Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, agosto 28, 2018



A PROBLEMÁTICA DO ORÇAMENTO
                                 
Brasilino Godinho

Octogenário que sou tenho presente no meu espírito um dado impressivo de uma realidade que permanece imutável desde o século XIX: o Orçamento do Estado é flor que não se cheira e desperta sempre reacções alérgicas que, nos últimos anos, se têm acentuado devido ao ingrediente austeridade que lhe foi introduzido e nele provocou um odor insuportável para muitos cidadãos que, de todo, não podiam (nem podem) ignorá-lo ou afastarem-se dele.
Mas quando vem à tona a problemática do Orçamento importa tomar consciência de que ele não é só detestável pelo mau cheiro que afecta, sobremaneira, pituitárias mais sensíveis; pois que, geralmente, pela matéria que lhe confere estrutura anatómica de funcional aplicação, provoca graves danos colaterais no tecido social português que se reflectem na quotidiana vivência dos portugueses das classes mais desfavorecidas.
Por isso, de forma objectiva há que assinalar ser o Orçamento, por via de regra vigente desde o século XIX, uma coisa malsã. Temida antes de surgir mais ou menos enfeitado com roupagens de tons esbatidos a tenderem para o cinzento; e odiada, pós registo de criação oficial. Para além do ódio também suscita sofrimento e lágrimas a muitos cidadãos.
Relativamente ao Orçamento faço-lhe apreciação sob dois ângulos:
- o primeiro, como sentindo em mim próprio o sofrimento alheio e as lágrimas das vítimas de tal coisa malsã e a impotência de nada poder evitar ou atenuar os terríveis efeitos que ela gera em parte apreciável da nação portuguesa;
- o segundo, tentando ultrapassar - por pouco que seja - tão penoso circunstancialismo e trazer alguma boa disposição, ainda que momentânea, a todos os deserdados da sorte. Para alcançar esse agradável objectivo de contraposição, recorro à ironia, à metáfora e à mordacidade.
A Bem do Povo!
Que sofre! Que labuta! Que é explorado! Que é enganado! Que é humilhado!