BRASILINO
GODINHO
176. Apontamento
14 de Setembro de 2018
O QUE FALTA PARA SE ATINGIR A CULMINÂNCIA
DAS DISPARATADAS ANOMALIAS
PREVALECENTES NO ENSINO EM PORTUGAL
O tema do presente 176. Apontamento
ocorreu-me ao reler um texto que publiquei no Facebook faz hoje um ano e que
agora deparei trazido neste espaço à minha memória.
Trata-se das licenciaturas
arrelvadas e das perspectivas de qualquer dia termos por aí, espalhados a esmo,
viçosos e recomendados às famílias políticas dos arrelvados, socráticos e
barreiras duartes, os doutoramentos arrelvados, socráticos e felicianos.
Outrossim, apreciar os contornos do quadro geral do Ensino Superior em
Portugal. O que farei numa breve nota.
O Ensino Superior em Portugal
engloba três componentes:
- a primeira, douta/científica
que é apanágio das universidades do ensino público e algumas, poucas, do ensino
privado, tais como a Universidade Nova e a Universidade Católica. Nelas,
ministra-se um ensino superior de qualidade que tem prestígio internacional.
- A segunda componente, é de
desinteressante natureza folclórica (constituída pelas universidades privadas e
de verão), focada na interesseira índole político/partidária em conferir graus
académicos (licenciaturas e mestrados) tipos arrelvados, socráticos e
felicianos; cujos titulares têm emprego garantido nos gabinetes ministeriais, onde
põem à prova as suas especializações de primária representatividade e de soberba
aptidão para o desempenho da arte do fazer de conta para inglês ver e português
iludir. Proporcionam tais estabelecimentos, com esquisitos rótulos de
universitários e os detentores dos respectivos cursos de incríveis
equivalências, grandes contributos para os altos índices de degradação do País
e de agravamento dos défices do Orçamento e do Erário.
- A terceira, diga-se - com todas
as letras - que é acintosamente pretensiosa, marginal e obscena, com
envolvência lúdica, inculcada em estabelecimentos que são impropriamente
designados por universidades seniores.
Em termos simples, este é o
quadro do Ensino Superior em Portugal.
Nele realçadas as
particularidades sui generis que o
distinguem como um caso ímpar na Europa.
Mas - como parece ser desejo de
alguma gente - para ele atingir a culminância das disparatadas anomalias prevalecentes
no Ensino em Portugal, com repercussão na Europa e no Mundo, só falta criarem-se
as universidades infantis e as universidades de inverno. Se no País existem
tantas universidades seniores e de verão, por que não um número mínimo
indecente de universidades infantis e de universidades de inverno?
Esta é a sugestão que, a título
gracioso, deixo ao Governo e às finas inteligências que superintendem nos
meandros da Instrução Pública e que pontificam nos jornais, revistas e televisões
(pública e privadas)…
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