Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, novembro 24, 2007

Estimadas senhoras,

Caros senhores,

Aqui apresentadas as SARAIVADAS da semana transacta.

Recebemos algum correio fazendo reparo de ausência das SARAIVADAS. Por isso, aqui informamos que o facto se deveu a acumulação de tarefas inadiáveis que tivemos de executar com prioridade.

Se nos é agradável saber do interesse dos nossos correspondentes, também nos cumpre apresentar desculpas a todos (muitas centenas) que regularmente recebem tais peças escritas.

Com o nosso agradecimento.

Brasilino Godinho

SARAIVADAS…

Ou as confissões do Arq.º Saraiva…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Tema I: Saraiva cumpre os requisitos… “surpreende, emociona e faz pensar”…

As saraivadas que caíram no semanário SOL e na revista Tabu, do p.p. sábado, dia 17 de Novembro de 2007, da autoria e pela pena de José António Saraiva, despertaram os indígenas para a capacidade do articulista em “dar uma no cravo e outra na ferradura”, à semelhança do que fazia o ferrador Malaquias, das terras saloias de Caneças, nas patas das cavalgaduras. E, também, para a crónica distracção do arquitecto-jornalista que o leva a não distinguir a fantasia da realidade. Com a agravante de se contradizer com insólita frequência.

Desta vez, Saraiva escreveu uma interessante observação: “Os analistas políticos não são bons observadores e baralham as coisas”. Preto no branco, esta afirmação tem correspondência no muito que temos escrito sobre Saraiva. Ora, depreende-se que ele vê nos outros aquilo que, infelizmente, não descortina em si próprio. Diremos que é mau que assim seja. Até péssimo, porque releva de certa miopia e alguma fragilidade cognitiva. Sobreleva, que sendo Saraiva um analista político acerta na avaliação de uma realidade evidente relativamente aos simplistas, arregimentados, vezeiros, analistas políticos do meio lisboeta; mas desatina quando, implicitamente, se exclui desse núcleo por mal se qualificar superiormente a si próprio, colocando-se num plano altaneiro e, supostamente, irrepreensível no que toca a objectividade e sageza.

Uma das inesperadas questões que mobilizam a mente de Saraiva é a hipotética reeleição de Sócrates em 2009. Como facilmente se compreende é um assunto transcendente Pelos vistos, tira o sono a muita gente que não tem mais que fazer ou em que pensar

José António Saraiva está convicto que o actual chefe do Governo será reeleito: Porquê? Porque “O problema dos primeiros-ministros não é serem rejeitados pelos eleitores nas urnas – é outro.

O problema é caírem a meio dos mandatos e não se recandidatarem (…)”.

Mas para acontecer o triunfo, Sócrates terá que satisfazer uma condição sine qua non: “chegar “vivo” às próximas legislativas”. Bonito seria se ele chegasse “morto” e mesmo nesse estado as ganhasse

Ponderando o importante assunto, segundo o enquadramento que lhe é dado por José António Saraiva, convirá interceder junto da Divina Providência para que ela não perca de vista o festejado Sócrates, nem se descuide na protecção do nosso “primeiro” Aliás, o arquitecto-jornalista e o seu jornal estão especialmente indicados para desencadearem o respectivo processo, na medida em que mantém excelentes relações - prenhes dos melhores e elevados motivos - com a sagrada instituição Opus Dei que, indubitavelmente, poderá servir de intercessora na democrática causa.

Reportando-nos ao tema do declínio da imprensa tradicional realce para a circunstância de Saraiva ter sido certeiro na pontaria à essência do problema. Transcrevemos a frase que ele ouviu a Juan António Giner e que diz não ter esquecido: “O bom jornalismo é aquele que surpreende, emociona e faz pensar”. Pois, quê? Pois, sim!...

Precisamente, um juízo que assenta como uma luva em Saraiva O jornalismo praticado pelo arquitecto-jornalista surpreende os leitores desprevenidos; emociona a malta mais piegas e faz pensar todos quantos se perdem em decifrar a lógica da ilógica acuidade intelectual de quem está predestinado a, qualquer dia, ser presenteado com o Prémio Nobel da Literatura. Um galardão, eventualmente, trazido no bico de uma virginal cegonha; como antigamente acontecia com os bebés que vinham de França. Para variar, em versão moderna, esta ave virá da Escandinávia, viajando num avião a jacto e deixada cair de pára-quedas sobre o regaço do famoso literato Mas, inevitavelmente, apontada à “grande cabeça pensante deste país”… que é a dele, arquitecto-jornalista, Saraiva.