375. Apontamento

Brasilino Godinho

11/Março/2020

EM TEMPO DE COVID-19 URGE

RECLASSIFICAR O GOVERNO

Diariamente vamos conhecendo a infiltração do coronavírus, de matriz chinesa, em vários países na Europa e noutros continentes. E Portugal está atingido pelo terrível intruso.

O governo que, pela sua inércia e displicência, lhe franqueou a entrada demonstra incapacidade para o suster ou repelir. Agora, depois do assalto de que a sociedade foi indefesa vítima, pretende atabalhoadamente pôr trancas nas portas que, ao temido inimigo público, estão por aí dispersas e escancaradas.

Para não andarmos aturdidos com as chamadas iludências que aparudem, e nos convencermos definitivamente da realidade da dimensão da tragédia que se vai avolumando e de que temos conveniência de pôr, aos serviços e autoridades que desgovernam o País, as designações correspondentes às funções que exercem e às correlativas disfunções - por de mais evidentes - que tão gravosas são para os indígenas portugueses; hemos por bem e com oportunidade indiscutível, propor uma remodelação ministerial com a seguinte composição de ministérios:

Ministério da Doença; Ministério da Deseducação Nacional, do Analfabetismo Crónico e da Geral Incultura; Ministério dos Negócios (legais e fraudulentos) Internos e Externos; Ministério do Ataque Nacional, das Forças Armadas e Desarmadas; Ministério da Injustiça; Ministério da Agricultura Latifundiária, das Pescarias em Terra e Mar, dos Tubarões e Trutas; Ministério da Insegurança Social, Precário Trabalho e Exploração dos Trabalhadores; Ministério da Dívida Pública, Impostos, Despesas Correntes e Estruturais da Desorganizada Administração Oficial e da Corporação “Donos Disto Tudo”; Ministério do Interior Inseguro e das Polícias; Ministério da Corrupção, da Vigarice Institucionalizada e da Hipocrisia Nacional; Ministério das Obras (Públicas e Particulares) e dos Transportes Rodoviários, Aéreos e Ferroviários.

Repare o leitor que para além de este proposto colégio governamental comportar somente 11 ministérios, abrangendo todas as áreas de actuação de uma governação responsável, teria a vantagem de substituir um grupo de 70 governantes – o que representaria uma economia anual de milhões de euros.

Com uma notável característica: ficava a careta do governo a condizer com a respectiva letra… Sem vínculo com a hipocrisia vigente.