Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, março 25, 2014

Ao compasso do tempo...

Fantástico!
Quem diria?
O grande chefe Coelho, do governo, falhou em tudo.
Até na emblemática meta do empobrecimento dos portugueses...
Brasilino Godinho

Ontem, o Instituto Nacional de Estatística publicou dados sobre os rendimentos dos portugueses no ano de... 2012. Repare-se: 2012!
Por esses dados ficámos a saber que há dois anos o risco de pobreza afectava quase dois milhões de portugueses e que a diferença de rendimentos entre os 10% mais ricos e os 10% mais carenciados continuava a aumentar.
A propaganda oficial, a esforçada e irrequieta rapaziada que abanca na mesa do Orçamento e, ainda, o pessoal jornalístico que está alinhado nos campos de S. Bento e de Belém, na alfacinha cidade, como tropa de combate na guerra política, não perderam tempo e imediatamente entraram em acção no sentido de enaltecer os resultados da política governamental neste específico domínio social.
Mais uma vez estão enganando o povo.
Vejamos:
Se aqui e agora temos, forçosamente, que nos reportar aos dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) do ano de 2012, não haja dúvidas que só se pode extrair uma sensata conclusão: o grande chefe Passos Coelho errou. O que somado às contínuas falhas anteriores representa ter errado em tudo.
Até ontem, a coroa de glória da coelhal figura era a de que conseguira alcançar o seu grande objectivo, amplamente anunciado ao longo dos três anos de governação: o empobrecimento dos portugueses.
Toda a gente e nós próprios temos insistido na ideia/convicção de que, de facto, estava atingido o governativo patamar almejado pelo chefe do governo.
Porém, nesta altura do campeonato governamental, o INE e os órgãos de comunicação social (jornais, rádios e televisões) estão embandeirando em arco e proclamam que quase dois milhões de cidadãos estão situados no limiar da pobreza.
Visto, lido e respigado, atente-se nalguns pormenores significativos do extremo cuidado, grande despudor e acintosa subtileza, com que - por parte de gente comprometida com a governança - são divulgados e comentados os referidos dados.
Logo salta à vista a novidade que a todos surpreende: não há pobreza em Portugal (estamos reportados a 2012, não nos esqueçamos...).
O que existe, segundo o bacoco evangelho governamental, é um número de quase dois milhões de pessoas que correm risco de pobreza. E correr risco de pobreza, quer dizer que ainda não atingiram tal estádio de carência e miséria. Isto teve reflexos imediatos na quadratura do círculo de pobreza em que o País está inserido. Já, estão a surgir novas expressões suaves para designar a pobreza: "privação material", "privação material severa", "desigualdade". Assim, a modos do moço que em vez de pegar o touro pelos cornos o pega de cerneira... Cinismo e hipocrisia, quanto baste!
Obviamente que perante a informação de que em 2012 (repetimos) os milhões de portugueses estavam no limiar da pobreza, fica a certeza(...) que Passos Coelho falhou o seu grande objectivo de empobrecer os portugueses - o que o compromete irremediavelmente como o governante que falhou em tudo.
A menos que dois anos depois, neste ano de 2014, os milhões (não dois, porventura três ou mais) de portugueses tenham dado o salto do limiar da pobreza para o estado da dita - o que obrigaria a festejarmos Passos Coelho por, finalmente, ter conseguido o triunfo daquela que é a sua grande causa governativa: a pobreza da maioria dos cidadãos que integram a triste e amargurada nação que somos na hora que passa.