Ao
compasso do tempo...
Fantástico!
Quem
diria?
O
grande chefe Coelho, do governo, falhou em tudo.
Até
na emblemática meta do empobrecimento dos portugueses...
Brasilino Godinho
Ontem, o
Instituto Nacional de Estatística publicou dados sobre os
rendimentos dos portugueses no ano de... 2012. Repare-se: 2012!
Por esses dados
ficámos a saber que há dois anos o risco de pobreza afectava quase
dois milhões de portugueses e que a diferença de rendimentos entre
os 10% mais ricos e os 10% mais carenciados continuava a aumentar.
A propaganda
oficial, a esforçada e irrequieta rapaziada que abanca na mesa do
Orçamento e, ainda, o pessoal jornalístico que está alinhado nos
campos de S. Bento e de Belém, na alfacinha cidade, como tropa de
combate na guerra política, não perderam tempo e imediatamente
entraram em acção no sentido de enaltecer os resultados da política
governamental neste específico domínio social.
Mais uma vez
estão enganando o povo.
Vejamos:
Se aqui e agora
temos, forçosamente, que nos reportar aos dados do INE (Instituto
Nacional de Estatística) do ano de 2012, não haja dúvidas que só
se pode extrair uma sensata conclusão: o grande chefe Passos Coelho
errou. O que somado às contínuas falhas anteriores representa ter
errado em tudo.
Até ontem, a
coroa de glória da coelhal figura era a de que conseguira alcançar
o seu grande objectivo, amplamente anunciado ao longo dos três anos
de governação: o empobrecimento dos portugueses.
Toda a gente e
nós próprios temos insistido na ideia/convicção de que, de facto,
estava atingido o governativo patamar almejado pelo chefe do governo.
Porém, nesta
altura do campeonato governamental, o INE e os órgãos de
comunicação social (jornais, rádios e televisões) estão
embandeirando em arco e proclamam que quase dois milhões de cidadãos
estão situados no limiar da pobreza.
Visto, lido e
respigado, atente-se nalguns pormenores significativos do extremo
cuidado, grande despudor e acintosa subtileza, com que - por parte de
gente comprometida com a governança - são divulgados e comentados
os referidos dados.
Logo salta à
vista a novidade que a todos surpreende: não há pobreza em Portugal
(estamos reportados a 2012, não nos esqueçamos...).
O que existe,
segundo o bacoco evangelho governamental, é um número de quase dois
milhões de pessoas que correm risco de pobreza. E correr risco de
pobreza, quer dizer que ainda não atingiram tal estádio de carência
e miséria. Isto teve reflexos imediatos na quadratura do círculo de
pobreza em que o País está inserido. Já, estão a surgir novas
expressões suaves para designar a pobreza: "privação
material", "privação material severa",
"desigualdade". Assim, a modos do moço que em vez de pegar
o touro pelos cornos o pega de cerneira... Cinismo e hipocrisia,
quanto baste!
Obviamente que
perante a informação de que em 2012 (repetimos) os milhões de
portugueses estavam no limiar da pobreza, fica a certeza(...) que
Passos Coelho falhou o seu grande objectivo de empobrecer os
portugueses - o que o compromete irremediavelmente como o governante
que falhou em tudo.
A menos que dois
anos depois, neste ano de 2014, os milhões (não dois, porventura
três ou mais) de portugueses tenham dado o salto do limiar da
pobreza para o estado da dita - o que obrigaria a festejarmos Passos
Coelho por, finalmente, ter conseguido o triunfo daquela que é a sua
grande causa governativa: a pobreza da maioria dos cidadãos que
integram a triste e amargurada nação que somos na hora que passa.
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