Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, março 01, 2020


LEMBRANDO FIGURAS ORNAMENTAIS E SIMBÓLICAS
DAS REPÚBLICAS SEGUNDA E TERCEIRA DE PORTUGAL

Texto publicado a 21 de Março de 2015  
APONTAMENTO TELEGRÁFICO
DE BRASILINO GODINHO

Uma mui oportuna chamada de atenção...
Quem sai ao seu predecessor não degenera

Portugal com uma longa história de muitos séculos, que engloba épocas de dinastias monárquicas e de regimes republicanos, só teve dois chefes de Estado, de fina estirpe, que desfrutaram do honroso tratamento de “venerandos” chefes de Estado. Tal distinção coube a duas grandes/pequenas (passe a antinomia) figuras da nossa requintada, soberba, classe política: Américo Tomás e Cavaco Silva. Personalidades marcantes: uma, do velho Estado Novo de presidente do Conselho, Oliveira Salazar; outra, do novel Estado Novo, versão da dupla formada pelo presidente do Conselho, Passos Coelho e seu irrevogável adjunto, viajante incansável, activo participante de excursões turísticas estatais e promotor de avultados negócios internos e externos, Paulo Portas.
Isto escrito e relembrado aos indígenas deste rincão plantado à beira-oceano, por motivo do requerimento de recente data, em que era pedida a demissão do chefe de governo, ter sido posto em arquivo ou talvez colocado no recipiente do lixo da mansão presidencial.
Os requerentes perderam tempo e não se aperceberam que o presidente Cavaco Silva é, simplesmente, o venerando chefe do Estado. E nessa esplêndida condição está ali (no Palácio de Belém), não para quaisquer curvas, expedientes bizarros ou actos incómodos para sua excelência, mas para ser apropriadamente incensado pela sua corte presidencial e por todo o mundo cavacal que nele se revê com deslumbre e veneração. Não lhe sobra tempo e falta-lhe disposição para atender solicitações que lhe ferem a presidencial sensibilidade.
Aliás, em sintonia está Cavaco com a paradigmática herança espiritual e frescura política de Tomás.
E se Cavaco Silva não tem semelhanças físicas com o seu ex-homólogo Américo Tomás possui um elevado pendor para o imitar em diversas circunstâncias; nomeadamente, na fala com voz pausada, nas poses fotogénicas, nas visitas às fábricas, nas idas aos orfanatos, nas viagens aos municípios e nas passeatas pelo país e estrangeiro. Sobretudo, nota-se-lhe esmero nos discursos de fino recorte literário em que sobreleva a superior elevação dos conteúdos filosóficos... Todos estes atributos bem enfeitados com a sua proverbial certeza de que nunca se engana...
Entretanto, os indígenas continuam embalados nos enganos...
Afinal, bem ponderada a situação dos nativos lusos, há que admitir que também nunca se enganam, pois que estão permanentemente retidos, bloqueados, no comprometedor campo do engano... Dir-se-ia que atingidos pela mórbida parvidade, sobremaneira estonteante…
O que completa o quadro da desgraça que tão dolorosamente está atingindo a nação portuguesa.