Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, novembro 15, 2017



23. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
14 de Novembro de 2017

SE CALHAR A FATIA MAIOR DO DINHEIRO
VAI PARA A EMPRESA JÁ AGORA CRIADA
EM VEZ DE SER APLICADA NA FLORESTA

Em Portugal, há uns anos, gerou-se a obsessão pelas empresas de meio-termo, englobando o que seria suposto ser público e o eventual privado; e, no mesmo passo, seguiram-se as empresas municipais cuja proliferação fazia lembrar a produção de cogumelos em Trás-os-Montes. As primeiras foram inspiradas nas ideias de capitalismo popular de Margaret Thatcher. Desde então acentuou-se a falência do sistema não só na Grã-Bretanha como em Portugal. O país detendo uma economia frágil sofreu mais graves consequências do que outras nações.
As empresas municipais foram uma espécie de ovo-de-colombo para muita gente nelas se asilar e melhor se haver no desfrute de bem remuneradas ocupações. Elas terão sido sorvedouros de recursos financeiros e de empréstimos contraídos na banca que arrastaram bastantes câmaras para desesperadas situações de endividamento incomportável para as finanças municipais e para o Erário.
Persistem inúmeros laboratórios, institutos, comissões, observatórios e ainda empresas públicas, para tudo e mais alguma coisa por de mais inverosímil.
Como se este desacreditado panorama da nossa sociedade sociopolítica não fosse perturbador de um regular sistema financeiro e de suscitar o surgimento de mecanismos ou instrumentos que, potencialmente, obstam a uma proficiente administração, acaba há instantes de chegar a notícia de que o governo vai criar uma empresa pública para a gestão da floresta. Era mesmo só o que faltava para acudir à floresta…
Há escassos meses chegou o fogo impetuoso às florestas. Agora vão chegar-lhe, em força, os parasitas de humana textura.
Façamos uma simples pergunta: qual a razão dos governos que vamos tendo na má rifa da nossa amargurada e maquiavélica sorte, não recorrerem aos serviços do Estado, nomeadamente à Direcção Geral das Florestas e aos qualificados quadros do Ministério da Agricultura? Que fazem centenas de funcionários nos gabinetes em Lisboa? É enorme o desperdício inqualificável!
E note-se: com quadros técnicos dotados de gente competente, forçadamente inoperante. Detestável irresponsabilidade é a do governo que despreza os funcionários do Estado para distribuir atenções e proventos a rostos pálidos (bastantes deles mal ornados com licenciaturas arrelvadas e socráticas de primeiríssima apanha) que gravitam na órbita das partidarites agudas e perversas.
Verdadeiramente a pergunta sobre o que se ocupam os servidores do Estado nem fará razoável sentido. A maioria dos portugueses tem a resposta: são mais umas centenas de tachos que se distribuem pelas rapaziadas das jotas e numa penada, enquanto o diabo esfrega um olho, é alcançada e exibida triunfalmente mais uma diminuição da taxa de desemprego em Portugal.
Isto traz-nos a ideia de que o Presidente Marcelo talvez se lembre em criar uma empresa pública, em sede palaciana de Belém, para gestão do governo.
Ou então que em Portugal se repita o exemplo da Bélgica. Ainda não passaram muitas luas sobre aquele ano (ou dois anos) em que a nação belga esteve sem governo constituído. E, claro, não se deu mal com isso.
Quanto a Portugal cremos que seria útil o país remeter a actual classe política dominante no circo político, para o limbo das coisas inúteis - definitivamente afastada do nosso espaço circundante. Pelo menos o ar tornava-se respirável para quem dele precisa para ter vida mais sadia.
Mapa do centro de Portugal num dia dos fogos