A
vã soberba governamental
da
baixa taxa do desemprego
Brasilino Godinho
05 de Agosto de 2015
Paulo
Portas fazendo o feio gesto de apontar o dedo; sugerindo a ideia que está
apontando o revolver à cabeça de Passos Coelho ou, simplesmente, indicando que
ele é o culpado disto tudo que, de mau, vai acontecendo em Portugal.
Há
três anos que venho escrevendo que, com Passos Coelho e Paulo Portas instalados
no Poder, a taxa de desemprego irá diminuindo todos os anos. Porquê?
Pelo
facto do governo continuar a impor políticas de austeridade, de agravo das
condições de vida, de empobrecimento da maioria da população e de destruição da
classe média.
Políticas
que se constituem instrumentos provocadores de danosos efeitos no tecido
social. E que arrastam para a emigração milhares de jovens e de adultos.
Outrossim, que levam ao desespero milhares de desempregados que desistem das
inscrições nos serviços do desemprego. Outros mais desprezados cidadãos muito
sofridos que, perdidas todas as esperanças e meios de subsistência, se suicidam
e relativamente aos quais não são apresentadas estatísticas que, decerto,
comprometeriam os governantes.
Agora,
saíram os dados estatísticos do desemprego. E, sem surpresa, mais uma vez se
confirmaram as minhas previsões.
Só
que também fica demonstrado o invulgar e demoníaco engenho do governo em
recorrer a expedientes que mais facilitaram o alcance da percentagem de
desemprego um pouco abaixo dos 12%.
Os
expedientes consistiram em, ano de eleições (2015), incentivarem os empregos em
par-time e os contratos a prazo (o que se traduz em desempregos a prazo). Tais
expedientes terão sido congeminados para os contratos terem finalização para
além da data das próximas eleições, de
maneira a não se levantarem ondas alterosas de contestação em época eleitoral.
Claro
que os publicitários do governo já começaram a fazer grande alarido nos jornais
e nas televisões e lançando muito foguetório de artifício acerca do pretenso
êxito da política de emprego e da hipotética recuperação económica.
Desse extraordinário êxito(…) dá indirecta conta a
edição de hoje do jornal I que em
manchete noticia:
485 mil
emigrantes vão fazer disparar a abstenção nas eleições.
Em desenvolvimento da notícia o mesmo periódico
acrescenta que tal número corresponde à emigração dos últimos quatro anos.
Tão avantajado número de emigrantes dá referência do
que tem sido a debandada dos jovens e adultos desempregados para o estrangeiro
e da expressiva natureza do fiasco da equipa de Passos Coelho e de Paulo
Portas: a redução da taxa oficial do desemprego em Portugal.
Esta, é uma realidade insofismável que Passos Coelho,
Paulo Portas, seus companheiros e agentes publicitários, procuram encobrir
ardilosamente.
Pela nossa parte, continuamos a crer que, a prosseguir
este governo, em rédea solta de desgovernação, forçosamente as taxas de
desemprego continuarão a baixar. Elas, constituindo motivo de satisfação para o
governo PSD/PP são motivo para nos afligirmos e termos a presciência de virmos
a sofrer mais do mesmo; ou seja, as terríveis consequências por de mais
sentidas e detestadas pela maioria dos portugueses.
Concluindo: o governo festeja
a ilusão que lhe dá jeito eleitoral. Melhor dizendo: enaltece a irrealidade.
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