“Passos
diz que vitória do Syriza não o preocupa”*
Faz sentido! O que poderia ser chatice, não é. Porquê?
Pela simples razão de que a Universidade Católica deu serenidade a
Passos
Brasilino Godinho
20 de Setembro de 2015
Pois
é verdade, Passos Coelho e Paulo Portas estão-se nas tintas relativamente à
vitória do Syriza nas eleições gregas. Não têm que recear o contágio às
eleições portuguesas do próximo dia 04 de Outubro. Pois que o resultado desta
competição eleitoral já foi anunciado pela Universidade Católica: a coligação de Pedro e Paulo ganhou a eleição. Eleição muito sua, pouco
suada. Coisa certa. Negócio seguro. Dito
de outra maneira: São favas contadas.
E favas
tão bem contadas e fornecidas às bocas glutonas dos dois governantes, que estes
podem estar tranquilos. Aliás as arruadas, almoços e jantares em que os vemos
envolvidos não são mais do que manifestações do regozijo que entranha nas suas
almas.
Anotadas
estas euforias de Pedro e Paulo, não me dispenso de mencionar o aborrecido e
deplorável contraste: enquanto eles e
as suas claques se divertem e festejam a vitória, mostrando à malta que estão
nas suas sete quintas, estou eu no meu canto triste e amargurado…
Pelo
que - eu sendo pessoa que não tenho o hábito de comer criancinhas ao
pequeno-almoço; que não vou à bola com as charlas do professor Marcelo; que nem
costumo apanhar as canas dos foguetes lançados pelos companheiros de Pedro Portas
e Paulo Coelho (se é que por minha inquietação não estou já confundindo os
nomes dos dois grandes chefes da coligação PAF (Portugal ao Fundo); que não
morro de amores pela simpática Cristas e pela tristonha Paulinha; que nem tenho
filiação partidária que enchesse o olho a qualquer papalvo vizinho do pântano
citado pelo Guterres de outros tempos - estou aqui, humildemente, a confessar que
sou virtuoso… Precisamente virtuoso na condição de político livre como o
passarinho fora da gaiola e, sobretudo, na elevada qualidade de mui firme e
assumido opositor dos governantes Coelho, Portas e deputado Peixoto, o famigerado
trio que já prometeu acabar com a peste grisalha de que sou parte
integrante e que com esse aterrador anúncio de sanear o ambiente que consideram
putrefacto, também querem tratar-me,
à falsa fé, da minha saúde, ao seu jeito e revelado propósito.
Portanto,
virtuoso que sou nos sentidos atrás expostos e dado a práticas concernentes à disposição
de bem contrariar as esquisitas intenções e perversas actividades de Pedro Portas
e Paulo Coelho, não me predisponho a oferecer-me ao sacrifício que, certamente,
faria lembrar o cordeiro pascal que, em Marrocos, em tempo de Ramadão, submisso
e ingénuo, se deixa oferecer à degola…
Julgo
ter explicitado aos meus fiéis leitores as razões de estar aborrecido e
preocupado com a certeza da vitória da coligação de Pedro e Paulo - a PAF
(Portugal ao Fundo), no dia 04 de Outubro, garantida
pela Universidade Católica.
Uma
derradeira sugestão de âmbito internacional:
o partido grego, irmão da coligação portuguesa, Nova Democracia, talvez deva
ponderar a hipótese de providenciar a instalação em Atenas de um pólo da Universidade
Católica, de Lisboa, com vista a inverter a tendência das sucessivas derrotas
eleitorais. Eventualmente, será complicado concretizar a ideia num país de
religião ortodoxa. Mas, às vezes, com habilidades conseguem-se grandes êxitos
nas iniciativas tão prestimosas como seria aquela agora aqui apontada, com isenção
e sem sombra de pecado…
* Económico e Lusa
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