Leitor atento Brasilino Godinho

versus

cronista distraído Brasilino Godinho

                                                                                                                  

Leitor Brasilino Godinho                                      Cronista Brasilino Godinho

Brasilino Godinho

Quem diria que isto aconteceria?

Por um lado de risco, às vezes, a vida prega-nos partidas. Por outro lado factual, quem anda à chuva molha-se.

Estavam decorridas 24 horas sobre a publicação da crónica «O grão-chefe Coelho é um grande mentiroso?», da autoria do cronista Brasilino Godinho, quando o leitor Brasilino Godinho se deu conta de uma malvada gralha pousada logo na primeira linha do texto.

De facto, que não de escorreito direito literário, é incrível como uma “pergunta posta em título e na interrogativa” pode associar-se, em pública ligação lésbica, sem pudor, e com um execrável espírito de libertinagem, com a interrogativa traduzida em letra de forma – o que, certamente, se pode considerar uma desavergonhada liberdade criativa, concretizada por excessiva condescendência ou por uma muito censurável distracção do cronista autor da referida peça escrita.

A intrometida gralha, configurada na palavra pergunta, ocupou lugar que pertencia ao vocábulo afirmação. E com tal pertença ler-se-ia: «A afirmação posta em título e na interrogativa até terá algo de incongruência, uma vez que relacionada com Pedro Passos Coelho que, (…)».

Por isso, com a devida vénia ao cronista Brasilino Godinho, eu leitor Brasilino Godinho, ousaria lembrar-lhe a conveniência de ser mais cuidadoso e atento a tudo quanto escreve.

Todavia, dando uma no cravo e outra na ferradura – como soe dizer-se - e para amenizar a acusação de desleixo aqui expressa, também admito a hipótese do cronista Brasilino Godinho ter sido contaminado pelo mal das confusões do seu criticado Pedro Passos Coelho; o qual, se receia que se propague como peste bubónica.

É de acreditar que o chefe do governo, Passos Coelho esteja agora festejando e comentando com os seus companheiros: afinal, não sou só eu que faço confusões… Até o cronista Brasilino Godinho as faz.

Verdade seja recordada que se alguma lição há que extrair deste deplorável acontecimento protagonizado pelo cronista Brasilino Godinho é que, sendo ser humano, não lhe assenta a aplicação do dogma católico da infalibilidade papal. Errar é próprio do homem e… da mulher e das crianças.

Finalmente, o leitor Brasilino Godinho está em condições de asseverar que o cronista Brasilino Godinho reconhece o erro, assume a inerente responsabilidade e se penitencia junto dos seus amigos leitores; sem deixar de fazer um aceno de saudação aos seus predilectos inimigos… E por que não, a estes e aos amigos da onça, lançar um manguito de negaças?...