20.
APONTAMENTO DE
BRASILINO
GODINHO
11 de
Novembro de 2017
HOJE O PRESIDENTE MARCELO DEU O LAMIRÉ:
PRETENDE SER O PADRINHO DOS PORTUGUESES
E FAZER PARELHA COM MARIA CAVACO SILVA
QUE DESIGNOU MADRINHA DOS PORTUGUESES
Branco é, galinha o põe. Vai
bonita a actual parada da paródia. Se um rapaz de fina estirpe alaranjada com
assento e mesa na Assembleia, muito carrancudo e de contumaz hábito de bem
cavalgar toda a sela do disparate e afivelando máscara de pretensa seriedade,
há dias anunciou que a legionella foi há 4 anos proibida pelo governo do seu
clã partidário; veio hoje o presidente Marcelo, no decurso de uma jornada
gastronómica de confraternização entre membros da sua politizada família,
contemplar-se embevecido no extremo limite do seu campo ideológico e escolher
D. Maria Cavaco Silva como a madrinha dos portugueses.
Deveras interessante e
sofisticada a justificação do Presidente da República em jeito de pataca a ti,
pataca a mim.
Sua Excelência disse: ela “esteve presente na vida de
centenas de instituições apoiando assim milhares de pessoas. Isso é
extraordinário.”
Centenas? O presidente deu-se ao
trabalho de as contar?
Acontece que extraordinário é o
classificativo de extraordinário atribuído a visitas de quem vai algumas vezes
às instituições. Para quê? Cumprindo obrigações protocolares ou para se mostrar
na praça pública e aparecer nos telejornais das televisões. Visitar
instituições, dar beijos e abraços e assim
é apoiar pessoas? É trabalho extraordinário? Desde quando?
Ora como o presidente faz o mesmo
que aponta a D. Maria Cavaco Silva e com mais frequência e divulgação junto das
multidões, está na cara do pacato cidadão que sua excelência encetou o caminho
que o leva à pia baptismal onde será benzido e proclamado o Padrinho dos
portugueses. E já leva vantagem não despicienda: a sua estimada amiga D. Maria Cavaco Silva, frequentadora da
paróquia que é a de mútua devoção dos Cavacos e dos Sousas, dispersos pelo
território nacional, espera por si com vista a formarem uma ilustre parelha -
de uma senhora madrinha Maria e de um soberbo padrinho Marcelo; ambos
deliciados na invejável condição de a si próprios se intitularem padrinhos de
todos os portugueses.
Os meus leitores podem ficar
cientes que dispenso tais padrinhos… Para fastio chega aquilo que vejo, oiço e
leio.
No futuro e provavelmente, os
dois personagens recolherão irmanados ao interior da Quinta Lusitana, gozando a venturosa existência como se fossem
trutas de estimação movimentando-se em pesqueiros de águas submarinas; que,
como se sabe, têm pouca exposição à luz do sol.
Dois presumidos padrinhos dos portugueses… Um grande
artista observa…
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