Caríssimas senhoras,
Caros senhores,
Aqui, as Marcelices.
Claro, que as do costume… O professor é persistente. Acomodou-se ao soalheiro…
Cumprimentos.
Brasilino Godinho
“Marcelices”…
Do Prof. Seixa *
*Às vezes, designado Prof. Sousa.
Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.
Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
Esta semana, naquela desgraça cultural, designada “BLOGUE”, que se expande pelas páginas 62 e 63 do semanário abençoado pelo espírito emanante da Opus Dei, destacam-se quatro notinhas que dão o tom exemplar da bizarra e abrangente arte da insignificância, da bisbilhotice, da futilidade e do desperdício de tempo, cultivada pelo talentoso professor.
Primeira notinha
“PAINEL Iniciativa meritória a da Escola E+B 2,3 Mestre Domingos Saraiva de Sintra. Ofereceu ao tribunal da comarca um Painel Azulejar, dos alunos de pintura e cerâmica”(o sublinhado é nosso).
Intrigante expressão. Painel azulejar? Então o painel vai pôr ou assentar azulejos? O painel vai azular? O quê? Ou, talvez, azular-se? Explique lá, professor.
Segunda notinha
“ACASO Casamento de um filho, Pedro, de Ana e Rui Martinho. Ana, bibliotecária competente da minha Faculdade. Rui, gestor bancário-segurador experiente. Acaso feliz: a noiva, Rita, é sobrinha de velho amigo, José Manuel Burnay. Clima inexcedível. Tema de conversa: banca e crédito sem garantias ou em que estas vão mirrando”.
Lê-se, fica-se deslumbrado e… incrédulo. Porque não um, mas vários acasos se sucederam por mera casualidade…
Vejamos: O acaso do casamento. O Pedro ser filho de Ana. Esta, ser bibliotecária competente, numa época em que não se valoriza a competência. Ana ser casada com o Rui. Este, ser bancário. Segurador. E, uf! Experiente.
Mais de admirar o “acaso feliz”, salientado pelo professor Seixa, de a noiva ser sobrinha de José Manuel Burnay. Que, acaso e pormenor importante, é velho amigo do professor.
Acaso extraordinário foi aquele do “clima inexcedível”.
Outro acaso não menos exaltante foi o tema da conversa sobre a Banca e créditos mal parados, sem as indispensáveis garantias. Mesmo vindo a propósito de um contrato de casamento…
Portanto, registando-se tantos acasos o professor terá neles percepcionado um “furo jornalístico”. Palmas! Dadas com entusiasmo e reconhecimento, tendo em atenção a alegria e o prazer espiritual dos leitores em saberem destas andanças do Prof. Seixa.
Terceira notinha
“NATURAL É legítima, a reacção do PSD e do MP madeirenses contra a acusação do PS de conluio para cobrir a corrupção na Madeira”.
Rebelo Sousa, professor catedrático de Direito ao arrepio da devida e recomendável contenção, da cuidada análise e da necessária isenção, exigíveis à sua condição académica, de pronto sentencia legitimidade para uma das partes (PSD) com a qual tem afinidades partidárias. Um espanto! Saúde-se a grande lata…
Quarta notinha
“VIDAS MODERNAS Nora Rita a trabalhar
Continua a série de acontecimentos penosos da família do professor. Se calhar não lhe resta outra alternativa que não seja ir à bruxa…
Estamos tentados a corrigir a frase do Prof. Seixa. Diríamos: Vidas imperfeitas de pais modernos.
Também, parafraseando-o, anotamos: É bom que o professor saiba o que nós passamos com a frequência das notinhas do seu disparatado “BLOGUE” do soalheiro…
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