Saudemos
a Grécia
Brasilino Godinho
A
trimilenária nação helvética que foi precursora da Europa e que
no seu seio criou a Democracia, a Política, a Filosofia e o Teatro,
credora do maior apreço e respeito dos povos europeus e de todo o
mundo civilizado, foi hoje, 25 de Janeiro de 2015, mais uma vez
inovadora e criativa: com o resultado da consulta eleitoral
gerou a esperança de um futuro melhor para a Grécia e para a
Europa.
Parabéns à
Grécia! Parabéns à Europa, submetida ao poder do eixo
Berlim-Bruxelas.
Porém, há
que registar que o povo grego foi confrontado com as inúmeras
pressões e chantagens de que foi alvo por parte da chanceler alemã
Angela Merkel, da directora do FMI, Christine Lagarde, da Comissão
Europeia e da banca internacional. Ainda há três dias o director do
Banco Europeu, Mário Draghi, lançou o plano de compra das dívidas
nacionais como derradeiro instrumento de chantagem política sobre o
eleitorado grego.
Felizmente o
povo grego não cedeu às ameaças e deu eloquentes lições:
de dignidade, de firme demonstração de civismo e de arreigado apego
à Democracia.
É de
presumir que as mencionadas entidades que tanto pressionaram a Grécia
venham a usar todo o seu poder para complicarem e neutralizarem as
políticas do futuro governo grego.
Por isso não
existem garantias de que sejam concretizadas todas as esperanças que
agora são despertas na Grécia e em todos os países atingidos pelas
nefastas orientações impostas por Merkel e pela Comissão Europeia.
Mas desde já
precavidos quanto às nuvens negras que despontam no horizonte de
Bruxelas e de Berlim, hemos de aguardar, com alguma confiança, os
acontecimentos que se seguem.
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