Um
texto sem tabus...
Verdades
nuas e cruas!
Um
declarou... O outro jurou...
Ambos
empenharam a honra...
Depois,
que fizeram?
Por Brasilino Godinho
A declaração de
um
Licenciado Pedro
Passos Coelho, ao tomar posse do lugar de chefe do Governo, disse:
"Eu
abaixo assinado declaro por minha honra que cumprirei com lealdade as
funções que me são confiadas".
O juramento do
outro
Professor Doutor
Aníbal Cavaco Silva, no acto de posse do alto cargo de presidente da
República, afirmou:
"Juro
por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico
investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da
República Portuguesa".
Os significados das
palavras
Lealdade
- qualidade de leal; fidelidade; sinceridade.
Leal
- que não falta às suas promessas; sincero; franco; honesto; fiel;
dedicado; conforme à lei.
Juramento
- acto de jurar; promessa solene; afirmar com toda a certeza;
assegurar; garantir; afiançar.
Honra
- conjunto de qualidades morais, entre as quais se destacam a
honestidade e a rectidão; sentimento de dignidade.
Que têm feito os
dois políticos?
Ponderemos:
Os dois
dirigentes políticos, supramencionados, são membros da mesma
família política; a qual, é manifestamente possuída de um estado
de elasticidade alaranjado e de características multiformes sem tom
nem som... O que desde logo indicia que possuem semelhante educação
cívica, igual matriz política e convergente visão doutrinária.
Outrossim, idêntica insensibilidade social.
Na hora actual
devemos confrontar um (coelhal figura) e outro (cavacal criatura) com
os usos, melhor dizendo, com as aplicações que deram aos teores e
sentidos da declaração e do juramento proferidos por cada qual dos
políticos aqui em causa.
Pedro Passos
Coelho que, no decorrer do exercício governamental, sempre falta ao
cumprimento de qualquer das suas promessas, tem exercido a governação
com fidelidade aos superiores interesses da Nação? Há sido
sincero? Franco? Honesto intelectualmente? Fiel à causa da
democracia? Dedicado à fraternidade para com os cidadãos deste
país? Terá actuado sempre conforme a lei? E em respeito da
Constituição da República Portuguesa (a qual, é o instrumento
pretensamente mais credível e seguro da fruição dos direitos de
cidadania dos portugueses)?
Neste capítulo
respeitante à observância dos preceitos constitucionais, importa
anotar que Pedro Passos Coelho apresenta, continuadamente, projectos
de leis que, violando a letra e o espírito da Constituição, têm
sido chumbados pelo Tribunal Constitucional e já antes, quando dos
respectivos anúncios, repudiados pela opinião pública.
Mais agravando
a deplorável actuação governativa Pedro Passos Coelho vem,
ostensivamente, desenvolvendo intensas campanhas de chantagem, de
afrontamento e de desvalorização daquele importante órgão de
soberania.
Aníbal Cavaco
Silva, dando curso efectivo aos termos do seu solene juramento, vem
defendendo, está cumprindo e ousa fazer cumprir a Constituição da
República Portuguesa?
E o mesmo
político ao permitir as continuadas violações da Constituição
por parte do desacreditado Governo, sem interferir no sentido de lhes
pôr cobro e não optar por outras soluções governativas que tendam
a inverter o desastroso rumo que vem sendo prosseguido e que
arrastará o país para a destruição, estará ele a ser coerente
com o seu juramento no acto de posse?
Os leitores
extrairão as suas conclusões.
Porém,
verdade
verdadíssima!
Pela
minha parte dou dela testemunho e afirmação. Porquê? Porque me
assiste o inalienável direito de considerar que Pedro Passos Coelho
e Aníbal Cavaco Silva, para além de não agirem (enquanto altos
dirigentes políticos) em coerência com as suas afirmações
comprometidas por solene juramento, estão causando a ruína de
Portugal, provocando a miséria e a fome da maioria da população
portuguesa, promovendo o morticínio de inúmeros idosos, visando a
destruição da classe média, procedendo ao aniquilamento dos
essenciais sectores do Ensino, Público, da Segurança Social, do
Serviço Nacional de Saúde e levando a cabo o declínio populacional
decorrente da deterioração das condições de vida que afectam as
famílias e inviabilizam a constituição de novos agregados
familiares e, ainda, da forçada emigração de grande parte da
juventude.
Eis
um inconcebível quadro dramático que tem dois (e mais um: o tal
malabarista político de irrevogáveis, gritantes, contradições)
autores; aos quais, devem ser assacadas as maiores responsabilidades:
-
Pedro Passos Coelho, actuando no plano executivo, por tenebrosas
acções de tremendas consequências para a grei.
-
Aníbal Cavaco Siva, pasmado no Palácio de Belém e remetido à
contemplação e inoperância na restrita área do magistério
presidencial, por lamentáveis concordâncias tácitas e teimosas,
descabidas, omissões de efeitos demasiado perversos e lesivos da
sociedade portuguesa.
Ambos
- e, também, por iguais pecados a pesar-lhe na consciência (se é
que a tem...), o convencido "irrevogável"
Paulo Portas - não se podem desculpar!
Agora,
em jeito de balanço, depara-se-nos a inquietante dúvida: Em que
estádio de honrada exaltação, de correlativa seriedade e de
evidente correspondência com as várias realidades dos factos, das
exorbitantes atitudes, dos nefastos autoritarismos e das sombrias
políticas às cegas exercitadas, está a periclitante honra de cada
uma destas personalidades; a qual, (lembremos!) foi dada como
garantia de eficaz e benéfico desempenho das funções oficiais em
que acabavam de ser investidos?
Naturalmente,
surge a interrogação: Para quando a saída de Portugal deste
tormentoso sufoco?
Fim
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