Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, junho 21, 2020


HÁ 6 ANOS
Mas mau fado da Língua Portuguesa continua…

DOIS PROFESSORES DA ALTA POLÍTICA NACIONAL
A TODA A HORA PONTAPEIAM A GRAMÁTICA
21 de Junho de 2014

Um registo/lamento de Brasilino Godinho

Dois professores universitários situados no alto patamar da política à portuguesa, Aníbal Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, estão a toda a hora a dizer que à última da hora algo se disse ou se dirá ou coisa se fez ou se fará. Ainda esta noite, Cavaco Silva se referiu à última da hora. O seu correligionário Marcelo de Sousa na sua intervenção da noite de domingo transacto, na TVI, frente a D. Judite de Sousa, voltou a empregar, por duas vezes, a mesma expressão.
Relativamente ao professor Marcelo já vão decorridas muitas luas após a data em que, numa crónica, lhe fazíamos o reparo e solicitávamos aos seus amigos que, num gesto de bondade, lhe dissessem que deveria dizer à última hora. Terá sido um pedido que caiu num saco roto. Ou então o professor terá considerado que é um ser superior e se marimba para essa questão comezinha de falar correctamente o português.
É pena, lamentável e de tremendos efeitos sociais, que dois professores universitários não prezem a língua nacional e dêem tão maus exemplos aos seus alunos.
E ao presidente da República mais se lamenta o erro porquanto lhe cabe exercer magistério de bem zelar o uso da língua face aos indígenas que todos somos.
Também se estranha que entre os numerosos assessores, mui bem pagos pelos dinheiros dos contribuintes, instalados no Palácio de Belém, não haja nenhum que corrija sua excelência – o que é alarmante e nos deixa estarrecidos. Ademais,
evidenciando o desperdício de tamanho despesismo funcional.
E já que surge a oportunidade de aqui deixarmos uma sugestão ao chefe da presidencial casa civil propomos que se crie uma palaciana classe de ensino de português, para todos quantos ocupem o Palácio de Belém. O que até estaria facilitado, segundo se julga, pelo facto de no palácio coabitar uma distinta senhora de presidencial envergadura, com habilitações literárias para se encarregar da meritória tarefa.
Aliás um procedimento lectivo semelhante ao que na década dos anos cinquenta, do século passado, se fazia semanalmente nos quartéis da GNR, espalhados pelo interior do país, em cujas aulas o comandante do posto dava ditados de português aos soldados da GNR.
Inútil será enaltecer o alcance de tal prática lectiva na GNR à época.
Desde então a sociedade evoluiu muito em diversos domínios mas, em contraposição, também muito se regrediu em várias áreas e se abastardaram muitos valores.
Daí, que hoje se notem grandes necessidades de repor em alguns sectores oficiais as boas práticas de antanho. Tal e qual o caso aqui trazido à colação...
Identicamente seria de aplaudir que algum dos alunos do professor Marcelo tivesse a feliz ideia de corrigir o Mestre em Direito – afinal um marcelino caso paradigmático de que não é possível sermos bons em tudo. Todavia, a qualquer tempo, devemos corrigir os nossos erros. E conhecendo os erros, mantê-los... é um mau sinal! Pelo menos...
Fim