Breve apontamento sobre a
entrevista do cientista Sobrinho Simões
Brasilino Godinho
Se há anos (a 20 de Março de 2003) o Iraque foi
invadido a pretexto do ditador Saddan Hussein dispor de armas de
destruição maciça - o que nem era verdade - neste nosso tempo, em
Portugal, não havendo arsenal das ditas, tem-se dado o fenómeno da
destruição de bens e de pessoas se processar com recurso a
camufladas armas de eliminação fragmentada por sectores,
instituições e, também, por seleccionadas classes sociais; as
quais, autênticos instrumentos de extermínio, são manejadas pelos
famosos guerrilheiros aquartelados no Palácio de S. Bento, no
Palácio de Belém e no Terreiro do Paço, em Lisboa que, sem pudor,
ostentam o estandarte da Democracia.
E as consequências estão à vista: nas morgues,
nos hospitais, nas escolas, nas universidades, nas fábricas que
encerram as actividades, nos estabelecimentos comerciais que fecham
portas definitivamente, nas crescentes mendicidade e prostituição
expostas nas vias públicas e jardins, na criminalidade que cresce,
na insegurança que aumenta, na banca que sucumbe face à corrupção.
Sobretudo, nas inúmeras mortes que não constam das estatísticas
oficiais e que se devem à fome, à miséria e às faltas de meios de
subsistência, de básicos cuidados médicos e de alojamento de
muitos cidadãos carenciados e de avançadas idades. Convirá termos
presente que a gripe não é, por si só, a malvada que causa tão
tenebroso quadro de mortandades, como as entidades oficiais querem
fazer crer.
E que faz o governo? Em coro, mais ou menos desafinado,
assobia para o lado! Sobremaneira e com acinte, contemplando-se na
escandalosa e pacóvia figuração de bom e entusiástico aluno da
disciplina da Austeridade superiormente doutrinada pela grande
orientadora Angela Merkel e pela soberba assistente Christina
Lagarde.
Governo feliz e contente... Porquê? Por que está
cumprindo um dos dois programas da sua (des)governação.
Um deles, de disfarce de intenções, era programa - que
apresentara ainda na oposição e no decurso da campanha eleitoral do
actual mandato legislativo - recheado de muitas promessas que não
seriam para cumprir, conforme há, agora, plena consciência
colectiva. Programa apresentado somente para inglês ver, português
se deslumbrar e para iludir o Zé-Povinho. E para alcançar o Poder.
E, como mais tarde disse Passos Coelho para “alguém meter a mão
no pote”.
O segundo programa consistia em fazer tudo e mais alguma
coisa ao contrário do que fora prometido pelo grande chefe Passos
Coelho. Com uma predeterminada e confessada ideia: a do
empobrecimento do povo. E ainda com um claro objectivo: o da
destruição do país. O qual está sendo atingido. Antevê-se que
quando chegarmos ao fim do ano de 2015 Portugal esteja completamente
arrasado.
Caso para se dizer: há por aí gente que tem de
pagar por isso!
Haja a esperança de que um dia, este povo desperte
desta "austera, apagada e vil tristeza". Oxalá que ainda
seja a tempo de correr com os vendilhões do templo nacional e de
redimir a atraiçoada Pátria.
A voz do cientista Sobrinho Simões é uma preciosa
achega a ter em conta na forma como se encara a situação calamitosa
a que chegámos por decorrência das terríveis consequências
advindas das nefastas políticas impostas pelos (des)governantes
deste entristecido e maltratado país.
Por assim ponderarmos, publicámos a importante
entrevista do Professor Doutor Sobrinho Simões, através da qual
explana um elucidativo quadro da destruição operada no campo da
Ciência, por parte do actual governo.
Formulamos o voto de que aos leitores não escape a
importância de tais declarações do conhecido cientista,
concernente à rigorosa, verídica, avaliação das políticas
impostas pelos actuais (des)governantes.
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