Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, outubro 01, 2008


Ao compasso do tempo…

NESTA ALTURA DO CAMPEONATO DISPUTADO NO CIRCO POLÍTICO…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

No mundo dito civilizado existem dois países que marcam posições cimeiras nos quadros da hipocrisia e do fingimento existentes, quer na governação, quer no campo sociopolítico. Em primeiro lugar os Estados Unidos da América. Segue-se Portugal. Uma grande nação e um pequeno estado. Nem é por acaso que isso acontece. Certamente que muito tem a ver com uma particularidade comum: ambos os países são regidos por sistemas políticos de matriz maçónica.

Os Estados Unidos da América constituem a maior potência maçónica da actualidade, enquanto Portugal, sendo um pequeno Estado-Nação, marca uma posição de relevo no conjunto dos países europeus e dos outros continentes pelo facto de estar totalmente subjugado às orientações da Franco-Maçonaria e da Opus Dei. Neste aspecto, as duas irmandades exibem perante o mundo uma triunfal bandeira de sucesso de implantação, domínio e influência. Com o pequeno senão: Aqui, em Portugal, as duas seitas estão obrigadas, pelos circunstancialismos peculiares de antropologia cultural, pelos interesses instalados que administram e pelas raízes ancestrais do predomínio da Igreja sobre a sociedade, a partilharem o poder e os mecanismos operacionais de influência, numa coexistência pautada por linguagens de punhos de renda e convergência de objectivos similares que não se querem prosseguidos, em simultâneo, com manifestações visíveis de rivalidades, de hostilidades e ocorrências de agitações e sobressaltos captáveis pela comunicação social e pela curiosidade dos profanos – o que, indubitavelmente, a verificarem-se uma coisa e outras, redundaria em prejuízos repartidos; sobremodo, afectando cada uma das secretas organizações na sua imagem de prestimosa instituição filantrópica com “grande” apego aos “bons costumes”, - imagem que ambas constantemente evocam a propósito e a despropósito de qualquer coisa. Sobretudo, tornada firme esta trivial cautela: há que salvar a aparência de uma salutar, profícua e mútua respeitabilidade pela posse dos respectivos territórios explorados – à semelhança do que fazem na vida selvagem os animais ferozes e, na “selva urbana”, os cães domésticos nas suas rotinas diárias de demarcação dos respectivos espaços territoriais.

Nesta altura do campeonato disputado no circo político em que está convertida a democracia portuguesa e quando se agrava o mau desempenho dos actores políticos com especial destaque para aqueles que se situam na área da governação do país, estamos confrontados com exuberantes manifestações do género do faz-de-conta; quais representações de medíocre teatro amador, recheadas de cenas, figurinos, adereços e termos, demasiado vulgares, ridículos e fastidiosos. Nelas, também, evidentes a intencional falta de congruência, a cínica distorção dos factos, o desvirtuamento da POLÍTICA, a clamorosa negação dos princípios democráticos e a descarada inversão da realidade. Uma realidade que dilacera o corpo do indígena e o submete dolorosamente a estados de alma depressivos e inquietantes.

Afinal, um “teatro” que permanece (aparentemente sem hipótese de redenção) e se exibe no dia-a-dia. O qual, caracterizado pelo fingimento e a marca do cinismo, se tornou insuportável para a esmagadora maioria da população portuguesa.

Se não fora o estabelecido e próspero círculo de abusadores impunes, de cúmplices, de mafiosos e de desavergonhados oportunistas, far-se-ia a interrogação: como é possível que os órgãos da comunicação social (jornais, revistas, rádios e televisões) nacionais estejam desatentos e não critiquem, repudiem e apontem o dedo para os causadores dos elevados danos que a manutenção de tão absurdo e nefasto “teatro” acarreta para os sectores mais desfavorecidos da nação portuguesa?

Mas dada a teia de obscuros privilégios, de grandes rendimentos, de excessivas mordomias, de malévolas cumplicidades – eles e elas, formando conjunto repartido por compadres e oportunistas, actuantes sob a supervisão de poderes ocultos - que está por aí entretecida, não é de estranhar a “cegueira” de quem devia ter os olhos bem abertos e agir em conformidade com o Bem Comum. Por outro lado, as populações mal informadas, desiludidas e, embora revoltadas, por se sentirem impotentes ou por egoísmo e acomodação a clientelas partidárias do tipo claques de futebol, remetem-se à apatia e à vã esperança de dias melhores que tardam em chegar – se é que alguma vez chegarão na vigência deste simulacro de Democracia e parecença de Estado de Direito.

Também não surpreendem os episódios que, de vez em quando, afloram; os quais, nem sendo inocentes, contribuem para embaraçar e iludir os cidadãos mais propensos a darem aceitação às patranhas contidas nas enganosas mensagens dos políticos que nos caíram na rifa da má sorte.

Entre os acontecimentos mais salientes dos últimos anos constam os que estão relacionados com o aumento da insegurança nas cidades mais importantes e a espiral da violência criminosa praticada por malfeitores e grupos de delinquentes fortemente armados. Durante algum (demasiado) tempo o governo socialista desleixou-se na prevenção da criminalidade e no combate aos criminosos. O ministro da Administração Interna mostrou-se incapaz de actuar com prontidão e eficácia. Assim tem sido afirmado pelos membros dos partidos da Oposição.

O facto em si, verdadeiro como é, aceita-se sem contestação.