366. Apontamento

Brasilino Godinho

25/Fevereiro/2020

   OMS NEGLIGENCIOU                                                                   A PREVENÇÃO CONTRA O COVID-19

“O mundo «simplesmente não está pronto» para enfrentar a epidemia”, diz a OMS sobre o novo coronavírus.”

Finalmente alguém com sentido de responsabilidade na Organização Mundial de Saúde vem hoje dizer aquilo que se apresentava como evidente desde as primeiras notícias que surgiram sobre o coronavírus que aparecera na China: que era uma ameaça para o mundo e que este não estava mentalizado, nem preparado para o combater com eficácia.

Agora, esse reconhecimento de impotência, de que enferma a própria OMS, veio tarde e mesmo assim sem despertar uma vigorosa tomada de decisões que se prevejam como minimamente eficazes para regredir a pandemia.

Hoje, estou convencido que a OMS desleixou a prevenção para não assustar os mercados financeiros. Procedeu mal e oxalá que a humanidade não seja devastada – o que, a acontecer, implicará atribuir altíssimas responsabilidades; as quais, terão que ser assacadas à OMS por parte de quantos sobreviverem à pandemia.

Não sou médico, mas nos escritos que, ultimamente, publiquei centrando as críticas sobre a inoperância das autoridades portugueses, de alguma forma subliminar insinuava a imprecisa e deficiente avaliação da extrema gravidade do surto do covid-19 que tem vindo a ser feita pela OMS. – o que nem terá passado despercebido aos leitores que estão habituados a ler nas entrelinhas dos meus textos.

As duas maiores ameaças decorrem da eventual falta de medicamentos e dos próprios investigadores dos laboratórios que estão procurando criar vacinas e medicamentos curativos da doença, venham também eles a serem contagiados pelo terrível coronavírus. Sem medicamentos e sem investigadores a trabalharem nas pesquisas laboratoriais seria um cenário catastrófico e que a OMS devia ponderar com argúcia, maior urgência e agir com acerto operacional.

Outro aspecto a considerar tem a ver com a hipótese de as autoridades dos vários países

afectados pelo surto do covid-19 filtrarem as informações sobre a evolução real do surto epidémico, fornecendo ao público e à OMS dados falseados referentes aos números de pessoas contagiadas e de mortos. Para que a realidade não provoque pânico nas populações. Presumo que isso esteja acontecendo em larga escala mundial. Incluindo Portugal.