Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, outubro 29, 2007

Caríssimas senhoras,

Caros senhores,

Aqui, as Marcelices.

Claro, que as do costume… O professor é persistente. Acomodou-se ao soalheiro…

Cumprimentos.

Brasilino Godinho

“Marcelices”…

Do Prof. Seixa *

*Às vezes, designado Prof. Sousa.

Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.

Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Esta semana, naquela desgraça cultural, designada “BLOGUE”, que se expande pelas páginas 62 e 63 do semanário abençoado pelo espírito emanante da Opus Dei, destacam-se quatro notinhas que dão o tom exemplar da bizarra e abrangente arte da insignificância, da bisbilhotice, da futilidade e do desperdício de tempo, cultivada pelo talentoso professor.

Primeira notinha

“PAINEL Iniciativa meritória a da Escola E+B 2,3 Mestre Domingos Saraiva de Sintra. Ofereceu ao tribunal da comarca um Painel Azulejar, dos alunos de pintura e cerâmica”(o sublinhado é nosso).

Intrigante expressão. Painel azulejar? Então o painel vai pôr ou assentar azulejos? O painel vai azular? O quê? Ou, talvez, azular-se? Explique lá, professor.

Segunda notinha

“ACASO Casamento de um filho, Pedro, de Ana e Rui Martinho. Ana, bibliotecária competente da minha Faculdade. Rui, gestor bancário-segurador experiente. Acaso feliz: a noiva, Rita, é sobrinha de velho amigo, José Manuel Burnay. Clima inexcedível. Tema de conversa: banca e crédito sem garantias ou em que estas vão mirrando”.

Lê-se, fica-se deslumbrado e… incrédulo. Porque não um, mas vários acasos se sucederam por mera casualidade…

Vejamos: O acaso do casamento. O Pedro ser filho de Ana. Esta, ser bibliotecária competente, numa época em que não se valoriza a competência. Ana ser casada com o Rui. Este, ser bancário. Segurador. E, uf! Experiente.

Mais de admirar o “acaso feliz”, salientado pelo professor Seixa, de a noiva ser sobrinha de José Manuel Burnay. Que, acaso e pormenor importante, é velho amigo do professor.

Acaso extraordinário foi aquele do “clima inexcedível”.

Outro acaso não menos exaltante foi o tema da conversa sobre a Banca e créditos mal parados, sem as indispensáveis garantias. Mesmo vindo a propósito de um contrato de casamento…

Portanto, registando-se tantos acasos o professor terá neles percepcionado um “furo jornalístico”. Palmas! Dadas com entusiasmo e reconhecimento, tendo em atenção a alegria e o prazer espiritual dos leitores em saberem destas andanças do Prof. Seixa.

Terceira notinha

“NATURAL É legítima, a reacção do PSD e do MP madeirenses contra a acusação do PS de conluio para cobrir a corrupção na Madeira”.

Rebelo Sousa, professor catedrático de Direito ao arrepio da devida e recomendável contenção, da cuidada análise e da necessária isenção, exigíveis à sua condição académica, de pronto sentencia legitimidade para uma das partes (PSD) com a qual tem afinidades partidárias. Um espanto! Saúde-se a grande lata…

Quarta notinha

“VIDAS MODERNAS Nora Rita a trabalhar em Roma. Filho Nuno com neta Teresinha cheia de febre gripal. E neto Francisco, de tanto tirar peles de um dedo do pé, a braços com panarício. Escapa a bebé. É bom que o filho saiba o que a nora passa com frequência. Vidas modernas de pais perfeitos”.

Continua a série de acontecimentos penosos da família do professor. Se calhar não lhe resta outra alternativa que não seja ir à bruxa

Estamos tentados a corrigir a frase do Prof. Seixa. Diríamos: Vidas imperfeitas de pais modernos.

Também, parafraseando-o, anotamos: É bom que o professor saiba o que nós passamos com a frequência das notinhas do seu disparatado “BLOGUE” do soalheiro…