Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, agosto 30, 2018



CRENÇA E ILUSÃO DO CHEFE DO GOVERNO
ELE CONTA COM O OVO NO CU DA GALINHA
TODAVIA OS JOVENS NÃO CONTAM
COM O CU DA GALINHA NO OVO…

Brasilino Godinho

É impressão generalizada que o chefe do governo anda bastante preocupado com a gravidez do Orçamento, sendo de admitir que esteja confuso e com as ideias em turbilhão na sua mente assaz sobressaltada.
Talvez por isso, o governante deu informação pública da sua crença de um ovo no cu da ignota galinha que associou às suas faculdades de alma. Ou seja: como se fossem favas contadas, disse - em data recente - que havia condições para os jovens emigrantes poderem regressar. E até lhes acenou que, magnânimo, o Fisco lhes concederia desconto de 50% no IRS.
Mas acontece que a galinha anda perdida por aí. E o ovo, que seria o imprescindível emprego, não estaria ao alcance do emigrante que se aventurasse a regressar à Pátria; a qual, continua sendo sua madrasta e reino de desemprego, de fome e de miséria, para jovens, adultos e idosos. Enquanto isso, é território aprazível de malfeitores e corruptos, de gente egoísta e exploradora, poderosa e riquíssima, auferindo mensalmente e anualmente fabulosas fortunas. O que é inconcebível numa nação que é das mais pobres da Europa. Verdade que em Portugal sucumbiram a decência, a vergonha e a seriedade no seio da sociedade mais enriquecida de meios materiais.
O que quer dizer que os nossos jovens não contam com o hipotético ovo (emprego e bem-estar) em Portugal. Daí, eles, desde logo, não considerarem realista a ideia do cu da galinha aconchegado no ovo. Até porque para existir ovo terá que haver galinha.
Ora, sabe-se que as galinhas desapareceram do mercado; nem já se encontram as de aviário.
Não obstante, por paradoxal que pareça, existem em locais de especial configuração territorial, algumas galinhas poedeiras de ovos de ouro: os quais são recolhidos por gente privilegiada que, enquanto o Diabo esfrega um olho, agrega milhões de euros por ano (como cantava o Zeca Afonso: eles comem tudo e não deixam nada).
Porém, esses ovos de ouro são sempre guardados em cofre-forte e não se antevê que sejam repartidos por tantos jovens à procura de emprego. Pelo que, sem condições de remuneração justa, sem emprego assegurado de antemão, sem confiança na hipótese de depararem em Portugal com o ovo no cu da galinha ou com o cu da galinha no ansiado ovo, bem pode o chefe do governo arranjar alternativa, verdadeiramente aliciante e consistente para cativar as juventudes residente e aquela que foi forçada a emigrar como condição de sobrevivência e para viver com dignidade e qualidade de vida.
Entretanto, esforce-se o governo para que a malta possa dar-se conhecimento de que o cu da sua galinha adoptiva e de soberana estimação assente no famigerado ovo que, por muito desejável, deve ser dourado…
Visto que de ouro não será nunca; uma vez que o ouro é prerrogativa de indivíduos altamente especializados em sacar o máximo do Estado e das maiores empresas…