Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, junho 25, 2020


443. Apontamento
Brasilino Godinho
24/Junho/2020

A SUBTILEZA, SENTIDO, MALVADEZ
SUBENTENDIDOS NA PALAVRA MAS
PRONUNCIADA POR UM AUTARCA…

Ontem vi e ouvi um presidente de câmara municipal, em telejornal, informar que na sua terra havia alguns casos de infectados pelo coronavírus – “mas todos idosos” (sic). Na altura ter-se-á distraído e não disse a expressão que, provavelmente, lhe estava inculcada na alma: felizmente que só velhos.
No entanto, verdade se diga: nem precisava de pôr mais na cartilha. A simples palavra mas, dita naquele preciso contexto, relevando de repelente subtileza, agressivo sentido e latente malvadez, para além de definir um perverso estado de alma do autarca, de desprezo pelas vidas dos velhos, patenteou a imagem do que é a insana política dos governantes: de persistente ofensa, de hostil trato e de constante abandono das pessoas da terceira idade com grandes faltas de meios económicos de sobrevivência.
Política não só de abandono como de deliberada intenção de agravar as suas más condições de vida e assim lhes abreviar a ida para os jardins das tabuletas – o que é importante factor de redução dos encargos de uma Segurança Social que, no princípio do corrente ano, estava prestes a abrir falência. Daí que o Governo e as Senhoras da Saúde tenham dado o jeito, nos p.p. meses de Fevereiro e Março, de facilitar a entrada em força da Covid-19 no território nacional e, tempos antes, disfarçado a intenção dizendo que o vírus não entraria em Portugal.
Por isso, também se reconheça que a expressão subentendida no paleio do autarca: mas felizmente, corresponde a uma específica forma de encarar o morticínio dos idosos; pelos quais, o “inteligente”(…) vírus tem especial predilecção. Morticínio que se vem acentuando em Portugal, desde Fevereiro do corrente ano.
Pelo visto e há que entender-se inequivocamente, o coronavírus tem sido um providencial e muito eficaz instrumento vital (além de ser viral…) para se acabar com a “peste grisalha” e assim se cumprirem os propósitos macabros do deputado da triste figura, do PSD, oriundo da Guarda, enunciados em plenário da Assembleia da República.
Assim continuando o vírus a cumprir a tarefa mortífera que até parece ter sido encomendada, é provável que o Chefe do Governo se vá preparando para no fim do ano anunciar ao país, como prenda de Natal que a Segurança Social teve um avantajado saldo positivo de milhões de euros.
Então, alma piedosa e reverencial, o Presidente da República botará comovente discurso laudatório dos muitos milhares de vítimas mortais e proporá que seja erguido um monumento evocativo do português holocausto; decerto, por conservar recordação do que foi o holocausto encoberto da austeridade de lavra coelhal/paulina e as mortandades dos fogos de Pedrógão Grande.
Também é de prever que o famigerado deputado da triste figura, aproveitando a onda de euforia pelos lucros da Segurança Social, puxe pelos galões da antiguidade da sua cruzada contra a “peste grisalha” e sorrateiramente vá junto do Presidente da República sugerir-lhe que lhe faça a mercê de o condecorar com a Grã Cruz da Ordem do Mérito.
Claro que o presidente não irá perder a oportunidade que lhe seja facultada para tirar mais umas selfies, mesmo em tão asquerosa companhia e com a inevitável larga divulgação televisiva.
Finalmente, não poderia ser esquecida a figura principal de tão patética e horrenda narrativa nacional: o famigerado coronavírus.
Outrossim, afigura-se-me como mais provável que o presidente da Assembleia Nacional, agora rotulada de Assembleia da República (para encobrir e mascarar os neofascistas nela instalados), tome a iniciativa de convocar uma sessão extraordinária de homenagem e exaltação gloriosa do coronavírus, E que, no final da solene celebração, dê informe de que será feita emissão de selo postal e cunhada medalha com a efígie do mesmo.

Pois assim admitindo e segundo se depreende de tudo que tem sido visto, entendido e comprovado, no Portugal de hoje. Traduzindo por miúdos e de modo nenhum excluindo as lindas miúdas: os amigos, querem-se para serem bem fraternos nas ocasiões apropriadas… em termos, usos e costumes da PARTIDOCRACIA que temos por sorte malvada, muito merecedora de repúdio total.