Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, abril 16, 2014



Dois apontamentos
de Brasilino Godinho

Primeiro:
Passos Coelho engana o Zé-Povinho:
“Não  podemos ter salários e pensões
acima da produtividade”

Um engano que é um tiro pela culatra…
Também um embuste configurado no âmbito pessoal.
Porque ele, chefe do governo, pode! Tem a faca e o queijo na mão…
De uma coisa estão os portugueses certos: o chefe Passos Coelho e os seus companheiros do governo, pelo que se verifica a olho nu, podem (por posse e uso  de instrumentos de poder) ter salários e pensões acima das suas fracas produtividades. Visto que todos sabemos quanto baixa (ainda por cima nefasta) é a produtividade de cada uma das excelências.
Entretanto, a malta vai tendo salários e pensões abaixo da produtividade que, geralmente, por pequena que seja, é superior à dos membros do governo…
Portanto, o Zé-Povinho, mesmo sem evocar a igualdade de direitos consagrados pela Constituição da República Portuguesa, deve impor (se possível com o apoio ou a bênção da Igreja) discernimento à rapaziada governamental: ou há moralidade ou todos apanham pela medida grande… de não ter salários acima da produtividade.

Segundo:
Três artistas: Coelho, Portas e Albuquerque…
Três encenações eleitoralistas em 24 horas…

Portas apareceu num encontro com delegações dos partidos com o mesmo guião para a reforma do Estado que apresentara em Dezembro p.p. – o que denotou nula produtividade, desde então, em matéria de reconhecida necessidade. Nada de novo apresentou aos interlocutores.
Albuquerque surgiu numa conferência de imprensa sem dominar completamente os processos dos cortes nos salários e nas pensões, desculpando-se que estava chegando do estrangeiro e não tivera oportunidade de ler o relatório da comissão encarregue do respectivo estudo.
Coelho, o artista principal do elenco governativo, deu uma entrevista, há poucas horas, no palacete de S. Bento que, pelos comentadores das televisões e partidos da oposição, foi classificada de um fiasco, sem qualquer indicação credível de reverter a lamentável situação que afecta a população portuguesa.
Durante a entrevista ditou aquela “sentença” que citámos e que consideramos ter sido um tiro que lhe saiu pela culatra…
Do “discurso” o mínimo que se pode dizer é que foi mais do mesmo. Nele não se descortinou objectividade! Nem fulgor! Sequer orientação mobilizadora! A criatura está obcecada pela austeridade e pelo único rumo que concebeu para o País: o do empobrecimento geral.
Deste teatro-circo político decorre uma interrogação de espanto: até a que limites irrecuperáveis terá que chegar a decadência de Portugal de modo a suscitar forte reacção contra este processo em curso de destruição e aniquilamento da nação portuguesa?
Fim