Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, junho 30, 2020


450. Apontamento
Brasilino Godinho
29/Junho/2020

ESTOU CIENTE QUE TENHO RAZÃO
MELHOR SERIA QUE NÃO TIVESSE

01. Os dados explícitos
Sobre a dramática situação da nação portuguesa no que concerne de consequências nefastas da proliferação do vírus corona, não estão em cima ou por debaixo da mesa do estúdio de TV onde se costumam sentar as duas senhoras da portuguesa Saúde mal-amanhada. E a razão de tal circunstância é simples e de fácil enunciação.

É que tais dados  - tendo a caracterização de muitíssimo reportarem os efeitos contagiosos e mortíferos do “inteligente” vírus, de bastante documentarem as declarações, contradições, desorientações e inaptidões, das duas criaturas vedetas da TV que tanto têm vacilado na luta burocrática que desenvolvem, ligeiramente aparentada com a sabedoria científica - têm sido expostos na montra pública da fachada da DGS e dessa exposição os jornais, rádios e televisões dão notícias e fornecem reportagens. Daí que se possa dizer que os portugueses dispõem de algum conhecimento do que se passa em Portugal no domínio do estado sanitário do país, concernente ao surto da Covid-19.

Escrevemos que os portugueses têm algum conhecimento. Não o completo, verdadeiro estado calamitoso em que nos encontramos. No que concerne aos números de infectados e de mortos, não fazemos ideia exacta; visto que em Portugal, como em todos os países do Mundo, o Governo não apresenta números confiáveis; sempre a pretexto de não provocar grande alarme público ou porque os serviços mais preocupados com as tarefas de atendimento dos enfermos, naturalmente descuram o apuramento dos dados estatísticos.

Por isso digo que estamos longe de apreender a gravidade da situação.
E ela não só consequência do desacerto, inoperância e impreparação, da autoridade sanitária que tem comandado a luta contra a Covid-19; mas, também, da deseducação de franjas da população que não cumprem elementares normas de salvaguarda de saúde quer no plano individual do indivíduo, quer no âmbito do colectivo dos cidadãos.

A triste e preocupante realidade é que também temos intramuros uma terrível e devastadora epidemia: a do vírus da deseducação.
Tome-se consciência que a pandemia veio proporcionar a visão abrangente da imensa deseducação, da prevalecente indisciplina e da detestável, consentida, anarquia, existentes na nação portuguesa.

Todos os negativos factores, ora aqui enunciados, conjugam danos irreparáveis que se objectivam em pessoas e bens materiais e concitam o agravamento dos males e das desgraças nos próximos meses.

A pandemia alastrou a Portugal, no transacto mês de Fevereiro. Nesta altura são contados seis meses de continuada luta que muito tem cansado até à exaustão, médicos, enfermeiros e outros profissionais dos serviços hospitalares. No entanto, os casos de contagiados e de mortos sucedem-se à cadência de centenas por dia.
País da periferia da Europa, como se não bastasse a sua cada vez mais insignificante posição no continente, é no presente aquele que, em comparativos termos de percentagens das populações, é o mais atingido pela Covid-19 – segundo os dados fornecidos por entidades internacionais.

Da área governamental e face a tão negro quadro sanitário, a toda a hora vem a informação: tudo está a decorrer normalmente.
Uma normalidade inserida no arrepiante contexto da portuguesa anormalidade pandémica.

02.  “Ó freguês: Vai umas castanhinhas, quentes e boas?”
Os leitores me desculpem o atrevimento de aqui reproduzir o pregão da simpática vendedora de castanhas assadas que todos os anos, na época própria, nas proximidades da Praça General Humberto Delgado, em Aveiro, mas vende de vez em quando, sempre que me apetece ter o regalo de as comer.

O atrevimento me foi induzido por associação de ideias à circunstância de hoje ter sido um dia em que, inesperadamente, me estalaram as castanhas na boca, face às quatro notícias que passo a transmitir.

Primeira: “Covid-19: Líder do PSD acusa DGS de não estar à "altura do problema".
Segunda: As senhoras da Saúde mal-amanhada declararam que os Hospitais de Lisboa têm capacidade para enfrentar hipotéticos agravamentos da pandemia.
Terceira: Presidente Medina, da Câmara Municipal de Lisboa, “exige” substituição das dirigentes do sector da Saúde e as acusa de serem responsáveis pelo fracasso da luta contra o vírus.
Quarta: Bastonário da Ordem dos Médicos disse aos jornalistas que os Hospitais de Lisboa não têm capacidade, para se ocuparem no tratamento de infectados do vírus corona.
Comento:
Desde de Março que venho batendo na tecla: o sistemático e deplorável desnorte, das duas senhoras (directora-geral e ministra) na orientação e programação das medidas para levar de vencida o maldito vírus. E sugerindo a bondade de alguém responsável as libertar de um tão pesado encargo incomportável para as suas debilidades funcionais, amplamente demonstradas ao compasso do tempo.
Vão decorridos seis meses desde que a Covid-19 entrou em Portugal, não à sorrelfa, pela porta do cavalo do Casino do Estoril, mas pelos aeroportos que lhe estenderam a passadeira vermelha e, pasme-se! só agora é que o líder do PSD e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa se aperceberam que a senhorama que tem o encargo de bem conduzir a luta contra o mortífero vírus “não está à altura do problema” ou que sendo responsável pelos fracos resultados que tem alcançado, se torna urgente ser substituída.
Por outro lado, o próprio chefe do Governo há dias, no Infarmed, quando ministra falava, bradou-lhe: É mentira! (o que ela estava dizendo). Violento puxão de orelhas dado em público que desacreditou ministra e desqualificou o chefe do Governo.
Quanto à afirmação do Bastonário da Ordem dos Médicos repare-se que ela nega estarem os hospitais de Lisboa em condições de tratarem infectados que a eles acorram.
Também hoje foi dada informação pública de que, nas últimas 24 horas, houve transferências de doentes para estabelecimento hospitalares localizados fora do perímetro da capital.
Tudo o que fica relatado evidencia que havia razão de, em tempo oportuno, ter logo sugerido que as duas senhoras da Saúde mal-amanhada deviam ser substituídas. Talvez se tivessem poupado muitas vidas. Porém, certamente, não teriam ocorrido muitas cenas tristes e repreensíveis em que elas muito mal ficaram nas fotografias das intervenções televisivas. E outras patéticas como a citada da autoria do primeiro-ministro.
Uma nota quero acrescentar: as intervenções do líder do PSD e do presidente da autarquia lisboeta, não as considero providas de qualquer rasgo de apoio às minhas posições assumidas relativamente á delicada questão em apreço nesta crónica. Não as tinha que esperar e, de todo, as dispenso. Basta-me ter consciência de que estou em sintonia com o interesse nacional e o zelo que cumpre cuidar em defesa de um povo tão maltratado pela desgovernação do País.