MEA CULPA!
Um
lamentável esquecimento
A incómoda
omissão
do
cronista prevenido
Brasilino Godinho
Passos
Coelho. Suspeita-se que tenha sido fotografado
quando,
depois de anunciar a fantástica cajadada e
receoso da
divulgação e do tribunal da opinião pública,
recomendava que o facto ficasse só do
conhecimento da família alaranjada e da malta compincha do CDS/PP.
O ser humano
é, por inata condição, ser imperfeito e sujeito a descuidos e a esquecimentos.
Disso, acabo de proporcionar
lamentável demonstração.
Observador com
77 anos de concernente prática iniciada aos sete anos de idade, atento que sou aos
acontecimentos e cronista prevenido (que julgo ser) das subtilezas deste mundo
cão, no qual, como português, estou sitiado, confesso que não me reconheço no
texto da minha crónica de ontem (A vã
soberba governamental da baixa taxa do desemprego) ao esquecer-me de que o
governante Pedro Passos Coelho é um exímio praticante de cajadadas sobre coelhos – sempre, com instantes e mortíferas
consequências para os indefesos animais.
Aqui e agora
anoto que houve o caso, para mim desagradável de, na referida crónica, não ter
anotado a grande, certeira, cajadada
de Passos Coelho que atingiu milhares de coelhos
– atente-se que foi contemplada, sem dó nem piedade, uma imensa coelhada. Dir-se-á que houve poucos mortos; mas,
seguramente, muito combalidos ficaram 485 mil indivíduos (designados
emigrantes), totalmente incapacitados de votarem nas próximas eleições. Um
número avantajado de votantes que ofendidos, maltratados e desavindos com os
actuais governantes, votariam contra a renovação do mandato de Pedro Passos
Coelho e da actual coligação governamental.
Portanto, a cajadada
de Passos Coelho não se limitou à manobra de escamotear e baralhar os números
do desemprego, mas também foi um golpe baixo eleiçoeiro que teve o carácter de
saneador dos cadernos de recenseamento eleitoral, aproveitando a programada
emigração para afastar das mesas de votos os eleitores potencialmente hostis
aos actuais governantes.
É assim com cajadadas de variadas espécies que
Passos Coelho, acolitado por Paulo Portas, vai abrindo tortuoso caminho até à
linha de chegada das eleições.
Com esta
crónica de autocrítica pessoal e de arrependimento pelo pecado da exasperante
omissão que, inadvertidamente, pratiquei em momento azarado, espero beneficiar
das indulgências das minhas compreensivas leitoras e dos meus habituais
leitores.
Bem-hajam!
Relativamente
aos invejosos, inimigos, amigos-da-onça,
fanáticos membros das seitas partidárias de tons laranja e azul e políticos de
má catadura e dos piores desempenhos sociopolíticos, desde já lhes manifesto a
minha boa disposição para bem conhecer as atitudes hostis e o meu agrado pelos
incómodos e (ou) aborrecimentos que possam sentir.
Que o
desassossego os conforte! A todos, sem excepções…
Passos Coelho, segundo se presume, depois
da recomendação e já descontraído, terá feito um brinde pelo êxito
da grande cajadada e deixado fotografar-se
a beber uma taça de vinho tinto de uma das melhores marcas da região vinhateira
do Dão.
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