Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, janeiro 29, 2008

Um texto sem tabus…

UMA “DESGRAÇA” ANUNCIADA…

OU A SALVAÇÃO DA GREI?

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

01 – A história da corrupção em Portugal está muito mal contada. Não melhor é a desatenção que lhe dispensam os detentores dos poderes local, central e as instituições mais representativas da sociedade.

Corrupção é uma palavra maldita que carrega uma carga pejorativa junto de algumas camadas da população mas que não representa nada de especial e de incomodativo para quem dela usa e abusa. Andam por aí muitos indivíduos de variadas espécies e estatutos usando colarinho branco assente sobre camisas com punhos de renda, trajando impecáveis fatiotas de corte inglês, calçando bonitas luvas brancas, ostentando excelente posição social, praticando graciosas maneiras de estar, expressando-se maviosamente com falinhas mansas, alguns deles creditados como devotos fiéis das sacrossantas irmandades, ilustres praticantes de muitas indulgências, quase exclusivos, avençados, frequentadores assíduos das televisões onde debitam piedosas generalidades, analistas bem remuneradas dos jornais nacionais, empenhados em passar, exaustivamente, as bacocas mensagens dos seus clãs; os quais, sem vergonha ou pesadelo, convivem alegremente com ela (corrupção) e com aquilo que representa. Também nela se contemplam com recato e reserva de encobrimento. Normalmente, não sentem embaraços na sua prática ou receios de serem apanhados nas suas malhas. Os indivíduos que da corrupção fazem pontual exercício e, aqueloutros, dela prosseguem modo de vida, possuem arte e engenho de apurado recorte funcional e não se deixam ceder à tentação de a exibir com aparato publicitário. Por natureza intrínseca são “modestos” e “discretos”. Verdadeiros artistas da simulação e do disfarce, sabem rodear-se dos máximos cuidados preventivos. Ademais, “egoístas” e “zelosos” das suas intimidades, comodidades, imunidades, cumplicidades e reputações de irrepreensíveis condutas, não ousam correr riscos de incómodos e aborrecimentos, eventualmente, suscitados pela exposição pública. Assim precavidos estão a coberto da Justiça e das atitudes reprovadoras dos seus semelhantes mais propensos ao respeito de valores e princípios que hoje estão ultrapassados por obra e (des)graça dos espertalhaços e oportunistas que tomaram conta da quinta lusitana.

E, também, porque não se espera que os corruptos se dêem ao desplante de chamarem as autoridades para serem testemunhas idóneas dos actos ligados às jogatinas de perversão, do suborno e da sedução, por si praticados, aceita-se sem esforço que a corrupção seja um fenómeno de características mui específicas, circunscrita a espaços bastante reservados de acesso obrigatório através de santo-e-senha, vedada à curiosidade mórbida dos zeladores e policiais da moral e dos bons costumes. Por tudo isto enunciado, a corrupção nunca será de fácil detecção factual. Embora se conheçam os indicadores da sua existência é sempre difícil à sociedade e aos cidadãos agirem eficazmente no sentido de ela ser demonstrada, testemunhada, punida e erradicada. Até porque as leis portuguesas estão habilmente cerzidas no sentido de complicar ou inviabilizar a rigorosa aplicação da justiça e, consequentemente, obter-se saldo positivo no combate que devia prosseguir com determinação pelas autoridades competentes.

Porém, as “autoridades competentes” revelam-se inaptas e desinteressadas. Igualmente vulneráveis a estranhas manobras de bastidores que as tolhem e as neutralizam nos seus cantinhos.

O que tem a ver com a circunstância de a luta contra a corrupção estar à partida bloqueada no patamar cimeiro do Estado. Bloqueio que “naturalmente” decorre do tráfico de influências estabelecido pela Franco-Maçonaria nas estruturas do Poder – uma circunstância que não é suposição nossa, mas realidade reconhecida e proclamada por três grandes mestres da “fraternidade” dos 33 graus hierárquicos que se revê em aventais, compassos, esquadros e na “sapiência” dos seus “sábios”.

Ora registando-se esta infiltração das organizações maçónicas na constituição dos governos e sendo elas fautoras de determinantes influências nas actividades da governação nacional a todos os seus níveis constituintes, faz sentido dizer-se que a corrupção em Portugal é um fenómeno que tem todas os dispositivos instalados para seguir em frente num “mar de rosas”, com a bênção do “Grande Arquitecto do Universo”. Portanto, sem estorvos e contrariedades.

Reiteramos: Estarem a Franco-Maçonaria e a Opus Dei cavalgando o Poder é afirmação de uma modalidade da corrupção existente.

A situação apontada é um tabu na nossa sociedade. As pessoas têm medo de citarem o papão maçónico. Mas impõe-se enfrentá-lo. O País degrada-se a cada dia que passa. As duas organizações internacionais que tomaram conta do País hão-se ser responsabilizadas pela actual situação da sociedade portuguesa. Todos temos de tomar consciência dessa exigência imposta pelos superiores interesses do povo português.

Reflexa desta realidade é a inoperância da Assembleia da República e a apatia do Governo sobre a matéria em causa. Aquela e este se desinteressaram da problemática ao ponto de ainda não ter sido elaborada e aprovada a lei sobre a corrupção, que foi sugerida por João Cravinho. A proposta deste ex-parlamentar foi expurgada de metade do seu conteúdo e a parte restante ficou em discussão interminável até que caiu no “esquecimento”. Entretanto, terá sido posta numa gaveta de escondido armário localizado no sótão do Palácio de S. Bento... certamente na esperança de que o caruncho a extermine.

02 – Há anos que vimos traduzindo em crónicas a percepção nuns casos e noutros a certeza da amplitude da corrupção em Portugal. Isto antes do tempo em que Cavaco Silva, chefe do Governo, foi à Assembleia da República declarar, em tom agastado, que não havia corrupção em Portugal e se levantaram coros a vociferar: Provem! Provem! Provem! Numa demonstração da velha esperteza saloia a dar-se ares de sua proverbial insensatez.

Nos meios de comunicação social de Lisboa e Porto faz-se vista grossa sobre o assunto. Inclusive: sem se aprofundar a análise do caso gravíssimo do Banco Comercial Português (BCP).

Na sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008, o bastonário da Ordem dos Advogados fez declarações à Antena 1 sobre a corrupção no Estado. Repare-se no seguinte excerto: “Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade e andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos para lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado”.

Na noite do mesmo dia, António Marinho Pinto foi entrevistado ao telefone pela SIC enquanto decorria o “Jornal da Noite”. Voltou a repisar o mesmo assunto. E a pedir um inquérito parlamentar. Aqui, meteu água. Então os deputados iam investigar-se a si próprios e emitirem juízos sobre as suas condutas? Que desconforme ingenuidade! Deixou-nos atónitos.

No estúdio, dois parlamentares: um, advogado, do PS; outro, advogado do PSD. Solicitados a darem opinião, foram unânimes na censura das palavras do bastonário da Ordem dos Advogados. Sobretudo, incomodados pela “perigosa generalização das acusações a toda a classe política”. E preocupados, não tanto com a existência da corrupção – “que sempre houve e continuará a existir” - advertiram que qualquer dia não haverá políticos e deputados por que as pessoas não estarão dispostas a serem enxovalhadas. Nosso comentário: “Presunção e água benta, cada um toma a que quer”... E condescendemos: Os políticos do nosso circo político se não existissem tinham que ser inventados Apesar das desastradas formas de actuação, divertem-nos. Com o grave senão dos grandes estragos que provocam no seio da sociedade.

Claro que os ilustres deputados nem sorriram. Pelo contrário, mostraram-se muito sisudos. Pelos vistos, são incapazes de aperceber que os maus procedimentos de bastantes políticos provocam o crescente descrédito que atinge toda a classe.

Pela nossa parte, ao ouvir aqueles dois parlamentares deu-nos vontade de rir.

Segundo uma recente sondagem do Instituto Gallup para o Fórum Económico Mundial só 7% dos portugueses têm confiança nos políticos e 49% consideram os mesmos como desonestos. É evidente que nem a todos os políticos encaixam os epítetos de incompetentes e de corruptos. Todavia, nem a todos que se excluem desse rol de má fama se conhecem atitudes firmes de repúdio das desacreditadas companhias. É a velha história de quem sabe, cala e consente, não fica bem na fotografia do grupo.

Visto, lido e considerado, dá para pensar: E se os políticos que temos fossem à vida e nos deixassem em paz? Seria uma desgraça? Uma bênção do Criador?

Provavelmente, a salvação da grei