Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Estimadas senhoras,

Caros senhores,

Junto uma crónica sobre as grandes realizações do Governo.

Com os melhores cumprimentos.

Brasilino Godinho

Um texto sem tabus…

O GOVERNO ESTÁ ATENTO…

E CONVERGE…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Há pouco tempo escrevemos uma peça que intitulámos “A política de terra queimada e de tenebrosos intuitos…”. Nela expendemos considerações sobre a política do Governo e o estado da Nação. Certamente reflectindo a análise - que nos parece razoável - sobre esses candentes assuntos da nossa vida colectiva.

Hoje surgiu-nos a ideia de fazer a abordagem dos mesmos temas mas pelo lado contraditório – o reverso da medalha. Ou seja: pela perspectiva dos que aplaudem ou beneficiam com o statu quo e a aplicação da política prosseguida pelos actuais governantes.

E para começar nada mais apropriado que trazer à lembrança a imperativa determinação do ilustre maçon António Vitorino, lançada frente às câmaras das televisões, no início da actual mandato governamental: Habituem-se!

De facto, a habituação tem acontecido no pequeno mundo lusitano. Quer da parte dos indígenas, quer da parte dos detentores do poder. O que se compreende. Tenha-se presente que uma ordem da “fraternidade” dos aventais, do triângulo e do compasso, é para ser seguida à risca. Ai de quem tenha a veleidade de oferecer resistência, se armar em espertinho ou que negligencie a obediência. Os “irmãos” não brincam em serviço, nem são dados a chalaças. As amizades não contam. Desconhecem o riso. As caras são de poucos amigos. Estão, permanentemente, desconfiados dos profanos. Parecem estar sempre chateados. Talvez que os ambientes soturnos das “lojas” e as atmosferas poluídas das oficinas, contribuam para deploráveis estados de alma.

Abstraindo considerandos haja a certeza que todos, obreiros e profanos, têm que se sujeitar às ordens da “fraternidade”. E quem “descarrila” comete um grande delito. Está a “meter-se” com a “potência” – irmandade dos “pedreiros-livres” (ou serão pedreiros cativos intramuros dos misteriosos templos?).

Certamente há por aí muita gente que se lembrará da célebre ameaça feita pelo inconfundível maçon Jorge Coelho. Disse ele, parafraseando uma máxima ouvida nos cenáculos das “lojas”: “Quem se meter com o PS leva”. E isto não é música que soe bem aos ouvidos dos estranhos às coisas e loisas das “oficinas” e das “lojas” Além de acarretar temores e perigos não negligenciáveis.

Portanto, uma das facetas mais evidentes que decorrem da actuação do grupo de dirigentes chefiado por Sócrates é a do respeitinho que foi sendo imposto à malta e muitíssimo se confunde com o medo nela inculcado ao logo do tempo e por meios ora subtis, ora demasiado ostensivos.

Aliás, o medo é um factor constante há séculos instalado no seio da comunidade portuguesa. Mais se enraizou com a ditadura do Estado Novo. Nos dias que correm o pavor das represálias, das perseguições, dos bloqueios da mais variadas formas e grandezas, agravou-se de tal forma que nem verdadeiramente se terá consciência da sua extensão e profundidade de penetração nos diversos sectores da sociedade. Com uma enorme agravante: na ditadura do Estado Novo havia um rosto - Salazar. Na vigente ditadura maçónica ninguém dá a cara. O povo ignora a identidade dos “senhores cinzentos” – citados pelo falecido Prof. Sousa Franco – que, efectivamente, definem o rumo do Pais, elaboram as leis e determinam as orientações políticas que fielmente o Governo (seja o de Sócrates ou outro qualquer) cumpre. “Senhores cinzentos” que são os donos de Portugal.

Neste quadro, devidamente limitado, o governo em exercício e as oposições desempenham o seu papel de partirem pedra e de efectuarem leituras atenciosas, venerandas e obrigadas, das “pranchas” que lhes são distribuídas.

Em vista disso é com base no enquadramento das orientações que lhes são presentes, com os resultados conseguidos e beneficiando das facilidades proporcionadas pelo ambiente de sofrimento e resignação geral que foi sendo criado e mantido, que os actuais governantes estão em condições de mostrarem os “bons”serviços. E que folha de serviços

Vejamos.

Primeiro êxito, como atrás se referiu, o estado de espírito de indignação, revolta e desespero, paredes-meias com o baixar dos braços dos cidadãos por convencimento de impotência e de inutilidade de esforços face aos poderosos indivíduos, anónimos fautores da desgraça que atinge a população portuguesa. Depois, outro sucesso: desbravado o terreno, consolidada a ideia de habituação ao sistema, aos abusos e às arbitrariedades, abriu-se o caminho às grandes realizações governamentais.

Delas, fazendo uma síntese, apontam-se: o triunfal desenvolvimento dos processos de encerramentos das maternidades, das urgências dos hospitais, dos centros de saúde; a concretização do desmantelamento das redes escolares do interior; a sucessão de partos nas “melhores condições de qualidade” dos serviços prestados por improvisados bombeiros-parteiros nas estradas ou por passageiros nos comboios; a rápida evolução das oportunas mortes de idosos e pensionistas por carência de meios materiais, falta de tratamentos clínicos e escassez de medicamentos; a edificante arrumação de doentes em perigo de vida nos corredores dos hospitais com a vantagem de alguns, involuntariamente, se terem despachado para o campo do repouso eterno, assim descongestionando os serviços superlotados e aliviando o orçamento da Segurança Social; e, ainda, aquelas impressionantes confraternizações de enfermos e familiares sentados no chão de salas e corredores aguardando três, quatro e mais horas para serem observadas pelos clínicos.

As políticas avulsas, diversificadas e contumazes - de saúde, para facilitar as doenças e os falecimentos precoces de pessoas carenciadas; de finanças, penalizando a classe média e beneficiando os bancos e os grandes potentados; de economia, fomentando o desemprego, a estagnação do investimento e com o precário trabalho assentando na exploração da mão-de-obra barata; de selectivo desapoio ao funcionalismo público; de desagregação social que deu azo à elevação de rendimentos e nível de vida da classe possidente e ao incremento da pobreza e miséria de milhões de portugueses; de justiça, pautada pelas leis e aplicações desiguais para os cidadãos, conforme o lugar atribuível pela divisão por escalões de representatividade social; de deseducação e abandalhamento do ensino; de desvalorização da língua portuguesa; de facilidades aos tráficos de influências e ao aumento da corrupção – são as “grandes” realizações que distinguem a operacionalidade deste governo.

Se juntarmos o êxito da cimeira de Lisboa e a aprovação do Tratado Reformador da Comunidade Europeia, beneficiando da “muleta” de apoio e acompanhamento de Ângela Merkel, ficam assinaladas as grandes façanhas do Governo que, para bem de uns poucos e mal de muitos mais, desgoverna o País com aquele sentido de normalidade, eficiência e qualidade, que Correia de Campos, “grande” ministro da Saúde (ou da Doença?), não se cansa de apregoar.

De facto, que não de senso comum, o Governo embalado com a incontida ideia fixa de atingir o pleno desgoverno cumpre, afincadamente, os desideratos das duas organizações tutelares do Estado (Franco-Maçonaria e Opus Dei): quanto pior estiverem as condições de vida para os portugueses subalternos, melhor para os patrícios que integram a primeira e segunda classes da hierarquizada sociedade portuguesa.

Por conseguinte, registe-se:

O GOVERNO E O PS ESTÃO ATENTOS O PSD, PP, PCP, BE, TAMBÉM…

E CONVERGEM… Naquele certo sentido que todos percebemos qual é.

ENQUANTO ISSO, O POVO DIVERGE… AINDA QUE AMOCHANDO.