Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, março 06, 2020


371. Apontamento
Brasilino Godinho
05/Março/2020

A NAÇÃO PORTUGUESA 
SEM A RESERVA MORAL

Em Portugal de tempos antigos havia a crendice popular de que a Igreja era a Reserva Moral da Nação. Ao compasso do tempo essa ideia foi-se desvanecendo por se ir reconhecendo que a letra do ideário não se traduzia na careta que, desnudada e obscena, se ia representando na praça pública.
Durante a Segunda República do Estado Novo de matriz salazarista, os publicitários do regime propagaram exaustivamente que era nas Forças Armadas que se concentrava a Reserva Moral da Nação – o que naturalmente decorria da circunstância de elas serem o esteio do regime.
O regime foi derrubado e a Reserva Moral da Nação finou-se por causas várias entre as quais sobressaiu a questão dos dois submarinos que se afundaram num abismo náutico de profunda corrupção.
Após o 25 de Abril de 1974 foram aflorando sub-repticiamente anotações esporádicas de alguns pedreiros-livres insinuando junto do público de que cabia à seita maçónica a prerrogativa de: sendo uma irmandade surpreendentemente constituída por um selecionado grupo de “homens bons” estar predestinada para se constituir como “discreta” reserva moral do Estado – obviamente maçónico de Portugal – configurando uma mercê do Grande, Supremo, Arquitecto do Universo.
Hipotética reserva moral que também se esvaiu com casos vários de procedimentos obscuros de pedreiros livres que se tornaram cativos de grandes ambições imobiliárias, de manobrismos político/administrativos e de exorbitantes procedimentos ilícitos no sector bancário.
A seguir e até ao século XXI, foi assentando a impressão de que a Reserva Moral da Nação forçosamente estaria consolidada em sede de Justiça. E os portugueses se terão acomodado a essa derradeira esperança de haver garantia de existir operante uma entidade superior, prestigiada, isenta e exemplar sobre muitos aspectos, com relevância para a firme estruturação de um Estado de Direito. 
Infelizmente, nestes anos do século XXI tem-se assistido à desagregação da justiça também ela atingida pelo clima de decadência e corrupção de que o País está possuído; como nestes últimos meses tem sido evidenciado.
Mais uma vez a Reserva Moral da Nação foi à vela, arrastada pelo mar de desgraça que se abateu sobre a terra portuguesa.
Definitivamente, tomemos consciência que: sem RESERVA MORAL, sem ESTADO DE DIREITO, sem JUSTIÇA, sem POLÍTICA, sem EDUCAÇÃO, sem RECURSOS FINANCEIROS, a que acorrer como suporte de amparo, de incentivo e de financiamento, para recuperarmos do abismo em que nos encontramos perdidos, o futuro de Portugal é muito sombrio e o povo cada vez mais explorado e empobrecido.