EIS MAIS UMA PREOCUPAÇÃO...
AS IMPUTAÇÕES
MENTIROSAS
SOBRE OS ACTUAIS
GOVERNANTES...
Brasilino
Godinho
Tenho a grata impressão que alguns perspicazes
cidadãos portugueses já terão apercebido que bastantes jornalistas são useiros
e vezeiros na indecente prática de imputar a Passos Coelho e seus companheiros
de governação aquilo que eles não disseram ou nem sequer pensaram quando, todos
os dias, abnegadamente(…), falam aos microfones que lhes são postos na frente,
com toda a solicitude e deferência. Porém, disfarçando dúbias intenções, como
se lhes estivessem a passar ardilosa rasteira…
Atrevo-me a considerar que tal promíscuo,
defeituoso, relacionamento entre jornalistas e governantes preocupa, sobremodo,
todos os portugueses que estão de pé atrás e com afiada espada em riste sobre
as frágeis, desguarnecidas, cabeças das criaturas ministeriais…
É um espanto que digam eles
(governantes) o que disserem: banalidades, parvoeiras, afirmações de duvidosa
credibilidade, grosseiros vaticínios ou mesmo autênticos disparates, é certo
que os seus interlocutores jornalistas ou meros estagiários destacados para
aqueles precisos e previamente determinados momentos de fraterno convívio, logo
comentam, transmitem e repetem até à exaustão que Passos Coelho ou qualquer dos
ministros, garante
ou garantiu que
isto ou aquilo é, foi ou será assim cosido, assado, frito, por diligente cozinheiro, em lume brando
e com os adequados temperos(...). Isto é: desvirtuam totalmente a realidade e o
sentido da elocução dos declarantes.
Aliás, uma característica dos actuais
governantes é que não sabem, nem podem, muito menos querem, garantir o que quer
que seja. De dar garantias com verdade, convicção e credibilidade, fogem eles,
como o Diabo foge da cruz – mesmo admitindo, por absurdo, que garantir algo
fosse sua reconhecida capacidade.
Além disso sempre acontece que o chefe
Passos Coelho e seus colaboradores, só empregam o tal termo, significando
hipotética garantia, nos tempos verbais correspondentes ao presente e ao futuro
'quando o rei faz anos' (o que sucede raramente, como todos sabemos). E
quando o fazem, é para indígena iludir ou “inglês ver”…
Trata-se de um generalizado
procedimento deplorável dos jornalistas que põem nas bocas de tais entidades
aquilo que não expressaram - o que é um abuso de confiança e, afinal, uma
calúnia… Com a agravante de pôr em causa a já per se abalada
honorabilidade das referidas personalidades...
Entretanto, o prevenido cidadão fica na
expectativa de que os visados (os governantes de tantos desencantos) interponham
nos tribunais providências cautelares sempre que se disponham a prestar
declarações à imprensa – porque ’gato escaldado de água fria tem medo’…
Avisados andariam os jornalistas se
tivessem mais tento na língua em todas as ocasiões que os actuais governantes
lhes surjam pela frente dispostos a imitar os cânticos das aves canoras e das
tágides que se exibem junto ao Terreiro do Paço, na capital alfacinha...
Porém, acrescente-se: tudo isto é lastimoso
fado e preocupação acrescida na medida em que se traduz numa dor de alma para
os indígenas mais susceptíveis que, infelizmente, se confrontam diariamente com
o desaforo das garantias concebidas e debitadas pelos solícitos jornalistas que
assim se substituem aos declarantes e julgam estarem a prestar um grande
serviço em sede e creditação dos invulgares governantes.
Por sinal, estes últimos, jovens
abancados na avantajada mesa governamental, demasiado distraídos ou embevecidos,
nem se apercebem que estão sendo usados e abusados pela rapaziada dos jornais;
provavelmente julgando haver uma comum, utilitária, quiçá rendível,
fraternidade de juventudes...
Fim
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