No 40.º
aniversário da
Revolução dos
Cravos
que falta ao
Prof. Marcelo?
Brasilino Godinho
O Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
todos os domingos, à noite, tem na TVI um espaço onde nos brinda(…) com as suas
charlas, as suas mímicas, os seus trejeitos faciais e, quando o rei faz anos, um atrevido ou outro matreiro piscar de olhos.
Faz hoje oito dias o Prof. Marcelo
prestou ao público a retardada informação de que tinha, na segunda semana de
Abril de 1974, através do seu pai, transmitido ao Prof. Doutor Marcelo Alves
Caetano, chefe do governo, a indicação de que ainda em Abril seria desencadeada
a revolução.
Nesse domingo demos a novidade aos nossos
leitores com o texto: ‘A revelação/bomba
do Prof. Marcelo feita hoje no Jornal das 8, da TVI’ Hoje, domingo, 6 de
Abril de 2014, o Prof. Marcelo, no mesmo programa da TVI, apresentou-se mais
solto e exuberante…
E fez breve relato de alguns actos
preparatórios dos acontecimentos de 25 de Abril de 1974.
Como o ilustre comentador parece estar
empenhado em dar continuidade à tarefa de divulgação dos preparativos da revolta
desencadeada pelos “capitães de Abril” e porque estamos em tempo de
comemorações do aniversário da data da ‘Revolução dos Cravos’, talvez valha a
pena apresentar uma sugestão ao respeitável público, relativamente a um
procedimento que é mister ter para com tão ilustre personagem marcelina do
nosso teatro político. Até porque receamos que a sua eventual ou desconhecida
modéstia o inibe de insinuar semelhante ou parecida iniciativa.
Dito isto, propomos que os portugueses
façam duas coisas de considerável importância cívica:
-Primeira, expressem ao Prof. Marcelo
uma tremenda censura por ter quase comprometido o êxito da Revolução ao fazer,
chegar por via indirecta (através do seu pai) ao chefe do governo do Estado
Novo, a informação de que a revolta dos militares estava preste a acontecer,
indicando precisamente o mês de Abril.
- Segunda, que manifestando-lhe o maior
apreço agradeçam ao Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, por ser a pessoa que
é. E visto que o seu padrinho Prof. Doutor Marcelo Caetano já então lhe
reconhecia as invulgares qualidades que, afinal, são seu perene apanágio, a tal
ponto valorizadas que não deu crédito algum à matéria da confidência do Dr.
Baltasar Rebelo de Sousa (pai do Prof. Marcelo).
Um agradecimento que tem plena
justificação… que facilmente se denota pelos evidentes préstimos de tão ilustre
personalidade.
Lançamos a interrogação: Alguém consegue
imaginar o que teria acontecido em fins de Abril de 1974 se Marcelo Caetano
tivesse acreditado naquilo que lhe era transmitido pelo seu afilhado de
baptismo (e homónimo Marcelo)?
Portanto, tarda o devido reconhecimento
público.
Sobretudo, falta ao Prof. Doutor Marcelo
Rebelo de Sousa, a censura e o agradecimento dos portugueses…
Formulamos o voto: Que os portugueses
não se dispensem dessa obrigação cívica!
Fim
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