança do capital de
indiferença e abandono acumulado pelo governo, com que estão sendo contempladas
as vítimas da fraude do BES. Por sinal, caídas no engodo da apregoada solidez
financeira do referido banco que lhes foi garantida
por Cavaco Silva,
Passos
Coelho, Maria Luís Albuquerque e Carlos Costa (governador do Banco de
Portugal). Agora todas estas entidades tentam sacudir a água do capote.
Assim
demonstrada a inexistência, nos citados políticos, do sentido da responsabilidade
pelos actos praticados. O que é absolutamente inaceitável
nos dirigentes colocados no topo da hierarquia do Estado. E deste modo é
manifesto que nem sequer in situ da
maior representatividade institucional da República Portuguesa, estão reunidos
os requisitos de um Estado de Direito.
02. Parafraseando
a irrevogável criatura, Paulo Portas (que é umas das deploráveis e patéticas
singularidades da actual situação política em Portugal):
Aquilo
que as pessoas têm que escolher no próximo dia 4 de Outubro é entre o futuro de
refundação do País, de reorganização do Estado e de consumação do advento da esperança
para a esmagadora maioria da população de Portugal; e um programado, sombrio, futuro
de desilusão e de sofrimento que se antevê ser mais do mesmo (da coligação
PSD-CDS/PP) - ou seja: mais 4 anos de empobrecimento geral, de miséria e de
desgraça.
Outrossim, o afundamento do Nação e do Estado; uma
e outro, a fixarem-se no fundo dum aterrador abismo que vai afectar gravemente,
por longo período, a qualidade de vida das sucessivas gerações que nos hão-de
suceder.
03. Ou talvez não. Se acreditarmos na afirmação de
Paulo Rangel, deputado europeu do PSD. Há dois meses, este companheiro de
Passos Coelho proclamou no Porto que Portugal vai desaparecer e que não
existirão mais portugueses. Neste aspecto, a letra da fala de Paulo Rangel
condiz com a política careta de Passos Coelho. Visto que a conduta política do
duo Pedro Passos Coelho/Paulo Portas vai seguindo direitinha no rumo desse
terrível objectivo.
04. Oxalá que os portugueses se compenetrem de que
Pedro Passos Coelho, enganou e, sistematicamente, ao longo de quatro anos de
mandato, traiu a confiança que lhe fora depositada; e que se alguma garantia
faculta à consideração dos eleitores é a de continuar a enganá-los e a
traí-los, com pesporrência, sobranceria e agressividade, no caso de, com
extrema infelicidade, lhe concederem a vitória no pleito eleitoral do próximo
dia 4 de Outubro.
Portanto, no dia 4 de Outubro de 2015 caberá aos
eleitores a grande responsabilidade de, votando pela oposição, optarem por
Portugal; ou, pela inversa, a previsível destruição do País, caso que, sob
inspiração maligna, votem na actual coligação, chefiada pela dupla formada por
Passos Coelho/Paulo Portas, autora do presente drama nacional.
Vade retro, Satana!
05. Passos Coelho sempre que ataca os adversários
políticos fica mal na fotografia; pois que tem telhados de vidro e os tiros que lança saem-lhe pela culatra.
E carrega, a título perpétuo, um problema
insolúvel: só nele acredita quem é parte amiga e solícita da família política
da coligação PSD-CDS/PP.
Por isso é impossível discutir racionalmente com
Pedro Passos Coelho os programas da futura governação. Dadas as antecedentes e
continuadas práticas de mentiras, tudo o que diz e promete não merece o mínimo crédito.
06. Aliás, a melhor campanha eleitoral que Pedro
Passos Coelho poderia fazer era percorrer o país e apresentar-se nas televisões
simplesmente calado e, de vez em quando para animar a malta, exibir-se em
cortejos folclóricos cantando e dançando para gáudio dos seus amigos e
simpatizantes que, imitando as claques do futebol, por certo, o aplaudiriam
freneticamente. Isto, condescende-se: sem chegar ao ponto de ter o mau-gosto de
copiar o truque da Joana Amaral Dias e se apresentar ao público em poses de
nudez, com mensagens políticas inscritas em diversas partes do corpo: no peito,
nas costas, etc. e tal…
Passos
Coelho, eufórico: Olhem os lorpas!
Tal e
qual como no caso do BES, caíram no meu conto do vigário como uns patinhos…
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