HÁ 6 ANOS ESCRITO
Ao rigoroso inspector alemão, Joachim Gauck, o bom aluno português, Cavaco
Silva disse-lhe:
“Aprendemos a lição dos últimos anos.”
E acrescentou:
“O povo português teve um comportamento extremamente responsável e queremos
agora entrar numa trajectória de crescimento económico e de criação de emprego,
em particular pensando nos nossos jovens que tem tido alguma dificuldade no
acesso ao mercado de trabalho", afirmou o chefe de Estado português.” Texto
da Agência Lusa.
A afirmação de Cavaco Silva (“Aprendemos a lição”), acima reproduzida, é
enigmática e de certa maneira condiz com o ar sombrio que o caracteriza.
A “lição” se foi dos “últimos anos” não se percebe como o tempo consumido proporcionou per se matéria de estudo (ou de penalização); decerto, exclusivamente aprendida por Cavaco Silva, pelos seus amigos e seguidores - visto que milhões de portugueses não foram tidos e achados na apreensão e classificação da mesma.
Todavia, se por lapso de linguagem, Cavaco Silva queria referir-se a factos ocorridos, comportamentos e procedimentos de entidades várias ou a outras matérias, confrontamo-nos com indefinições que inviabilizam o conhecimento e o alcance da referida “lição”; a qual, ainda por cima, nem é delimitada no tempo da duração com que se foi processando, aparentemente sem hiatos, mas anote-se: sem data de início.
A “lição” se foi dos “últimos anos” não se percebe como o tempo consumido proporcionou per se matéria de estudo (ou de penalização); decerto, exclusivamente aprendida por Cavaco Silva, pelos seus amigos e seguidores - visto que milhões de portugueses não foram tidos e achados na apreensão e classificação da mesma.
Todavia, se por lapso de linguagem, Cavaco Silva queria referir-se a factos ocorridos, comportamentos e procedimentos de entidades várias ou a outras matérias, confrontamo-nos com indefinições que inviabilizam o conhecimento e o alcance da referida “lição”; a qual, ainda por cima, nem é delimitada no tempo da duração com que se foi processando, aparentemente sem hiatos, mas anote-se: sem data de início.
Qualquer que seja a forma de encarar este imbróglio da “lição” que Cavaco
Silva atribuiu aos últimos anos, ressaltam dúvidas e sobreleva a nossa
perplexidade: os últimos anos detém lição por serem simplesmente anos? Ou por
serem anos últimos? É uma descoberta de Cavaco Silva que nos atordoa e que não
sabemos se é de aplaudir ou de patear...
Depois as dúvidas são múltiplas:
Se fosse possível os últimos anos serem, por si mesmos, a “lição” de Cavaco
Silva teríamos de nos interrogar qual será a lição inerente aos outros anos não
incluídos no espaço temporal abrangido pelos anos últimos (quais?) da
predilecção da figura presidencial.
Por outro lado, queria Cavaco Silva referir-se ao conhecimento que, eventualmente, adquiriu com algum revés de fortuna? (aqui, neste ponto, lembramos os desabafos sobre os seus diminutos(...) vencimentos e de sua extremosa esposa).
E por acaso, Cavaco Silva, estaria pensando numa qualquer unidade temática?
Além de que outras interrogações se colocam. Por exemplo: Se os anos não têm substância intrínseca que proporcionem lições, então qual é a “lição” e a respectiva matéria acolhidas nas faculdades de alma de Cavaco Silva? Quiçá algum castigo? Severa punição? Quem deu a “lição”? Que alma danada deu o castigo? Quem ditou a sentença de punição?
Por outro lado, queria Cavaco Silva referir-se ao conhecimento que, eventualmente, adquiriu com algum revés de fortuna? (aqui, neste ponto, lembramos os desabafos sobre os seus diminutos(...) vencimentos e de sua extremosa esposa).
E por acaso, Cavaco Silva, estaria pensando numa qualquer unidade temática?
Além de que outras interrogações se colocam. Por exemplo: Se os anos não têm substância intrínseca que proporcionem lições, então qual é a “lição” e a respectiva matéria acolhidas nas faculdades de alma de Cavaco Silva? Quiçá algum castigo? Severa punição? Quem deu a “lição”? Que alma danada deu o castigo? Quem ditou a sentença de punição?
Dada a circunstância do presidente Cavaco Silva ter falado na presença do
seu homólogo alemão Joachim Gauck é de crer que a “lição” tenha sido
proporcionada pela sr.ª Angela Merkel, coadjuvada pelo sr. Wolfgang Schauble.
Ainda tendo em linha de conta o cenário em que ocorreu a intervenção aqui
em foco, que mais parecia uma sessão de inequívoco apuramento da situação
escolar do aluno face ao inspector interessado em conhecer ao pormenor o
desempenho do discente, seria interessante saber-se qual a verdadeira avaliação
da personalidade tutelar Joachim Gauck... O inspector alemão teria ficado
convencido da bondade do aluno? Bem
ciente de que ele aprendeu a lição?
Um dado devemos reter como inequivocamente adquirido: Foi deprimente ver um
professor português a assumir-se como aluno que se esforça para convencer o
inspector estrangeiro da sua boa vontade em se creditar como bom aluno seguidor
da cartilha a que de bom grado se submeteu.
Em todo o caso como portugueses devemos estar envergonhados com todo este
espectáculo de subserviência ao estrangeiro e com a pública, oficial,
demonstração de Estado e de Nação, colonizados e tutelados pelos dirigentes
germânicos. Também à mercê dos senhores cinzentos de que falava o falecido
Prof. Doutor António Sousa Franco.
Um reparo se torna necessário fazer ao presidente da República: do grande drama nacional configurado nos milhares de jovens que não conseguem trabalho e de outros tantos milhares que, sem condições de vida em Portugal, são compelidos a emigrarem, o presidente Cavaco Silva só tem a ligeira impressão que expressa deste modo indiferente: “nossos jovens que têm tido alguma dificuldade no acesso ao mercado de trabalho". (Em reacção observamos: para o presidente da República a coisa nem tem sido muito chata... só alguma dificuldade, coisa sem importância…).
Um reparo se torna necessário fazer ao presidente da República: do grande drama nacional configurado nos milhares de jovens que não conseguem trabalho e de outros tantos milhares que, sem condições de vida em Portugal, são compelidos a emigrarem, o presidente Cavaco Silva só tem a ligeira impressão que expressa deste modo indiferente: “nossos jovens que têm tido alguma dificuldade no acesso ao mercado de trabalho". (Em reacção observamos: para o presidente da República a coisa nem tem sido muito chata... só alguma dificuldade, coisa sem importância…).
Porém, é nossa imperiosa obrigação destacar as palavras “jovens têm tido
alguma dificuldade”, isto dito em contraposição ao que todos sabemos acerca das
tremendas dificuldades, grandes sofrimentos e muitas preocupações, que atingem
os jovens portugueses.
Fim
Fim
Maria Maia O Cavaco é o principal culpado de todo o mal - ao
nível político, social, económico... - que temos sofrido nos últimos anos, mas
ele não irá nunca assumir esse erro porque é orgulhoso e burro.
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