Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, abril 21, 2014



Do Diário Digital/Lusa, com a devida vénia, transcrevemos o seguinte trecho:

Ministro da Defesa diz que saída limpa da troika é grande motivo de orgulho

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, em Ílhavo, que Portugal vai ter uma saída «limpa» do programa de ajustamento financeiro e que isso constitui um «grande motivo de orgulho» para todos os portugueses.

"No final de um programa de ajustamento muito exigente, em que foi preciso um grande sacrifício de todos nós, vamos ter a capacidade para sair de uma forma limpa, sustentável e que prudentemente garante um futuro mais otimista em relação a todos os portugueses", afirmou o governante.
As declarações de Aguiar-Branco surgem na véspera da chegada a Lisboa dos técnicos da missão da 'troika' para a 12.ª avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, a última do período do resgate.
Para o ministro da Defesa Nacional, este último exame significa que todos os portugueses devem fazer um esforço para nunca mais voltar a ter necessidade de recorrer a este tipo de ajustamento.

O ministro Aguiar-Branco tem grande orgulho
do motivo constituído a seu bel-prazer…

Só que a malta repudia o motivo e o orgulho…

Brasilino Godinho

Há muito tempo que todos nós sabemos que este governo não é pacífico, nem vai de amores: com a paz; a convergência com o bem-comum; a concórdia entre pessoas; e a harmonia entre gerações. É de guerra!
Uma guerra que incide em sentido amplo e generalizado a todos os domínios do território nacional. Desde a tomada de posse que o governo, chefiado por Pedro Passos Coelho, adoptou uma atitude hostil de princípio e vem desencadeando  contínuas acções de desenfreada beligerância contra a sociedade portuguesa; especialmente, em relação à classe média, aos deserdados da fortuna, aos funcionários públicos e aos reformados. Igualmente, agressivas acções bélicas foram violentamente lançadas contra os sectores da Saúde, do Ensino e da Economia, que deram o resultado de milhares de famílias terem sido atingidas pelo flagelo do desemprego e pela fome. E, ainda, sobressaíram as investidas sobre os jovens que, cercados como num campo de batalha, em desvantagem face às forças antagónicas e numa conjuntura aflitiva, de arriscada sobrevivência físico/económica, foram obrigados a efectuar uma penosa retirada direccionada ao redutos familiares e acabaram por, acintosamente, ser escorraçados para o estrangeiro. Um sucesso que se traduziu na publicitada e mui festejada baixa da taxa do desemprego…
Do elenco governamental se poderá dizer que todos os seus membros são ministros da guerra. Uma guerra implacável que o actual governo tomou a peito empreender:  quer praticada em campo aberto; quer  prosseguida nos obscuros subterrâneos das toupeiras que se escondem, fugidias à claridade e em trincheiras convenientemente camufladas.
Sendo um conflito em permanência, já não causam estranheza as manobras envolventes e as sofisticadas tácticas que seguem estratégias delineadas para a consumação de nefastos objectivos a médio e longo prazos.
Daí, que agora os grandes artistas das  artes da guerra governamental que vai consumindo vidas e haveres, desencadeiem uma pertinaz campanha de intoxicação da opinião pública  com vista a bastante desvirtuar e muito disfarçar o sentido da orientação das políticas que o governo pretende aplicar nos próximos anos. E, também, a branquear os agressivos desmandos  governamentais e a encobrir, com as mais destrambelhadas falácias, todas as tenebrosas políticas que tantas e numerosas desgraças tem causado em inúmeras famílias portuguesas e que vão provocando a sistemática destruição do País.
Assim, prevenidos, atentemos na incrível ousadia e despudorada  atitude, de coloração negra, do ministro Branco, titular do antónimo Ataque/Guerra (sucedâneo do que num Estado de Direito seria credível ministro da Defesa), ao vir agora dizer que a saída suja (apresentada como limpa) do rotulado “programa de ajustamento financeiro”, constitui um “grande motivo de orgulho para todos os portugueses” – ideia que está de todo afastada do sentir da maioria dos indígenas da Lusa Pátria. Aliás, é sentimento entendido sem esforço de interpretação por qualquer cidadão livre, sério e responsável, dotado de normais faculdades de alma.
Vamos entender-nos: O denominado ministro da Defesa denota que está consciente da natureza beligerante do seu ministério que, frisamos, com fachada de Defesa é de facto um ministério de Ataque, melhor explicitando: de Guerra (como o são todos ministérios do actual governo, com grande destaque para o das Finanças.).
E Aguiar-Branco não perde oportunidade para marcar o seu território bélico onde se sente como peixe na água.
E tão empenhado e ardoroso se mostra nos desempenhos artilheiros que resvala frequentemente para a sombria área do absurdo. Na transcrição que antecede este texto dá disso prova concludente. Declarar que os sacrificados e atormentados portugueses têm orgulho de todas as maldades e barbaridades de que foram vítimas a coberto do famigerado ‘programa’, para além de ser um disparate é, também, um abuso de confiança generalizado a milhões de portugueses. Mais: um ultraje ao vulgar ser pensante. E, sobretudo, uma profunda, inqualificável, desonestidade intelectual. Realçamos: quem não se respeita a si próprio, jamais respeitará o próximo.
Igualmente, há instantes, lemos  no sítio do SAPO, na Internet, que outro ministro da guerra governamental, Paulo Portas, voltou a dizer que “Portugal terá sempre uma saída limpa”. MENTIRA! Terá sempre uma saída suja, tresandando a putrefacção.  Porém, entenda-se a insistência destes guerreiros: eles parecem convencidos de que “uma mentira repetida constantemente acabará por ser aceite como verdade.” Os portugueses que se cuidem… Existe esse perigo. Urge desmascarar este desígnio maquiavélico, Face aos combatentes governamentais estejamos alerta e nem lhes demos tréguas na luta em prol da verdade.
Por outro lado e atendendo às terríveis consequências e às enormes destruições do tecido social do país, advindas de um cego processo de malfeitorias levada a cabo por tal grupo de governantes insensíveis, beligerantes, prepotentes e notoriamente impreparados para as funções em que foram investidos – deplorável situação que permanece em Portugal numa inequívoca demonstração da fragilidade do regime vigente, acentuadamente autocrático, travestido de democrático, que não tem instrumentos correctores de tão manifesta precariedade ou insuficiência político/administrativa a nível do Poder Central - nunca por nunca será admissível falar-se de saída limpa. Pela razão de que a hipotética saída está irremediavelmente comprometida, porque assente num horrível quadro de sofrimentos e mortes que atingiram imensos portugueses. E isso, sendo um grande drama nacional, precisa de ser classificado sem tibiezas e com todas as letras: constitui uma incomensurável sujidade.
Incomensurável sujidade que cobre não só os governantes mas, também, quantos políticos e  jornalistas que os apoiam com descaro e subserviência e que nenhum detergente apaga, desfaz ou limpa.
Enfim, sobre a “Saída” deixamos uma sugestão aos cidadãos deste país: chamem-lhe uma saída pela porta das traseiras  do soturno e repelente edifício da baixa política à portuguesa usança.
Fim