MARIA DE BELÉM
DIR-SE-IA:
PIOR A EMENDA QUE O SONETO
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Brasilino Godinho
Mariazinha de Belém a 14 de Agosto de
2015 anunciou ao País: “Nada me impedirá de pensar para lá das legislaturas” –
o que subentendia ir no sentido de ser candidata à Presidência da República.
Hoje, dia 19 de Agosto de 2015, a Nação,
através de comunicação da senhorinha de Belém, ficou estupefacta ao saber que ela
tinha decidido ser mesmo pretendente ao cadeirão presidencial.
Esta sucessão de atitudes da Mariazinha
de Belém demonstra que, no curto intervalo de 4 dias passou do estado de inactividade
do pensar, colocado em repouso, sem operacionalidade e em reserva até “para lá das legislativas”, para a
repentina opção de, nesta data, passar a ser efectivamente candidata. O que,
aparentemente, seria reflexo de um fulgurante, pontual, exercício de pensar.
Com a insólita particularidade de o pensar se localizar, hoje, para cá das legislativas.
Todavia, acto tão imprevisto e
intempestivo dá a ideia a um atento observador que a Mariazinha não deve ter recorrido
ao seu pensamento, visto que a faculdade de alma que regula a actividade do
pensar não terá tido, à semelhança do motor de arranque de automóvel, tempo
suficiente de maturação ou de aquecimento
mental de modo a bem ponderar a decisão.
Pior do que isso é ter-se a impressão de
que alguém, alegremente, lhe ofertou um pensamento e a terá empurrado, com
demasiada pressa, para a ribalta. Porquê? Não se sabe! Mistério…
Muito mais de piorio é o facto de, para
início de publicitária actividade eleitoral, Mariazinha de Belém aparecer muito
desfocada na fotografia política.
Isto é: Mariazinha transmitiu a imagem de quem não tem firmeza de opiniões e
que hoje diz uma coisa e amanhã faz outra. Também demonstrou que é pessoa que
toma decisões imprevisíveis, rápidas e desconcertantes, sem nexo e coerência.
Que lhe falta maturidade cívica e distintivo carácter político – o que, aliás,
se verifica com os actuais detentores do Poder em Portugal e que deixa antever
que com ela teríamos mais do mesmo. Nela, também, sobreleva a falha evidenciada
de elementar sentido de contenção: quer dos impulsos nervosos; quer das
reacções tomadas à toa, face aos acontecimentos e às opiniões dos seus
colaboradores e dos fraternos companheiros de jornada.
De assinalar que a Mariazinha de Belém
tem sido saudada, acarinhada e algo incentivada por grandes parceiros da
coligação governamental. Circunstância inédita e esquisita que está deixando surpreendidos
atentos espectadores do teatro/circo político.
Concluindo: Mariazinha de Belém começou a abrir o livro de carências e faltas
que não se recomendam a quem inicia uma campanha eleitoral e se propõe exercer o
alto cargo da Presidência da República.
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