MOSAICO
Combinação
de pequenas pedras
de
cores alaranjadas e azuis,
ligadas
pela argamassa governamental
Formatado
a 09/03/2014, por Brasilino Godinho.
Pequena
pedra? Não! Grande pedregulho! Com nome de Coelho...
Notícia dos
jornais de 7 de Março de 2014
Título:
«Passos
Coelho vai a Berlim para discutir com Angela Merkel a saída da
troika»
Texto
transcrito do Diário Económico:
«Passos
Coelho vai ter um almoço de trabalho com Angela Merkel, em Berlim,
no dia 18 de Março. Reunião serve para discutir a estratégia de
saída de Portugal do programa de ajustamento. Primeiro ministro quer
avaliar os principais lideres europeus sobre a saída limpa ou o
programa cautelar.»
Nosso comentário:
01. O texto está
cuidadosamente redigido no sentido de fazer crer aos indígenas lusos
que o grande chefe (à escala da região saloia de Lisboa) Passos
Coelho, da tutelada governação caseira, irá ter em Berlim um
exaustivo trabalho de almoço com a chanceler alemã.
No mesmo escrito,
também se antevê que ambos farão a sossegada degustação, seguida
da conveniente e gostosa digestão. Por fim, segundo os costumes,
Coelho retribuirá as atenções de Merkel com reverência e a solene
declaração de inequívoca aceitação/sujeição ao ditames da
chanceler (é de recomendar que, então, Coelho não deve desperdiçar
a oportunidade de adoçar a boca à chanceler com os famosos pastéis
de Belém... (em número plural, não vá ele lembrar-se de,
simplesmente, cometer a embaraçosa gafe de lhe servir o dito cujo de
Belém).
Para além disso,
facilmente se intui que o suposto trabalho estará mais que elaborado
pois que as suas bases programáticas e de suporte já estarão
plenamente ajustadas. Mais: os resultados também estarão
congeminados, mesmo antes de os comensais se sentarem à mesa. Até
porque, se assim não fora, mais adequado seria uma efectiva reunião
no gabinete da senhora Merkel.
Na notícia,
põe-se a tónica na trabalheira do almoço quando, afinal, do que se
trata é de disfarçar a realidade de Passos Coelho acorrer ao regaço
da senhora Merkel para dela receber, em conversa de circunstância,
bem condimentada conforme os ingredientes da gastronomia local, a
terminante orientação subjacente à posição definitiva (há muito
tempo conhecida) da anfitriã.
Ao debilitado
Coelho, assaz inofensivo e inoperante no contexto internacional, sem
peso e envergadura, cumprirá executar as ordenações da
grande-chefe Merkel. Precisamente, a mulher alemã que sempre foi
geralmente considerada como uma espécie de tutora da coelhal figura.
Aliás, Passos Coelho já demonstrou que consagra profunda veneração
e respeito a Angela Merkel.
Quanto à
hipótese de avaliação que Coelho faria dos chefes europeus,
sugerida na notícia, importa corrigir que seria o contrário: eles é
que o avaliariam. Ainda citando a "avaliação", fica-se
com a impressão de ela ter sido colocada para disfarçar, o mais
possível, a verdadeira natureza de subserviência da ida de Passos
Coelho ao encontro da autoritária senhora Angela Merkel. Uma verdade
que salta à vista em Portugal e na Europa. A qual, corresponde à
configuração do par de galhetas Coelho/Merkel, excessivamente
(melhor dizendo: escandalosamente) actuante na política desenvolvida
pelo actual governo português.
02. Sobre a
"saída limpa" e "programa cautelar" é tempo de
políticos, comentadores e jornalistas, deixarem-se de falas
astuciosas que tresandam e empestam o ambiente.
Qualquer que seja
a designada via de saída do "programa de ajustamento",
imposto pela trindade internacional, a adoptar em 2015, será sempre
uma saída pestilenta. Porque, precedida de uma política imensamente
suja que desgraçou milhões de pessoas e vem provocando a destruição
do país.
Fim
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