Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, dezembro 21, 2013

Um texto sem tabus...
Verdades nuas e cruas!
Um declarou... O outro jurou...
Ambos empenharam a honra...
Depois, que fizeram?
Por Brasilino Godinho

A declaração de um
Licenciado Pedro Passos Coelho, ao tomar posse do lugar de chefe do Governo, disse:
"Eu abaixo assinado declaro por minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas".

O juramento do outro
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, no acto de posse do alto cargo de presidente da República, afirmou:
"Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".

Os significados das palavras
Lealdade - qualidade de leal; fidelidade; sinceridade.
Leal - que não falta às suas promessas; sincero; franco; honesto; fiel; dedicado; conforme à lei.

Juramento - acto de jurar; promessa solene; afirmar com toda a certeza; assegurar; garantir; afiançar.

Honra - conjunto de qualidades morais, entre as quais se destacam a honestidade e a rectidão; sentimento de dignidade.

Que têm feito os dois políticos?
Ponderemos:
Os dois dirigentes políticos, supramencionados, são membros da mesma família política; a qual, é manifestamente possuída de um estado de elasticidade alaranjado e de características multiformes sem tom nem som... O que desde logo indicia que possuem semelhante educação cívica, igual matriz política e convergente visão doutrinária. Outrossim, idêntica insensibilidade social.
Na hora actual devemos confrontar um (coelhal figura) e outro (cavacal criatura) com os usos, melhor dizendo, com as aplicações que deram aos teores e sentidos da declaração e do juramento proferidos por cada qual dos políticos aqui em causa.
Pedro Passos Coelho que, no decorrer do exercício governamental, sempre falta ao cumprimento de qualquer das suas promessas, tem exercido a governação com fidelidade aos superiores interesses da Nação? Há sido sincero? Franco? Honesto intelectualmente? Fiel à causa da democracia? Dedicado à fraternidade para com os cidadãos deste país? Terá actuado sempre conforme a lei? E em respeito da Constituição da República Portuguesa (a qual, é o instrumento pretensamente mais credível e seguro da fruição dos direitos de cidadania dos portugueses)?
Neste capítulo respeitante à observância dos preceitos constitucionais, importa anotar que Pedro Passos Coelho apresenta, continuadamente, projectos de leis que, violando a letra e o espírito da Constituição, têm sido chumbados pelo Tribunal Constitucional e já antes, quando dos respectivos anúncios, repudiados pela opinião pública.
Mais agravando a deplorável actuação governativa Pedro Passos Coelho vem, ostensivamente, desenvolvendo intensas campanhas de chantagem, de afrontamento e de desvalorização daquele importante órgão de soberania.

Aníbal Cavaco Silva, dando curso efectivo aos termos do seu solene juramento, vem defendendo, está cumprindo e ousa fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa?
E o mesmo político ao permitir as continuadas violações da Constituição por parte do desacreditado Governo, sem interferir no sentido de lhes pôr cobro e não optar por outras soluções governativas que tendam a inverter o desastroso rumo que vem sendo prosseguido e que arrastará o país para a destruição, estará ele a ser coerente com o seu juramento no acto de posse?

Os leitores extrairão as suas conclusões.

Porém,
verdade verdadíssima!
Pela minha parte dou dela testemunho e afirmação. Porquê? Porque me assiste o inalienável direito de considerar que Pedro Passos Coelho e Aníbal Cavaco Silva, para além de não agirem (enquanto altos dirigentes políticos) em coerência com as suas afirmações comprometidas por solene juramento, estão causando a ruína de Portugal, provocando a miséria e a fome da maioria da população portuguesa, promovendo o morticínio de inúmeros idosos, visando a destruição da classe média, procedendo ao aniquilamento dos essenciais sectores do Ensino, Público, da Segurança Social, do Serviço Nacional de Saúde e levando a cabo o declínio populacional decorrente da deterioração das condições de vida que afectam as famílias e inviabilizam a constituição de novos agregados familiares e, ainda, da forçada emigração de grande parte da juventude.
Eis um inconcebível quadro dramático que tem dois (e mais um: o tal malabarista político de irrevogáveis, gritantes, contradições) autores; aos quais, devem ser assacadas as maiores responsabilidades:
- Pedro Passos Coelho, actuando no plano executivo, por tenebrosas acções de tremendas consequências para a grei.
- Aníbal Cavaco Siva, pasmado no Palácio de Belém e remetido à contemplação e inoperância na restrita área do magistério presidencial, por lamentáveis concordâncias tácitas e teimosas, descabidas, omissões de efeitos demasiado perversos e lesivos da sociedade portuguesa.
Ambos - e, também, por iguais pecados a pesar-lhe na consciência (se é que a tem...), o convencido "irrevogável" Paulo Portas - não se podem desculpar!
Agora, em jeito de balanço, depara-se-nos a inquietante dúvida: Em que estádio de honrada exaltação, de correlativa seriedade e de evidente correspondência com as várias realidades dos factos, das exorbitantes atitudes, dos nefastos autoritarismos e das sombrias políticas às cegas exercitadas, está a periclitante honra de cada uma destas personalidades; a qual, (lembremos!) foi dada como garantia de eficaz e benéfico desempenho das funções oficiais em que acabavam de ser investidos?


Naturalmente, surge a interrogação: Para quando a saída de Portugal deste tormentoso sufoco?
Fim