HÁ 6
ANOS
Mas mau
fado da Língua Portuguesa continua…
DOIS
PROFESSORES DA ALTA POLÍTICA NACIONAL
A TODA
A HORA PONTAPEIAM A GRAMÁTICA
21 de
Junho de 2014
Um registo/lamento de Brasilino Godinho
Dois professores universitários
situados no alto patamar da política à portuguesa, Aníbal Cavaco Silva e
Marcelo Rebelo de Sousa, estão a toda a hora a dizer que à última da hora
algo se disse ou se dirá ou coisa se fez ou se fará. Ainda esta noite,
Cavaco Silva se referiu à última da hora.
O seu correligionário Marcelo de Sousa na sua intervenção da noite de domingo
transacto, na TVI, frente a D. Judite de Sousa, voltou a empregar, por duas
vezes, a mesma expressão.
Relativamente ao professor Marcelo
já vão decorridas muitas luas após a data em que, numa crónica, lhe fazíamos o
reparo e solicitávamos aos seus amigos que, num gesto de bondade, lhe dissessem
que deveria dizer à última hora. Terá sido um pedido que caiu num saco roto. Ou
então o professor terá considerado que é um ser superior e se marimba para essa
questão comezinha de falar correctamente o português.
É pena, lamentável e de tremendos
efeitos sociais, que dois professores universitários não prezem a língua
nacional e dêem tão maus exemplos aos seus alunos.
E ao presidente da República mais
se lamenta o erro porquanto lhe cabe exercer magistério de bem zelar o uso da língua
face aos indígenas que todos somos.
Também se estranha que entre os
numerosos assessores, mui bem pagos pelos dinheiros dos contribuintes,
instalados no Palácio de Belém, não haja nenhum que corrija sua excelência – o
que é alarmante e nos deixa estarrecidos. Ademais,
evidenciando o desperdício de
tamanho despesismo funcional.
E já que surge a oportunidade de
aqui deixarmos uma sugestão ao chefe da presidencial casa civil propomos que se
crie uma palaciana classe de ensino de português, para todos quantos ocupem o
Palácio de Belém. O que até estaria facilitado, segundo se julga, pelo facto de
no palácio coabitar uma distinta senhora de presidencial envergadura, com
habilitações literárias para se encarregar da meritória tarefa.
Aliás um procedimento lectivo
semelhante ao que na década dos anos cinquenta, do século passado, se fazia
semanalmente nos quartéis da GNR, espalhados pelo interior do país, em cujas
aulas o comandante do posto dava ditados de português aos soldados da GNR.
Inútil será enaltecer o alcance de
tal prática lectiva na GNR à época.
Desde então a sociedade evoluiu
muito em diversos domínios mas, em contraposição, também muito se regrediu em
várias áreas e se abastardaram muitos valores.
Daí, que hoje se notem grandes
necessidades de repor em alguns sectores oficiais as boas práticas de antanho.
Tal e qual o caso aqui trazido à colação...
Identicamente seria de aplaudir
que algum dos alunos do professor Marcelo tivesse a feliz ideia de corrigir o
Mestre em Direito – afinal um marcelino caso paradigmático de que não é
possível sermos bons em tudo. Todavia, a qualquer tempo, devemos corrigir os
nossos erros. E conhecendo os erros, mantê-los... é um mau sinal! Pelo menos...
Fim
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