379. Apontamento
Brasilino Godinho
16/Março/2020
QUEM DIRIA…
MALDITO “ALARME
PIOR QUE O VÍRUS”
Já num dia do corrente Março, por assinalável
sinal, mês prestigiado por na gíria popular estar classificado com a honrosa
menção(…) de ser o mês dos burros, uma das “generalas” que está no campo de
batalha da guerra biológica contra os famigerados vírus da estimação dos nossos
governantes, a comandar com inesquecível desacerto operacional as acções
bélicas das tropas sanitárias, proclamou que “ PIOR QUE O VÍRUS É O
ALARME NA SOCIEDADE PORTUGUESA”.
Tomei conhecimento da importante comunicação e fiquei
mergulhado num pântano de dúvidas que sintetizo: trata-se de uma descoberta
laboratorial? De um apuramento estatístico? Ou, simplesmente de uma intuição?
Em qualquer caso: dado científico; dado estatístico;
dado intuitivo; ele é de transcendente importância, pois que nos alerta para
uma perigosa contingência fora de todas as cogitações relativas à vulgar conflitualidade
guerreira…
É que em tempo algum se julgou nos exércitos que o
alarme fosse tão perigoso e nefasto na guerra de trincheiras ou viroso sempre
que as sentinelas dos quartéis gritassem o alerta da ordenança.
Mas, cingindo-nos ao presente conflito em que a
senhora “generala” está envolvida, cumpre destacar a triste notícia em Portugal
e divulgá-la pelo mundo, prevenindo a OMS e os povos de que, afinal, pior que o
vírus é o “alarme” suscitado neste espaço europeu e que, eventualmente, com trágico
alcance se pode expandir pela Europa, Ásia, Américas e África.
Porém e para não fugir à regra de ocultação de
dados sobre a real evolução da guerra viral em curso, a “general” não mencionou
o número de baixas introduzidas no teatro de guerra pelo maldito “alarme” e as
providências cautelares e meios operacionais mobilizados para o combater, mesmo
que em detrimento dos outros, empregues na luta contra o inimigo coronavírus.
Finalmente, perante a nova e terrível ameaça exterminadora
do “alarme” é de prever que abrande o combate ao vírus e haja intensa e vigorosa
luta de exterminação desse novo intruso amaldiçoado – isto pressupondo que, aos
portugueses, seja possível acreditar nas “generalas” que se exibem nas
televisões e no teatro de operações da guerra viral em curso.
Foto de 2013
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