Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, maio 10, 2014



Eles fazem a festa!
E deitam os foguetes...
O que resta para os indígenas?
A aterradora  ameaça das canas
Caírem sobre as suas desprotegidas cabeças…

Brasilino Godinho

O presidente institucional da república de Lisboa, o governo de muitos deles, gentilmente sentados comodamente à mesa do Orçamento, os ministros, os deputados da maioria, os jornalistas cooperantes, a rapaziada dos gabinetes do Terreiro do Paço, os operacionais dos palácios do Poder, os afeiçoados opinantes dos jornais, rádios e televisões, todos - mui afortunadamente alinhados numa formação de coloridas irmandades e cinzentas fraternidades de múltiplos interesses - estão (repare-se com a devida atenção) envolvidos num delírio de celebrações comemorativas da famigerada, bastante enganadora, “saída limpa” que, por tanta sujidade, se tornou repelente, doentia ou mortal para a maioria do gentio português. E eufóricos, não só por essa história mal contada da simulada partida da comandita internacional e da pretensa limpeza das correlativas sujidades, nas quais chafurdaram várias espécies vulgarmente expostas na feira de vaidades onde se instalou o pessoal do circo político; mas, também, porque o desemprego teria baixado para os 15% da população activa.
Compreende-se o regozijo que grassa no vasto e enriquecido campo governamental…

De facto, o grande chefe Passos Coelho tem motivos para se regozijar e, alegremente, comandar as evoluções da “parada da paródia” de mau gosto que é o festival folclórico que diariamente se exibe perante a nação atónita.
É que os portugueses, em geral, empobrecem e os idosos reformados falecem a uma cadência que impressiona pela rapidez e pelos resultados que se vão conhecendo. Conforme foi desejado e segundo programação estabelecida pelo actual primeiro-ministro.

Esta história da baixa do desemprego é paradigmática.
Tome-se nota que o desemprego começou a descer a partir dos efeitos que se começaram a sentir decorrentes do prosseguimento das sucessivas austeridades decretadas pelo governo.

Pois se foram sucedendo as falências das empresas, arrastando a miséria de milhares de famílias, se os jovens não encontram trabalho, se aumentam os impostos, os custos dos meios de subsistência, os gastos com os consumos essenciais e os cortes nos salários dos funcionários públicos, dos trabalhadores do sector privado e nas pensões dos aposentados de ambos os sectores e dos pensionistas da Segurança Social; claro que muitos milhares de jovens e adultos foram empurrados para a emigração e alguns milhares de indivíduos mal nutridos e pior tratados terão morrido. Desta forma estão evidenciados os êxitos de Passos Coelho e do governo.

E se milhares emigram e se outros milhares morrem, quais poderiam ser os resultados estatísticos sobre a incidência do fenómeno do desemprego? Se não aqueles revelados pelo Instituto Nacional de Estatística? Efectivamente, a taxa de desemprego foi caindo em progressão crescente. Aliás, seria do maior interesse confrontar estas percentagens do desemprego com aqueloutras referentes às emigrações e aos falecimentos ocorridos nos mesmos períodos de avaliação – o que corresponderia a uma elucidativa avaliação comum a ambas componentes da relação entre causas e efeitos de um problema que nem deve ser abordado de forma restritiva e unilateral.
Só que isso nunca se fará com este governo. Os leitores perceberão porquê!...

A continuar a política de destruição: quer da classe média e quer de modo geral e significativo, do tecido social, não haja dúvidas que o desemprego vai continuar a decrescer. Certamente, à custa dos “estragos” que vão sendo praticados pela calada da tenebrosa noite em decurso de um diabólico expediente político/administrativa; o qual, prima pela violação dos mais elementares direitos do Homem e de tantos mais consagrados na Constituição da República Portuguesa.

Voltando à histeria das celebrações dos “sucessos” assinalados no corpo deste texto, vale a pena fazermos uma simples observação: receamos que o Orçamento fique mais onerado em sede de (des)governo com o inevitável agravamento da carga fiscal.
É que os gastos com as garrafas de champagne das celebrações que, eventualmente, estão ocorrendo nos gabinetes ministeriais ascenderão a uma grossa maquia – o que, no fim de contas, irá onerar as míseras bolsas dos indígenas, obrigados contribuintes do regabofe político/administrativo…
  
Tudo isto traduzido no precedente título:

Eles fazem a festa.
E deitam os foguetes…
O que resta para os indígenas?
A aterradora ameaça das canas
Caírem sobre as suas desprotegidas cabeças…