“Marcelices”…
Do Prof. Seixa *
*Às vezes, designado Prof. Sousa.
Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.
Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
A quando do período de Natal e Ano Novo escrevemos sob esta rubrica o seguinte: “Estamos em época de Natal. Convida à pausa. À serenidade. Às festividades. À contemplação das coisas simples. E à meditação”. Poderíamos ter acrescentado que também seria de aproveitar para retêmpera do autor. O que vinha no momento preciso.
A propósito e valendo como confirmação da justeza do reparo, na semana transacta recebemos uma mensagem de um leitor desconhecido que perguntava se as “Marcelices” se tinham extinguido. Demos a resposta que a seguir reproduzimos. “Infelizmente elas reaparecem todas as semanas no famigerado “Blogue”, escrito pelo Prof. Seixa. Aqui, neste meio tempo, não trazidas à colação porque decidimos afastar-nos delas durante alguns dias. Por uma complicada razão: estávamos a ficar enjoados”. Impusemo-nos um período de profilaxia a que associámos rigorosa prática de higiene mental com vista a rápida recuperação. A quadra natalícia facilitou o tratamento e a inerente cura.
Em abono da verdade e como referência ao perigo que se depara na abordagem das “Marcelices” existe sempre latente a possibilidade de inoportuna recaída, dada a natureza maléfica da matéria constante na aludida peça marcelista. Não havendo vacina e porque o interesse público e os deveres de cidadania impõem um acompanhamento atento e crítico, submetemo-nos, resignados, às contingências da sorte nos proteger ou aos infortúnios das forças do mal nos maltratarem e, eventualmente, nos tolherem.
Para não fugirem à regra seguida pelo Prof. Seixa, as marcelices de sábado, dia 28 de Janeiro de 2008, incluíam um extenso rol de bisbilhotices e notinhas ridículas que, de todo, confrange ler.
Damos breve síntese e pequena amostragem para não enfastiar o leitor. Dentro daquele princípio de não desejar ao próximo aquilo que nocivo é para nós.
“CRISTO-REI Casamento de filho de grande amigo da Universidade, noite fora, junto ao Cristo-Rei. Vista espectacular sobre Lisboa. Jovens, muitos e muito animados”.
Nosso comentário: Em primeiro lugar, de realçar que o “filho” sendo “de grande amigo da Universidade” (qual?) poderá ser de pequeno amigo ou simples conhecido de vista do professor. Vá lá saber-se… Outra nota importante e rara: o facto do casamento ter sido noite fora, junto ao Cristo-Rei. E nós a julgarmos, pela ordem natural das coisas, que teria sido noite dentro… Quiçá a recato numa residencial, ali pertinho do Cristo-Rei… Singularidades que acontecem quando o Prof. Seixa anda por perto. Ele tem um certo condão para as confusões nos jantares e… não só.
Depois, onde está a novidade? Se os jovens, previsivelmente, se excederam nos copos claro que estariam “muito animados”.
“EUROSOL Saudades. Já lá não ficava há séculos. Um hotel que aguentou bem os anos”.
Nosso comentário: Quem diria… O professor leva séculos de existência. Pelos vistos não foi só o hotel que aguentou bem os anos. Em contraposição nós, muitas vezes, aguentamos mal o professor. Azar nosso. Também nossa penitência…
BOLSAS Entretanto, Bolsas (outras e nossa) no fundo.
Nosso comentário: Sua Bolsa no fundo? O professor está a brincar com a malta. Até parece um discípulo de Maquiavel. Tenha dó do Zé-Povinho!
Pensando de viés: E se o professor a perdeu no fundo do mar que banha as praias brasileiras por onde, recentemente, andou e se banhou? Se foi o caso, então está certo… Mas convenhamos que mais uma vez estabeleceu a confusão…
E como “retrato” da desgraça cultural, designada “BLOGUE”, chega para afligir… e lamentar.
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