373. Apontamento
Brasilino Godinho
09/Março/2020
ATÉ QUE ENFIM!
JÁ NÃO ERA SEM TEMPO!
A REJEIÇÃO DO AEROPORTO NO MONTIJO
O JORNAL ECONÓMICO, na edição de hoje, publica a informação de que o
Parecer da Autoridade de Protecção Civil, datado de 11 de Setembro de 2019, arrasa
a hipótese de aeroporto no Montijo. E fundamenta a sua reprovação nos elevados
riscos sísmicos, de ‘tsunamis’ e de acidentes de aves com aviões.
Na minha qualidade de cidadão que é muito afeiçoado ao interesse público
e nele fixado o Bem da Nação, congratulo-me pela elaboração do parecer em que
releva a isenção, o rigor e o acerto, de rejeitar a implantação do novo
aeroporto no Montijo. Desde logo, rejeição determinada pelos três factores
(Sismos, tsunamis e acidentes) enunciados no precedente parágrafo.
Sob o ponto de vista focado na minha pessoa, também me satisfaz ver
reconhecida as razões que tenho evocado persistentemente para ser posta de
parte tão perigosa infra-estrutura implantada em local inapropriado a um
regular e minimamente seguro funcionamento.
Perdi a conta à quantidade de APONTAMENTOS que tenho publicado e em que
com persistência evocava os grandes riscos envolvidos na pretendida obra
aeroportuária e a que - a três deles - o Parecer da Autoridade de Protecção
Civil veio agora dar acolhimento. A um quarto risco (e muito importante) me
tenho referido: a médio ou relativamente longo prazo, eventualmente de 30 anos,
o aeroporto do Montijo ficaria submerso por decorrência da previsível elevação
do nível superficial do Oceano Atlântico.
Aproveito a oportunidade para mais uma vez formular uma observação: Em
Lisboa deveria haver contenção na expansão urbanística e nos investimentos
sumptuosos; uma e outros desaconselháveis por representarem avultados gastos
numa zona territorial muito vulnerável a uma grande calamidade sísmica – e que
os especialistas admitem que é de altíssimo risco, só não se sabendo quando
isso sucederá, em repetição da tragédia de 1 de Novembro de 1755.
A prudência aconselharia que, em Lisboa, se conservassem, o melhor possível, os
patrimónios arquitectónico e urbanístico e se aprimorassem o funcionamento da
Administração e as condições de vida da população.
Aliás, se Portugal não
soçobrar de vez devido à degradação em curso, creio que, futuramente, sucederá
a instalação da capital do País no centro de Portugal, como muito ajuizadamente
aconteceu no Brasil.
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