Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, julho 03, 2007

Um texto sem tabus…

PERSISTE O MISTÉRIO DAS “EXPULSÕES” DOS DOIS VIT(s)

DA GRANDE FRATERNIDADE…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Vão decorridos alguns meses sobre a data em que, de forma indiscreta, foi passada para a comunicação social a informação respeitante a dois distintos maçons alvos de sanções disciplinares; as quais, teriam implicado as suas expulsões do Grande Oriente Lusitano – a seita maçónica com a maior implantação em Portugal.

Um facto espantoso! Para quem não anda a par destas coisas e loisas relacionadas com a Franco-Maçonaria faz caso prestar algumas informações que ajudem a compreender este fenómeno mediático de profundo significado.

Comecemos por indicar que a Maçonaria segue rígidos procedimentos de vida interna de intenso secretismo que costuma designar, genericamente, por expedientes ou práticas de “discrição”. Acentue-se: a célebre “discrição maçónica”. Não está nos seus hábitos revelar ao público o que se passa nas “lojas” e de todo não é dada comunicação pública das sentenças de processos disciplinares que, proferidas pelo Supremo Tribunal Maçónico, determinem ou não a irradiação dos “irmãos”.

Desta vez, a regra foi quebrada com estrondo assim como se fosse uma bomba a cair de pára-quedas na capital alfacinha.

Quem eram os maçons atirados pela borda fora? Pasmem leitores! Nada mais, nada menos, que dois socialistas de rija têmpera, fundadores do PS, figuras de proa do partido da rosa, antigos ministros dos governos socialistas e amigos de longa data do actual Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, Dr. António Reis. Perguntará o leitor: Quem eram as criaturas? Pois fique sabendo que se tratava dos Drs. António Vitorino, ex-comissário europeu e Vitalino Canas. Qual o motivo da expulsão? Atrasos nos pagamentos das quotas mensais!... Isto, foi noticiado nos jornais, nas rádios e nas televisões.

Agora, o leitor faça um exercício de raciocínio: Acredita que os dois distintos maçons tenham sido expulsos? E por não pagarem as mensalidades? Tratando-se de “irmãos” na “grande fraternidade”, de “homens bons” dos “melhores costumes”, de “conhecidos formadores de opinião”, de “grandes obreiros e construtores sociais”, de abnegados “condutores anónimos da sociedade portuguesa” (segundo a terminologia maçónica), de grandes amigos, de ilustres correligionários e de antigos colegas do parlamento e do governo, quiçá da Universidade, pode admitir-se que o próprio Dr. Reis não tivesse pegado no telefone a lembrar-lhes a falta de liquidação das quotas? E, logo, estas não teriam sido prontamente pagas? Vitorino e Vitalino alguma vez deram indícios de serem caloteiros? Ou estaremos a vê-los como pessoas de parcos rendimentos, sem liquidez impeditiva de satisfazer a exigente e imprescindível quotização de que a seita não abdica como garantia de selectividade e elitismo? Porquê o assunto não ficou, como é costume, reservado sob sigilo, na “Câmara de Meio”? O que terá levado a “Potência” a transmitir à comunicação social e para conhecimento dos “profanos” a insólita notícia de os dois obreiros terem sido irradiados; “esquecendo”, surpreendentemente, os habituais “devidos cuidados” de ocultação e segredo relativamente a tudo que concerne à vida da misteriosa organização?

Certamente que a história está muito mal contada! Demais a mais até, provavelmente, os dois Vit(s) continuam a frequentar a “oficina”. Talvez saído num dia e entrado no outro imediatamente a seguir. Nem terão perdido a qualidade de “obreiros”. Tanto espalhafato e tamanha imoderação para quê? Qual o inexplicável objectivo? Alguma vez o saberemos?

Mas o Grande Oriente Lusitano também não fica bem na fotografia sobre outra perspectiva de apreciação à sua conduta neste obscuro caso. Ou por outra, se ele fosse claro é que ficaríamos espantados

Se a Maçonaria é aquilo que os seus mais destacados chefes e invulgares sábios apregoam sem nenhuma espécie de humildade; ou seja: uma associação de benfeitores, de servos da comunidade, de bons cidadãos que procuram aperfeiçoarem-se e distinguirem-se pela tolerância, pela solidariedade e pelo profundo apego aos valores da Liberdade, da Igualdade e da Democracia, como justificar a descabida intolerância manifestada para quem se tinha atrasado no pagamento das quotas? Por onde andou a solidariedade - no decurso do período de infortúnio resultante do (eventual) esquecimento do implacável código maçónico de conduta - que tão ostensivamente se teria alheado da situação e das consequências advindas para os visados? Que espécie de clã familiar é este que age de forma agressiva e sem complacência para com os seus próprios “irmãos”, evocando uma motivação fútil e de rápida solução? A resposta leva-nos a supor os meios extremos e tenebrosos de perseguição e sectarismo a que os maçons lançam mão relativamente aos cidadãos (aos quais, num tom depreciativo, classificam de profanos) que enfrentem as arbitrariedades que vão cometendo no decorrer do silencioso e “discreto” processo revolucionário maçónico em curso na República Maçónica de Portugal.

A propósito: os pedreiros-livres de Portugal podem sentir-se realizados. Em pleno século XXI conseguiram a implantação da primeira república maçónica existente no Mundo. Ela aí está impante! Poderosa! Autoritária! Devastadora! Por isso, celebrem! Claro que “discretamente”

Sem dúvida, que os maçons portugueses, triunfantes, eufóricos, já se podem apresentar perante os Veneráveis Mestres do Governo Oculto do Mundo com a brilhante folha dos grandes resultados obtidos em Portugal. Será um título de glória. Ímpar no seio da Franco-Maçonaria Internacional.

Porém, sob o nosso ponto de vista, outro aspecto ainda a considerar prende-se com a famigerada “discrição” – leia-se secretismo. No caso em apreço, dos dois Vit(s), “discrição” notoriamente posta em cheque. Mesmo, acintosamente, recusada. Então, uma organização que cultiva o uso sistemático do segredo levado aos limites da incompreensão e do absurdo foi, neste caso dos dois Vit(s), tão célere e displicente a quebrar as regras da “discrição”? Aqui, ao contrário do habitual, houve gato de dentro posto fora com o rabo escondido na sombria loja…

Portanto, não restam dúvidas que a história mal contada dos dois Vit(s) tem pano para muitas mangas Igualmente, é demonstrativa das características institucionais e funcionais da Maçonaria.

Outrossim, retrato ostensivo dos normativos vigentes na República Maçónica de Portugal.

Regime que - como a maioria do povo português vai sentindo dia-a-dia - se está confirmando como uma desgraça nacional.

Fim