Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, novembro 17, 2007

Ela disse…

A Dr.ª Joaquina Madeira, Provedora da Casa Pia, foi ontem, 15 de Novembro de 2007, falar à “Grande Entrevista” da RTP.

Das declarações que prestou, destacam-se as seguintes referências:

- Ela não conhece casos de abusos de menores da Casa Pia.

- Ela não tem suspeitas de ocorrências dessa natureza.

- Ela preocupa-se com as crianças.

- Ela ficou preocupada com alguns “ruídos” que repercutiram na Casa Pia.

Comentário: Os “ruídos” ter-lhe-ão afectado os ouvidos sensíveis?

Em todo o caso, talvez se recomendasse mais cuidado no fechamento de portas e janelas. Mesmo encarar a hipótese de as calafetarE acabar com os telhados de vidro

Em contraposição:

- Ela sabe que nas instalações da Casa Pia não se praticam actos condenáveis.

Comentário: A Srª. Provedora da Casa Pia tem a sorte de não sabendo disto e daquilo que anda nas bocas do mundo, sabe que a situação está controlada. Neste capítulo não tem dúvidas. Impressiona tanta convicção.

- Ela sabe que há indícios de suspeitas…

Comentário:

Indícios de suspeitas? Entende-se que ela não tem indícios nem suspeitas. Logo, nos poderemos interrogar quanto ao interesse que poderia haver em atribuir importância a indícios de suspeitas ou, vice-versa, suspeitas de indícios? Aqui, releva a perspicácia da senhora provedora.

Informação relevante:

- Ela, Provedora da Casa Pia, na plena compreensão do seu papel de coadjutora do ministro que a tutela e das limitadas margens de manobra de que disporá em correspondência com as directivas superiores, pediu autorização a Sua Excelência para suspender um funcionário que estará envolvido em abusos de menores da Casa Pia. Então, o senhor ministro, condescendente, usando da sua prerrogativa de acompanhamento das situações anómalas e de disponibilidade para intervir em questões disciplinares, que subtraiu à autoridade da provedoria, decidiu autorizar…

Estes insólitos procedimentos da Provedora da Casa Pia e do ministro da Segurança Social (que seria suposto não se ocupar destas áreas funcionais e menores) está em correspondência com as novas orientações do Governo de sujeitar as investigações criminais aos prévios despachos dos ministros em que estes fazem a avaliação e selecção dos casos e das prioridades a considerar pelas polícias.

De registar que os ministros umas vezes dizem que as sanções disciplinares são da alçada dos directores de serviços e noutras ocasiões procedem ao contrário, como no caso vertente.

Assim vai a (des)governação deste país.