UM TEXTO SEM TABUS…
Brasilino Godinho
07/Março/2021
DESGOVERNANDO E ARRUINANDO A NAÇÃO
O ESCÂNDALO QUE REPERCUTE NA EUROPA
E É SILENCIADO NA IMPRENSA PORTUGUESA
01. Estou prestes a atingir 90 anos de idade (Outubro de 2021).
Ao longo dos anos tenho adquirido e conservado em memória conhecimentos muito dilatados sobre a História atribulada de Portugal, no capítulo sociopolítico da nação portuguesa.
Testemunhei bastantes situações deploráveis; com destaque na época da Ditadura do Estado Novo, de Oliveira Salazar; a que, posteriormente, se acumularam as tenebrosas práticas corrosivas do tecido social, prosseguidas pelos arregimentados políticos do regime da Partidocracia que vem desgraçando a nação e denegrindo as imagens de Portugal e dos portugueses a nível internacional.
Muita maior elucidação de tal persistente, extensiva, decadência de Portugal, caracterizadamente: moral, cívica, patrimonial, educativa, financeira, política, social, judicial, linguística e cultural, eu adquiri por consulta aos registos históricos e ao abrangente material inserido em obras de referência da cultura portuguesa – como, por exemplo, o que, de acervo, foi expendido pelo grupo dos “Vencidos da Vida” no século XIX; especialmente por Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Andrade Corvo.
Julgo-me assim provido de alguma autoridade moral, de indispensável assertividade intelectual e de posse de informação credível, para aqui e agora dizer aos leitores que, na hora presente, o Estado português não é um Estado de Direito e que nem existe Democracia; sequer, para vulgar português ter a veleidade de, aparentemente, a sentir e usufruir como tal.
Assinalo que nunca em Portugal se há registado uma situação de tão profunda desgraça, de tamanho descalabro sociopolítico, de enorme colapso financeiro e de tão avantajada corrupção, como actualmente se verifica sob este apodrecido, agressivo, nefasto e desacreditado regime da Partidocracia.
Uma indecente ditadura, esta, da Partidocracia, sucedânea da ditadura do Estado Novo, moldada com algumas variações mais ou menos sofisticadas e detentora de peculiares características concebidas de modo a que bastante confundam e iludam as pessoas ingénuas ou facilmente sugestionáveis.
Reitero: Uma vergonha! Uma desgraça! A ruína do País!
02. Isto escrito apresentando-se como introdução ao breve apontamento sobre os últimos dados da intensa e muito escandalosa desgovernação, surgidos nos dias da semana que precedem no calendário.
No princípio da semana, a incrível substituição da lei que impossibilitava a construção do aeroporto do Montijo. Para satisfazer o absurdo capricho governamental rapidamente se “cozinhou” nova lei, em detrimento do prestígio e predomínio da legalidade vigente.
Hoje o Diário de Notícias insere uma crónica da conhecida cidadã Dr.ª Joana Amaral Dias. É uma peça que, pelo seu assertivo, sério e judicioso teor, merece a maior atenção.
Nela se informa o público de que o governo, a propósito dos seis meses em que exerce desempenho da Presidência da União Europeia, já vai gastando milhões de euros com a construção de um (fantasma) centro de imprensa; a compra de 125 automóveis de luxo; aquisição de centenas de fatos, camisas, lencinhos, gravatas de seda, vinhos e espumantes; e demais coisas que se seguirão na sucessão dos meses até Julho do ano em curso.
03. Como se não bastasse ao governo português ter iniciado o mandato da presidência da União Europeia com a desvergonha da falsificação do currículo do procurador Guerra, que veio a ser provido no desempenho da função na Procuradoria Europeia, exactamente com a missão de controlar e combater a corrupção - o que suscitou grande escândalo europeu e desacreditou completamente os governantes de Portugal – eis, agora, outro retumbante escândalo com os esbanjamentos financeiros desencadeados por gente que dá contínuas provas de que não tem: sentido de Estado; elementar bom senso; nem, sequer, simples consideração pelas primárias conveniências da nação portuguesa. Muito menos, ainda, que nela haja latente o mínimo de autenticidade de fervor democrático e de sentimentos fraternos para com os portugueses (entenda-se a maioria deles: ofendidos, maltratados, feridos na sua dignidade e acintosamente desprezados).
Assim, ter um desgoverno nacional é uma calamidade insuportável, a juntar a outras de que está atingida a grei portuguesa.
E ninguém põe ordem neste País!
04. Será que ainda não chegou a hora de eclodir um novo 25 de Abril?
Mesmo que sem o beneplácito da União Europeia. Ou mesmo contra ela.
Não venha a acontecer o aparecimento de um Hitler lusitano ou de um émulo de Salazar.
Tal como sucedeu com os desmandos da fase terminal da Monarquia e com a anarquia e os desvarios da Primeira República que facilitaram o emergir de um clima propício ao surgimento da Revolução de 28 de Maio de 1926 que introduziu a Ditadura; estão actualmente desencadeadas actuações políticas e governativas conducentes a uma deriva ditatorial.
Ninguém tenha dúvidas: a nossa desqualificada classe política - que superintende na Partidocracia instalada em Portugal - está brincando com o fogo.
Só não digo que tal gente não tem presente as lições da História por que, afinal, dela não tiveram aprendizagem, nem interesse de mero estudo.
E todos sabemos que a ignorância e a estupidez são muito atrevidas, irresponsáveis e extremamente prejudiciais.
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