Estimadas senhoras,
Caros senhores,
Aqui apresentadas as SARAIVADAS da semana transacta.
Recebemos algum correio fazendo reparo de ausência das SARAIVADAS. Por isso, aqui informamos que o facto se deveu a acumulação de tarefas inadiáveis que tivemos de executar com prioridade.
Se nos é agradável saber do interesse dos nossos correspondentes, também nos cumpre apresentar desculpas a todos (muitas centenas) que regularmente recebem tais peças escritas.
Com o nosso agradecimento.
Brasilino Godinho
SARAIVADAS…
Ou as confissões do Arq.º Saraiva…
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
Tema I: Saraiva cumpre os requisitos… “surpreende, emociona e faz pensar”…
As saraivadas que caíram no semanário SOL e na revista Tabu, do p.p. sábado, dia 17 de Novembro de 2007, da autoria e pela pena de José António Saraiva, despertaram os indígenas para a capacidade do articulista em “dar uma no cravo e outra na ferradura”, à semelhança do que fazia o ferrador Malaquias, das terras saloias de Caneças, nas patas das cavalgaduras. E, também, para a crónica distracção do arquitecto-jornalista que o leva a não distinguir a fantasia da realidade. Com a agravante de se contradizer com insólita frequência.
Desta vez, Saraiva escreveu uma interessante observação: “Os analistas políticos não são bons observadores e baralham as coisas”. Preto no branco, esta afirmação tem correspondência no muito que temos escrito sobre Saraiva. Ora, depreende-se que ele vê nos outros aquilo que, infelizmente, não descortina em si próprio. Diremos que é mau que assim seja. Até péssimo, porque releva de certa miopia e alguma fragilidade cognitiva. Sobreleva, que sendo Saraiva um analista político acerta na avaliação de uma realidade evidente relativamente aos simplistas, arregimentados, vezeiros, analistas políticos do meio lisboeta; mas desatina quando, implicitamente, se exclui desse núcleo por mal se qualificar superiormente a si próprio, colocando-se num plano altaneiro e, supostamente, irrepreensível no que toca a objectividade e sageza.
Uma das inesperadas questões que mobilizam a mente de Saraiva é a hipotética reeleição de Sócrates em 2009. Como facilmente se compreende é um assunto transcendente… Pelos vistos, tira o sono a muita gente que não tem mais que fazer ou em que pensar…
José António Saraiva está convicto que o actual chefe do Governo será reeleito: Porquê? Porque “O problema dos primeiros-ministros não é serem rejeitados pelos eleitores nas urnas – é outro.
O problema é caírem a meio dos mandatos e não se recandidatarem (…)”.
Mas para acontecer o triunfo, Sócrates terá que satisfazer uma condição sine qua non: “chegar “vivo” às próximas legislativas”. Bonito seria se ele chegasse “morto” e mesmo nesse estado as ganhasse…
Ponderando o importante assunto, segundo o enquadramento que lhe é dado por José António Saraiva, convirá interceder junto da Divina Providência para que ela não perca de vista o festejado Sócrates, nem se descuide na protecção do nosso “primeiro”… Aliás, o arquitecto-jornalista e o seu jornal estão especialmente indicados para desencadearem o respectivo processo, na medida em que mantém excelentes relações - prenhes dos melhores e elevados motivos - com a sagrada instituição Opus Dei que, indubitavelmente, poderá servir de intercessora na democrática causa.
Reportando-nos ao tema do declínio da imprensa tradicional realce para a circunstância de Saraiva ter sido certeiro na pontaria à essência do problema. Transcrevemos a frase que ele ouviu a Juan António Giner e que diz não ter esquecido: “O bom jornalismo é aquele que surpreende, emociona e faz pensar”. Pois, quê? Pois, sim!...
Precisamente, um juízo que assenta como uma luva em Saraiva… O jornalismo praticado pelo arquitecto-jornalista surpreende os leitores desprevenidos; emociona a malta mais piegas e faz pensar todos quantos se perdem em decifrar a lógica da ilógica acuidade intelectual de quem está predestinado a, qualquer dia, ser presenteado com o Prémio Nobel da Literatura. Um galardão, eventualmente, trazido no bico de uma virginal cegonha; como antigamente acontecia com os bebés que vinham de França. Para variar, em versão moderna, esta ave virá da Escandinávia, viajando num avião a jacto e deixada cair de pára-quedas sobre o regaço do famoso literato… Mas, inevitavelmente, apontada à “grande cabeça pensante deste país”… que é a dele, arquitecto-jornalista, Saraiva.
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